Conhecida entres os servidores da GM-Rio pelo bom humor e o sorriso estampado no rosto, a guarda municipal Edilza Ferreira Lucas, 50 anos, da 6ª Inspetoria (Madureira), passou por sérias complicações de saúde após ser acometida pelo novo coronavírus.

No dia 14 de abril, ainda durante o expediente, Edilza começou a sentir um leve mal estar, que veio acompanhado de febre. Ao término da jornada de trabalho, suspeitando dos sintomas, a servidora procurou ajuda médica no Hospital Assim, localizado no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio.

Após realizar exames clínicos, o médico informou que os exames não continham indícios de que os sintomas apresentados fossem decorrentes da Covid-19. Liberada pelo hospital, a servidora retornou para a sua residência. No dia seguinte, Edilza amanheceu se sentindo ainda mais indisposta, apresentando outros sintomas. Dessa vez, ela decidiu procurar outro hospital, o São Matheus, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, onde foi submetida a uma série de exames clínicos e laboratoriais.

- O atendimento foi mais completo e eles cogitaram em me internar, porém, como moro relativamente próximo do Hospital São Matheus, eu pedi para não ficar internada. O médico pediu para seguir à risca o isolamento em casa, ficando longe do meu filho e do meu esposo, tomando a medicação prescrita por ele. E assim foi feito – informou a servidora.

Ao longo dos dez primeiros dias de isolamento no quarto, o quadro de saúde de Edilza foi se agravando. Novos sintomas foram surgindo ao longo desse processo, como falta de ar, fraqueza e vômito. A partir do 11º dia de isolamento, o quadro da guarda municipal começou a estabilizar e os sintomas diminuíram.

Depois de 14 dias de isolamento no quarto, Edilza retornou ao hospital para fazer a revisão clínica ainda apresentando alguns sintomas. O médico que a atendeu recomendou mais uma semana de isolamento no quarto.

- Durante todos esses dias de isolamento, longe do meu filho e marido, eu acabei ficando bastante triste. Bate aquele medo quando a gente percebe que os sintomas foram evoluindo mesmo me medicando e tomando todos os cuidados orientados pelos médicos. Essa demora na recuperação me abalou emocionalmente – desabafou a guarda municipal.

Preocupado com o estado de saúde de Edilza, o comandante da 6ª IGM na época, o subinspetor Alberto Oliveira, fez questão oferecer apoio institucional e acompanhar por telefone a evolução e a recuperação da servidora.

- Nós que temos cargo de chefia temos a obrigação de oferecer toda a ajuda possível aos servidores que estão passando por esse tipo de situação. Nos mobilizamos para tentar ajudá-la dentro daquilo que estava a nosso alcance – informou o subinspetor.

No 21º dia de isolamento, a guarda municipal fez um exame particular para verificar se ainda estava com a presença do novo coronavírus no seu organismo. Com o laudo em mãos, apresentando IGG e IGM, a servidora recebeu mais cinco dias de atestado médico para que pudesse ser liberada a retornar ao trabalho.

- Foram quase 30 dias de afastamento do trabalho e isolamento por conta da Covid-19. Os meus colegas vibraram bastante com o meu retorno ao trabalho após vencer esse vírus. De um modo geral, as pessoas precisam se cuidar bastante para não pegarem o novo coronavírus. O que eu passei foi assustado e me tirou o sorriso do rosto – finalizou Edilza.