Secretaria Municipal de Cultura - SMC
Museu da Escravidão e da Liberdade celebra territorialidade da herança africana

21/03/2017 17:11:00


Um museu para além de suas próprias paredes, que seja a marca de uma territorialidade abrangente, revitalizando a Circuito Histórico e Arqueológico de Celebração da Herança Africana, na Região Portuária do Rio de Janeiro. O Museu da Escravidão e da Liberdade (MEL) teve todo o seu projeto inicial divulgado, nesta terça-feira (21), quando é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Contra a Discriminação Racial.  A secretária Municipal de Cultura, Nilcemar Nogueira, também deu posse ao Grupo de Trabalho (GT), formado integrantes das secretarias municipais de Cultura e de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, Riourbe, Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), Instituto Pereira Passos (IPP), Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (CURP), Procuradoria Geral do Município, Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, COMDEDINE e IPLAN Rio.

 

 

 Caberá ao GT, que se reunirá no Centro Cultural José Bonifácio, realizar um mapeamento inicial nos arquivos, coleções, programas, ações, legislação e projetos existentes no âmbito dos órgãos da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, os quais referem-se ao tema da escravidão e da herança africana.

 

 

O trabalho inicial é justamente avaliar o que já existe e dar continuidade, no caso de ações e programas ou utilização, no caso de acervos, no futuro Museu da Escravidão e da Liberdade – explicou Nilcemar.

Como exemplo, ela citou o grande acervo oriundo das pesquisas arqueológicas no Sítio Arqueológico Cais do Valongo/Cais da Imperatriz, sob a tutela do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), um dos integrantes desse Grupo de Trabalho, e que deverá ser amplamente pesquisado em parceria com universidades e outros centros de documentação e pesquisa.

 

 

- Serão 40 meses intensos de trabalho para construir nosso Museu de forma grandiosa, participativa. Iniciando esse longo caminho, em breve teremos uma oficina participativa com as principais lideranças do Movimento Negro, quando se constituirá um conselho consultivo, que acompanhará e opinará em todas as fases de desenvolvimento do projeto. Como resultado dessa oficina, teremos o fio condutor do Museu e seu conselho constituído – acrescentou a secretária Municipal de Cultura.

 O Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro,  que também tem representante no  Grupo de Trabalho , já se propôs a organizar um primeiro seminário aberto sobre fontes documentais, esforço inicial para o mapeamento do que já foi produzido e documentado no Brasil e no mundo sobre o tema.

Outros acervos importantes se juntarão ao do Cais do Valongo no futuro Museu, como a Coleção do Museu de Magia Negra, tombado pelo IPHAN em 1937, em fase de cessão para a Secretaria Municipal de Cultura; o acervo do Centro Cultural José Bonifácio, entre outros.

- Queremos um museu construído a partir de práticas sustentáveis, em suas instalações físicas, em seu modelo de gestão e de financiamento – finalizou a secretária Nilcemar Nogueira.