A Arena Carioca Carlos Roberto de Oliveira Dicró, na Penha, é um dos equipamentos culturais da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro que oferece diversos tipos de oficinas livre abertas ao público, entre elas a de dança charme, que atende crianças e adolescentes de 8 a 15 anos, e adultos a partir de 16 anos, todas as terças-feiras, às 17h30 e 19h30.

O movimento charme tem origem nos anos 70 com a black music estadunidense, e chegou ao Brasil através do DJs. Já na dança, o movimento ficou caracterizado por movimentos corporais diferenciados e coreografados, e pelos passos coletivos e sincronizados.

O professor e dançarino Marcus Azevedo (38), coreógrafo da 'Dança Charme & Cia' e organizador da festa 'Eu amo Baile Charme', faz parte do movimento há mais de 20 anos e dá aulas há 7 meses na Arena Carioca Dicró. "O mais legal do charme é a inclusão. Acredito que o papel da dança é ser social e isso significa que convida a todos a participar", afirma ele.

É dessa forma que as aulas de Marcus acontecem, reunindo cerca de 50 pessoas de todas as idades e sexos, como é o caso das irmãs Cecília Moreira de Carvalho (65) e Sonia de Carvalho Neumann (60), moradoras de Vila Isabel. "Fomos a um festival de charme no Parque de Madureira em 2015 e nos encantamos, achamos muito bonito porque nos faz lembrar a dança antiga, o chamado "passinho". Ficamos sabendo da oficina do Marcus através de um professor nosso de hidroginástica, viemos fazer a aula, e nos apaixonamos tanto pela dança quanto pelo professor, que é pura alegria", contam.

Já para Patrícia Martins (27), a dança foi um caminho para se exercitar e melhorar a saúde. "Comecei a fazer uma reeducação alimentar e precisava de um exercício físico. Como não gosto muito de malhar, procurei a dança. Já perdi 20 kg desde março desse ano", explica a moradora da Penha.

As vizinhas Ana Paula Rossi (45) e Helen de Sá (44), vizinhas da Arena Carioca Dicró, faziam danças como lambaeróbica e zumba como mais novas, e as oficinas de charme foram uma forma de voltarem a dançar. "Dançar é muito bom, movimenta o corpo e a mente. Ao mesmo tempo que você se sente mais motivada e alegre, melhora o condicionamento físico", dizem as amigas.

Mas não são só elogios. As cinco alunas também concordam em um ponto negativo. "Pena que a oficina é só uma vez por semana, é muito pouco! O professor é maravilhoso, tem um ótimo astral e nos anima, queremos duas aulas por semana", brincam.