Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Feira de São Cristóvão comemora 73 anos de existência e 15 de pavilhão

20/09/2018 16:40:00


O Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas (CMLGTN), também chamada de Feira dos Nordestinos, celebra mais de sete décadas mantendo viva a cultura dos imigrantes que chegavam ao bairro da zona norte da capital fluminense. O pedaço mais do nordestino no Rio de Janeiro completou 73 anos de existência no último dia 2 de setembro e 15 anos de pavilhão. As comemorações seguem a todo vapor até o final do mês. Nesta sexta-feira (21/09), às 16h, será cantado o tradicional Parabéns pra Você, com distribuição gratuita de um bolo de cinco metros ao público. À noite, a partir das 22h, quem comanda a festa é a banda Encantu's (ingresso R$ 5 a noite toda). 

 

"Sou paraibana e com muito orgulho recebi essa missão do prefeito Marcelo Crivella. Comemorar esses 73 anos é para mim motivo de honra. Parece que foi ontem que eu puxava lona e hoje estou como gestora. É um desafio diário, uma responsabilidade, que eu encaro de frente. São muitas conquistas, tenho a certeza de muito trabalho pela frente", diz a gestora municipal Magna Fernandes.

 

Atualmente a Feira de São Cristóvão tem cerca de 700 barracas e 200 restaurantes com produtos típicos do norte e nordeste. Outra característica do local é o forró pé de serra, que é tocado nos palcos por diversos trios e bandas regionais do nordestinas, que recebe mais de 300 mil pessoas por mês.Uma programação musical especial foi preparada para todo o mês de aniversário, setembro.

 

"Aqui na feira o forró tradicional e a música popular brasileira embalam nossos sete palcos. E neste mês os sucessos de Luiz Gonzaga são tocados. A Feira sempre merece uma visita. O que nós temos no nordeste, nós temos sempre um pouco aqui na feira", completa Magna Fernandes.

 

 

 

Com 53 anos de feira, sanfoneiro já tocou com o Rei do Baião, Luiz Gonzaga

 

O pernambucano de Garanhuns Nilton Amaral, de 75 anos, mais conhecido como Zé do Gato, é um sanfoneiro que faz parte da história da Feira de São Cristóvão se orgulha de ter 53 anos de feira.

 

"Tenho 53 anos de Feira. Cheguei aqui em janeiro de 1965. Sou sanfoneiro e consertador de sanfona e acordeon, uma profissão que deixa viva a história. Fiz um curso por correspondência em 1978 em eletrônica e foquei em imagem e som. Tenho até diploma", conta Zé do Gato, que se orgulha de sua história.

 

O feirante diz que ganhou seu apelido ‘Zé do Gato' nos concursos de calouros do rádio quando começou. "Meu irmão tem o apelido de Zé da Onça e para ficar diferente nos programas de calouros e festivais do rádio me deram esse apelido, lá em São Paulo ainda, e eu adotei", lembra ele, que já consertou o acordeon de Luiz Gonzaga e Dominguinhos. 

 

"Luiz Gonzaga era meu cliente. Um dia, Dominguinhos estava se apresentando na Feira, e fiz um pequeno serviço. A sanfona dele estava com a aparelhagem de som e com a amplificação ruim", diz.

 

Zé do Gato não quer que seu trabalho acabe e fica feliz por ter o filho seguindo seus passos. "Meu filho dá continuidade. Todo domingo, eu estou aqui na minha barraca, e ele aprende comigo", finaliza o feirante.  

 

 

Serviço:

 

Aniversário de 73 anos da Feira de São Cristóvão

 

Corte do bolo: sexta-deira (21/9), às 16h.

 

Funcionamento: Terça à quinta: das 10h às 18h (entrada franca). Finais de semana, das 10h de sexta às 20h de domingo (R$ 5).

 

Informações: http://www.facebook.com/feiradesaocristovaooficial




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