Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Prefeitura entrega cestas básicas e filtros de água para famílias abaixo da linha de pobreza

05/01/2018 14:18:00


O prefeito do Rio Janeiro, Marcelo Crivella, anunciou nesta sexta-feira (5/01), as primeiras ações que vão beneficiar as famílias que fazem parte do Programa Territórios Sociais, que visa reduzir a vulnerabilidade de cariocas que vivem em áreas de baixo Índice de Desenvolvimento Social (IDS). De início, essas pessoas vão receber da Prefeitura cestas básicas e filtros de água. 
 
 
Na primeira etapa do projeto, 65% das 1.205 famílias identificadas pelo Instituto Pereira Passos (IPP) como “invisíveis” – que não têm acesso aos serviços públicos oferecidos, algumas sequer têm documentação – não possuíam filtro de água. O objetivo da ação é facilitar as famílias mais carentes do município a terem acesso à água potável e de qualidade, e assim combater doenças transmitidas pela água contaminada. Aquelas que ainda não foram incorporadas a programas sociais, como o Bolsa Família, vão receber uma cesta básica da Prefeitura.
 
 
- É muito importante que todos nós da Prefeitura, de todas as secretarias, tenhamos um carinho especial com essas famílias que estão lá na ponta. Elas devem ser as primeiras a serem cuidadas pelas nossas equipes. Esse programa tem total prioridade em nosso governo - enfatizou Crivella.
 
 
Além da renda, a Prefeitura analisa índices como mortalidade infantil, evasão escolar, insegurança alimentar, esgotamento sanitário e documentação. Para encontrar essas pessoas, equipes técnicas do IPP fizeram um mapeamento das 180 regiões da cidade onde o IDS é reduzido e entrevistou cerca de 20 mil famílias em vulnerabilidade. Dessas, 2.324 foram identificadas como de risco social. 
 
 
- Encontramos uma situação extremamente complexa, com 90% das famílias  vivendo em insegurança alimentar. Estamos dando visibilidade a essas pessoas "invisíveis". Temos que trazê-las para os serviços da Prefeitura. Reduzir essa desigualdade que ainda existe na nossa sociedade – disse o presidente do IPP, Mauro Osório.
 
 
As pessoas atendidas na primeira etapa estão sendo acompanhadas e incluídas nos cadastros sociais e nos serviços básicos de saúde, educação e assistência social. Também estão sendo providenciados: documentação civil necessária, matrícula na rede de ensino (e monitoramento constante do progresso, por meio de tutoria especial), diagnóstico sócio-habitacional das moradias, inclusão em programas habitacionais, qualificação profissional e acesso ao mercado de trabalho. 
 
 
Em uma segunda etapa do projeto, outras 1.119 famílias passaram a serem atendidas. Agentes comunitários da rede municipal de Saúde realizaram visitas domiciliares, auxiliando no cadastramento dos beneficiados, que também recebem acompanhamento em unidades de Atenção Primária (Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde). 
 
 
Com essa medida, as famílias carentes recebem assistência de equipes da Estratégia Saúde da Família, que passam a conhecer o histórico médico e familiar dos cadastrados agendando consultas e exames laboratoriais. Nas visitas, os agentes também realizam atividades socioeducativas, abordando a prevenção e o tratamento de doenças como a tuberculose, dicas de saúde bucal, combate ao tabagismo, arboviroses e divulgação do calendário vacinal.
 
 
O programa Territórios Sociais faz parte das diretrizes do "Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro – Rio 2020: mais solidário e mais humano”. O projeto é desenvolvido em conjunto pela Secretaria da Casa Civil, o Instituto Pereira Passos e as secretarias de Saúde; de Assistência Social e Direitos Humanos; de Educação; de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação; de Cultura; e de Desenvolvimento, Emprego e Inovação.
 
 
Cada uma das secretarias municipais envolvidas criou um plano de ação para o programa. O atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade passa a ocorrer de forma integrada, simplificada e ágil, concentrando as ações em um único canal de atendimento, orientação e acompanhamento. O projeto inclui também a reavaliação do risco social das famílias a cada seis meses, com as famílias sendo monitoradas por um período de pelo menos dois anos.



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