Maior aquário marinho da América do Sul, o AquaRio completou um ano nesta quinta-feira (9) com recorde de público: desde a inauguração, 1,4 milhão de pessoas passaram pelo local, que possui 4.800 animais marinhos distribuídos em 28 tanques. Além de sucesso entre os turistas, a nova atração da cidade conquistou também a população local: 25% dos visitantes do AquaRio moram na cidade.

 

Ao longo do ano, 22 novos tubarões chegaram ao aquário, entre eles os icônicos tubarões-martelo, juntando-se a diversas espécies de peixes, desde as mais comuns até algumas consideradas exóticas, como o peixe-leão. Além disso, o Centro de Pesquisa Científica do AquaRio deu início a 17 pesquisas inéditas.

 

"Falar sobre o AquaRio é falar sobre um filho que foi concebido há mais de 10 anos e que agora pertence ao público, do Rio, do Brasil e do mundo. A sensação de pertencimento que vejo nos visitantes me comove e me deixa cheio de orgulho. Não tenho dúvida de que o Aquário do Rio despertará a vocação de muitos biólogos marinhos, profissionais apaixonados pela vida marinha", afirma Marcelo Szpilman, biólogo marinho e diretor-presidente do AquaRio.

 

Neste primeiro ano de atividade, mais de 100 mil alunos de 1.500 escolas participaram de visitas educativas de caráter pedagógico, enchendo o lobby do AquaRio nos dias de semana do ano letivo.

 

Atividades extras conquistam o público

 

Em julho, começaram as visitas guiadas aos bastidores. Às quartas e sábados, das 15h às 16h, um grupo de até 15 pessoas se reúne para conhecer a área técnica do AquaRio e acompanhar de pertinho o trabalho de biólogos marinhos e veterinários. A atividade tem na alimentação dos peixes marinhos que vivem no grande tanque oceânico o "gran finale".

 

Recém-lançado, o "Dormindo no Aquário" vem arrebatando crianças e adultos com a oportunidade de dormir num aquário imenso. A atividade está disponível às sextas para adultos e crianças, de 5 a 12 anos e, aos sábados, somente para a criançada de 6 a 12 anos. Todos estão liberados para se deixarem levar pelo mundo misterioso que abriga peixes, raias e tubarões. 

 

Apoio à pesquisa científica

 

O AquaRio intensificou os investimentos em seu Centro de Pesquisa Científica. Mais de 15 estudos inéditos no mundo, em parceria com as principais universidades do país — UFRJ, UERJ, UFF, USU e UCB — já estão em andamento, sendo dois pós-doutorados, cinco doutorados, quatro mestrados e cinco monografias. Um desses trabalhos, sobre o uso de probióticos como forma de deter o processo de branqueamento de corais, já foi publicado numa das principais revistas de microbiologia do mundo, tornando o Brasil pioneiro nesse estudo.

 

No início de outubro, o Aquário Marinho do Rio se tornou o primeiro equipamento do país a receber a certificação em bem-estar animal emitido pela Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil (SZB), em parceria com a Wild Welfare Worldwide, uma das mais respeitadas instituições do mundo no assunto. No Brasil, atualmente existem 110 zoológicos e 40 aquários funcionando nas mais diversas condições. Este tipo de chancela ajuda a identificar as boas práticas, ao mesmo tempo que dá total tranquilidade aos visitantes e à sociedade de que se trata de um aquário que respeita a vida e o bem-estar dos animais. 

 

AquaRio em números

 

1,4 milhão de visitantes, sendo 25% do público de cariocas;

 

O número de animais saltou de 2.800, na abertura, para 4.800, incluindo novos 22 tubarões (46, no total);

 

100 mil alunos de 1.500 escolas já passaram por lá; 40% de escolas públicas que entraram de graça;

 

10 mil integrantes das forças de segurança do Rio tiveram acesso gratuito ao AquaRio;

 

8 mil crianças e adultos já visitaram o AquaRio gratuitamente por meio de ações sociais;

 

1.200 crianças autistas e seus familiares já estiveram na Sessão Azul;

 

700 filhotes já nasceram no AquaRio por reprodução completa, muitos de espécies ameaçadas;

 

A primeira instituição no Brasil a receber a Certificação em Bem-Estar Animal.