Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Educação Especial: Instituto Helena Antipoff capacita professores do município

27/10/2017 18:18:00


Lecionar para alunos da Educação Especial requer uma preparação diferenciada, que permita ao professor tornar a sua aula a mais inclusiva possível. Na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro, a tarefa de preparar os docentes para isso está nas mãos do Instituto Municipal Helena Antipoff (IHA).
 
Ligado à Secretaria Municipal de Educação (SME), o IHA é o responsável por implementar ações de inclusão nas escolas da rede municipal, seguindo as diretrizes do Ministério da Educação. Os cursos de formação capacitam professores, agentes de apoio e estagiários da rede municipal para a integração de alunos com deficiência, seja ela qual for. 
 
"Nossos cursos são voltados para facilitar a aprendizagem dos alunos. Ensinamos aos professores quais recursos podem ajudar, a importância de conhecer as características de cada aluno e os desafios que cada um enfrenta", afirma Katia Nunes, diretora do IHA.
 
Um dos pilares da Educação Especial é o Atendimento Educacional Especializado (AEE), oferecido pelas escolas municipais nas salas de recursos. Nesse atendimento, os professores identificam, elaboram e organizam os recursos pedagógicos e de acessibilidade para eliminar as barreiras impostas pela deficiência de cada aluno. Desde 2010, o número de salas de recursos na rede municipal passou de 14 para 484. 
 
"O número de alunos com deficiência aumentou muito. Essa expansão atende a necessidade de incluí-los", explica a diretora do IHA.
 
Mensalmente, 480 professores das salas de recursos multifuncionais são treinados pelo IHA. Além deles, todos os professores da rede têm à disposição uma extensa grade de cursos, que vai sendo formada conforme a demanda dos próprios professores.
 
Um dos temas abordados nos cursos é a surdez. E quem está à frente deste segmento no instituto são as professoras Laura Jane Belém e Mônica Astuto. Filha de pais surdos, Laura só começou a trabalhar diretamente com o tema depois dos 40 anos, em 2002, quando a Língua Brasileira de Sinais foi reconhecida como meio legal de comunicação.
 
"Em 2003, fomos convidadas pelo IHA para fazer um trabalho de sensibilização da rede municipal em relação à Libras. Depois começamos a atuar nas escolas, junto aos professores", conta Laura.
 
De acordo com ela, os professores de turmas mistas costumam ter dúvidas sobre a necessidade de intérpretes e como ter certeza de que o aluno está realmente assimilando o conteúdo das aulas. Para ajudá-los nessa missão de tornar a educação mais inclusiva, todo ano há pelo menos um encontro bilingue – português e libras – e dois encontros com os professores das salas de recursos.
 
As inscrições para a Educação Especial podem ser feitas através do site www.matricula.rio até o dia 3 de novembro. O Instituto Helena Antipoff fica na Rua Mata Machado, nº 15, Maracanã.



Serviços Serviços