09/11/2016 09:24:00
O Jardim Suspenso do Valongo, na Gamboa, parte do Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana, construído no início do século passado e restaurado pelas obras do Porto Maravilha, é o endereço da Casa da Tia Ciata, que está com exposição permanente sobre a dama do samba, Hilária Batista de Almeida. Gracy Mary Moreira, bisneta da Tia Ciata e organizadora da mostra, acredita que essa é uma forma de manter viva a memória da bisavó que fugiu da perseguição religiosa na Bahia e se instalou no Rio, tornando-se primeira dama das comunidades negras da Pequena África.
Aberta terça e quinta-feira, das 14h às 17h; e sexta-feira, das 14h às 18h30; a casa, que fica na Rua Camerino, nº 5, mantém agenda de cursos e oficinas de Jongo, Dança Afro e rodas de capoeira. No mesmo endereço está a antiga Casa da Guarda, que se tornou sede do Centro Cultural Pequena África (CCPA). O grupo comemorou 20 anos no último sábado (05/11), com exposições, rodas de samba e feira de artesanato.
A Prefeitura do Rio cedeu os dois espaços a duas associações do Movimento Negro, os grupos Organização Remanescentes (ORTC) da Tia Ciata e Centro Cultural Pequena África (CCPA), que trouxeram para a Região Portuária programação intensa de exposições, cursos, oficinas e visitas guiadas.
Com o apoio da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do
Rio de Janeiro (Cdurp), gestora da operação urbana Porto Maravilha, os grupos que historicamente atuam na preservação da cultura afro-brasileira têm mantido programação intensa no endereço.