29/09/2016 17:18:00 » Autor: Fotos: J.P. Engelbrecht
Os moradores da Taquara ganharam, nesta quinta-feira (29/09), o Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) Medalhista Paralímpico Felipe de Souza Gomes (velocista paratleta). A unidade, que integra o programa Escolas do Amanhã, responsável por implantar o ensino integral na rede municipal em turno de sete horas, vai atender 300 alunos. O velocista conquistou a medalha de ouro no Revezamento 4x100 e de prata nas provas dos 100, 200 e 400 metros nos Jogos Rio 2016.
- Dar a uma escola o nome de um medalhista, ainda por cima paralímpico, é um orgulho para a secretaria. Unidades voltadas às crianças são de enorme importância para o futuro. Quanto mais cedo entram na escola, mais vitoriosas serão na vida - disse a subsecretária de Ensino da prefeitura, Jurema Holperin.
O novo EDI receberá crianças da creche à pré-escola, de seis meses a cinco anos e 11 meses de idade. A unidade conta com salas de atividades, berçários, lactários, refeitórios, bibliotecas com livros apropriados para cada faixa etária, área administrativa, solário e parquinho.
O prédio tem como base preceitos construtivos de modularidade, racionalidade, pré-fabricação, segurança, sustentabilidade, ergonomia, economia, conforto térmico, acústico e eficiência energética, com emprego de materiais sustentáveis. As estruturas das escolas são de um sistema construtivo mais ágil, compostas por elementos pré-fabricados que garantem a sustentabilidade e rapidez na construção.
Todos os ambientes escolares recebem tratamento acústico para garantir o conforto dos alunos e do corpo docente. Para isso foram empregados forros e painéis de vedação termo acústicos e esquadrias especiais. Os prédios possuem fachadas duplas com brises soleil, protegendo-os contra a incidência direta do sol e permitindo a passagem de correntes de ar, tornando os espaços escolares mais confortáveis e arejados. As fachadas duplas são elementos fundamentais para diminuir a temperatura no interior da edificação com economia de energia, otimizando o de uso de aparelhos condicionadores de ar.
Morador do bairro de Bonsucesso, na Zona Norte da cidade, o velocista Felipe Gomes - que começou a perder a visão aos seis anos por causa de um glaucoma congênito, seguido de catarata e deslocamento da retina – é considerado um dos maiores nomes do atletismo paralímpico brasileiro, tendo conquistado o ouro nos 200 metros rasos e bronze nos 100 metros, ambos nos Jogos de Londres, em 2012.
- Estou muito emocionado. Nunca imaginei na minha vida dar nome a uma escola - disse o atleta.
A ideia de homenagear os medalhistas do Brasil nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 tem como objetivo reconhecer o esforço e a superação dos atletas brasileiros, além de incentivar as novas gerações.
Pelo decreto nº 42077, do dia 3 de agosto, as novas escolas municipais, Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs) e Clínicas da Família a serem entregues à população carioca ainda no exercício de 2016 levarão, excepcionalmente, nomes de atletas brasileiros medalhistas nestas duas competições.