Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Prefeitura apresenta operação da cidade para os Jogos Paralímpicos

30/08/2016 14:45:00  » Autor: Foto: Rio 2016/Alex Ferro e Renato Sette Camara (coletiva)


A oito dias dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, a Prefeitura do Rio de Janeiro apresentou, nesta terça-feira (30/08), no Rio Media Center, a preparação da cidade para receber o evento. A operação envolve o esquema de trânsito e de transporte para a passagem da Tocha Paralímpica e para a disputa das competições de rua. As Paralimpíadas acontecem de 7 a 18 de setembro no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, no Complexo Esportivo de Deodoro, no Estádio Olímpico (Engenho de Dentro), em Copacabana e no Maracanã, com a participação de 4.300 atletas de mais de 160 países.

 

 

O Plano de Mobilidade Paralímpico terá dois serviços especiais de BRT, que funcionarão de 5h à 1h. O primeiro ligará o Jardim Oceânico ao Terminal Olímpico (Centro Olímpico), na Barra da Tijuca, com tempo de viagem previsto de 20 minutos. O outro ligará Vicente de Carvalho, na Zona Norte, ao Terminal Paralímpico (Recreio dos Bandeirantes) em aproximadamente 45 minutos.  Outra novidade será a oferta de serviços especiais de ônibus com estrutura para atender pessoas com deficiência em todas as instalações esportivas, com exceção apenas do Estádio Olímpico (Engenhão) e do Riocentro. Os veículos acessíveis estarão disponíveis em instalações das quatro regiões olímpicas: Barra, Deodoro, Maracanã e Copacabana. A Secretaria Estadual de Transportes confirmou que o Linha 4 do metrô entrará em operação dia 5 de setembro, exclusivamente para credenciados e voluntários, e atenderá, junto com os trens da SuperVia, todas as instalações paralímpicas. 

 

 

— As Paralimpíadas são um desafio do mesmo tamanho das Olimpíadas, por isso o planejamento é semelhante. Não teremos férias escolares como aconteceu no período olímpico e, portanto, mais veículos particulares nas ruas, em compensação a rede de mobilidade terá maior disponibilidade com o funcionamento integral das estações da Transolímpica e do Lote Zero (Alvorada—metrô) — disse o secretário executivo de Coordenação de Governo, Rafael Picciani.


 

O embarque poderá ser feito com qualquer cartão Riocard, inclusive o Bilhete Único Carioca. A apresentação do ingresso será exigida apenas nas viagens da Linha 4 do metrô. O Riocard Jogos Rio 2016 continuará valendo para os Jogos Paralímpicos como mais uma opção de cartão de transporte. O bilhete permite viagens e integrações em diversos modais, como ônibus municipais, BRT, trem e metrô. Há cartões disponíveis para um dia (R$ 25); três dias (R$ 70) e sete dias (R$ 160).

 

 

Para atender os passageiros que vão assistir às competições noturnas no Parque Olímpico, a Linha 4 do metrô terá embarque estendido até 1h na estação Jardim Oceânico. Não haverá serviço noturno de BRT.

 

 

Na região de Deodoro, o BRT Transolímpica vai reforçar o serviço do sistema ferroviário. Para as provas de tiro e futebol de 7, a estação mais próxima é a Vila Militar. Já para o Centro de Hipismo, são indicadas as estações São José e Magalhães Bastos.

 

 

Nove locais de competição contarão com serviço de ônibus que fará a ligação entre a estação de transporte público e a área de competição: Parque Olímpico e Pontal (região Barra), Centro de Hipismo, Estádio de Deodoro e Centro de Tiro (região Deodoro), Forte de Copacabana, Marina da Glória e Lagoa (região Copacabana) e Maracanã e Sambódromo (região Maracanã).

 

 

— É fundamental que a população utilize o transporte público durante o período paralímpico em virtude das provas disputadas nas ruas da cidade.  A Linha Amarela, por exemplo, terá seus quatro acessos fechados em direção à Barra da Tijuca para garantir maior fluidez ao tráfego de veículos já que não haverá faixas olímpicas — explicou o diretor de Operações da CET-Rio, Joaquim Dinis. 

 

 

Além da recomendação pelo transporte público, outros três pontos relacionados ao trânsito foram destacados: o acesso à Linha Amarela para quem está na região da Barra da Tijuca deverá ser feito pela Avenida das Américas e pela Avenida Ayrton Senna; a circulação de carro na área de Copacabana no período de 08 a 11/09 e de 16 a 18/09 em razão das interdições provocadas pelas provas de rua; e, na segunda semana dos Jogos, a circulação de veículos na região da Barra da Tijuca e do Recreio também será restrita por causa de fechamentos de vias para provas de rua.

 

 

O esquema de monitoramento e fiscalização atuará em operações de controle urbano e trânsito nas cerimônias de abertura (7/09) e encerramento (9/09); no entorno das instalações esportivas; na região dos Boulevares Olímpicos; nas imediações de pontos turísticos e casas temáticas; e nas principais entradas e saídas da cidade. Montado pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP) e pela Guarda Municipal (GM-Rio) para os Jogos Paralímpicos, o esquema contará com 5 mil agentes. 

 

 

Um grupo de 300 guardas estará de prontidão para casos que demandem atuação rápida, como problemas de mobilidade. A fiscalização da Seop, em conjunto com a GM-Rio, fará ações de ordenamento para coibir o estacionamento e o comércio ambulante irregulares, a exposição de marcas sem autorização e o marketing de emboscada.

 

 

Para orientar cariocas e visitantes que acompanharão os Jogos Paralímpicos, foram impressos, pela Riotur, um vasto material, com 60 mil exemplares do Guia do Espectador, 100 mil mapas do Rio e 180 mil mapas de transporte. Durante os Jogos, haverá 33 postos e balcões de informações turísticas e 14 estandes espalhados pela cidade. Sucesso nos Jogos Olímpicos, o programa Anfitriões da Cidade, com pessoas que dão informações e indicam os melhores caminhos nas ruas do Rio, será retomado.

 

 

A programação cultural da cidade, preparada pela Secretaria Municipal de Cultura, estará recheada para o período dos Jogos Paralímpicos. São cerca de 1.200 atividades culturais – circo, literatura, teatro, música, dança e exposições – ao longo dos 12 dias do evento. Um dos destaques é o "Diversidade nas Artes", mostra de moda e teatro que promove a inclusão de artistas com e sem deficiência, que acontece no Teatro Oi Futuro, no Flamengo, com entrada gratuita. No dia 12 de setembro, será realizado o desfile "A moda está em baixa", manifesto artístico que, através da convergência de linguagens híbridas de moda e de performance teatral, procura reforçar a importância das diferenças. Modelos com nanismo, deficiência física e sensorial, gordinhas, magrinhas, negras e brancas compõem o elenco. Com apresentação no fim do aprendizado, as oficinas (teatro, dança e vozes) acontecem de 6 a 10 de setembro, das 14h às 17h, e nos dias 13 e 14 de setembro, das 14h às 18h. As performances estão previstas para os dias 13, às 19h, e o espetáculo ‘Deuses máquina paraolímpicos" nos dias 15, 16 e 17, às 19h.
 

 

Durante os Jogos Paralímpicos, o Boulevard Olímpico do Porto Maravilha funcionará entre a Avenida Rodrigues Alves (até o Mural Etnias, próximo ao Armazém 3) e a Praça XV. No local, os visitantes poderão assistir às principais provas paralímpicas em dois telões de alta definição. Na Praça Mauá ficará o Palco Encontros, com dois shows diários entre 8 e 17 de setembro (início da tarde e à noite).

 

 

— Os espaços públicos foram criados exatamente para democratizar a festa e, como o objetivo foi alcançado, a ideia é repetir a receita com grandes shows e atividades paradesportivas, especialmente em Campo Grande. No Porto, o palco de espetáculos, o balão, as casas do Brasil e do Japão e a feira Carioquíssima são garantias de sucesso — garantiu o secretário especial de Turismo, Antonio Pedro Figueira de Mello.

 

 

A programação especial para os Jogos Paralímpicos terá duas novidades. Na mostra Wheelchair Parade, cadeiras de rodas customizadas por artistas plásticos e personalidades ficarão expostas ao longo do Boulevard. Já nos dias 10 e 11 de setembro, a Praça Mauá será palco da apresentação The Garden. A performance recria o Jardim do Éden em um espetáculo que desafia a gravidade, ao elevar artistas, com e sem deficiência, a até sete metros de altura. A peça é inspirada na obra do poeta William Blake e a trilha sonora será interpretada por músicos brasileiros. Artistas de rua, patinadores com rodinhas de néon e o "Mini Trio Soul do Rio de Janeiro" também farão do passeio ao Boulevard Olímpico uma experiência divertida.

 

 

No Boulevard do Ginásio Miécimo da Silva, em Campo Grande, haverá oficinas de oito modalidades paralímpicas – bocha, natação paralímpica, vôlei sentado, futebol de cinco, judô e tênis de mesa -; e aulas de basquete, futebol, badminton e tênis de mesa. As atividades começam no dia 7 e vão até o dia 18, das 10h às 17h30. Também haverá shows, como os de Valeska Popozuda, Belo e Projota.

  

 

O material de orientação elaborado em quatro línguas (português, espanhol, inglês e francês) continuará sendo distribuído para visitantes e atletas, com informações sobre saúde do viajante, acesso a água potável, necessidade de uso de filtro solar e proibição do fumo em áreas fechadas e estádios. A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) manterá o alerta pela possibilidade de introdução de novas doenças.

 

 

A SMS também vai monitorar os pontos de alimentação e fiscalizar os postos de atendimento de pré-hospitalar dentro do perímetro de segurança das instalações. Para os casos de necessidade de internação de integrantes da família olímpica, o Comitê Rio 2016 firmou convênio com dois hospitais privados. A prefeitura será responsável pelo atendimento hospitalar dos visitantes.

 

 

Durante os Jogos Olímpicos, não houve registro de turistas infectados pelo vírus zika. Ainda assim, as instalações esportivas continuarão sendo vistoriadas pelas equipes de agentes de vigilância ambiental de saúde, que trabalham na busca, eliminação ou tratamento de depósitos que possam se tornar potenciais focos do mosquito.

 

 

Para a operação de limpeza e remoção de resíduos do Parque Olímpico, áreas de competição de rua, arredores das instalações esportivas, Boulevares Olímpicos e pontos turísticos, a equipe da Comlurb será de 1.450 garis. No Parque Olímpico serão utilizados caminhões de coleta seletiva e de resíduos hospitalares, caminhão lava-jato, carros de lavagem de alta pressão, sopradores e varredeiras. No trajeto dos torcedores no entorno de todas as instalações esportivas serão colocados contêineres a cada 20 metros. O programa Lixo Zero terá 153 equipes de fiscalização durante os Jogos Paralímpicos.

 

 

O Centro de Operações Rio terá dois times operacionais dedicados aos Jogos Paralímpicos: as bancadas paralímpicas e o Centro Integrado de Mobilidade Urbana (CIMU). As bancadas paralímpicas monitoram as atividades da agenda dos Jogos e a pronta resposta a ocorrências não previstas, além de dar suporte ao acionamento de serviços públicos no entorno das instalações e em ocorrências que afetem a mobilidade dos atletas.

 

 

Já o Centro Integrado de Mobilidade Urbana monitora o sistema de transporte da cidade, aciona respostas a ocorrências e planos de contingência nos diferentes modais. É composto por representantes de concessionárias de transportes e das agências públicas de mobilidade urbana. Participaram da divulgação no Rio Media Center (RMC), na Cidade Nova, o secretário estadual de Transportes, Rodrigo de Oliveira Vieira, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, e a presidente da CET-Rio, Cláudia Secin.




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