O Fashion Business Rio teve movimentada edição na última semana, entre 27 e 29 de outubro, no armazém 2 do Píer Mauá. As grifes atingiram, em média, a meta proposta, que era vender entre 30% e 50% da coleção Outono/Inverno 2016. Após dois anos, o salão de negócios da moda, que contou com o apoio da Prefeitura do Rio, voltou ao cenário carioca. Entre seus objetivos está ser uma plataforma para todas as áreas da indústria criativa que influenciam e são influenciadas pela moda. A próxima edição do Fashion Business já está confirmada e acontece em abril de 2016.

O secretário executivo de Coordenação de Governo, Pedro Paulo, esteve no Fashion Business Rio para entender o momento atual do setor na economia. Para ele, é obrigação da prefeitura incentivar esse setor:

- É interessante ver compradores do Brasil todo levando a moda carioca para suas cidades. Este é um grande gerador de empregos na cidade e no estado. Que o evento possa entrar de uma vez por todas no calendário da cidade e virar referência para a moda nacional.

Além do salão de negócios, aconteceram palestras de Moda, Design e Gastronomia, com seminário e debates para a indústria e para lojistas, exposição de artistas plásticos jovens, desfile de Novos Criadores e uma instalação artística que representou a união de todos os participantes desta cadeia produtiva.

O presidente do Conselho Municipal da Moda, Carlos Tufvesson, participou, na sexta-feira (29/10), de um debate sobre mudanças no mercado de moda e a importância do Fashion Business Rio para a economia gerada pela moda. Ele ressaltou, em sua apresentação da linha do tempo da moda carioca, que este ano de 2015, o Rio de Janeiro, após 20 anos, não teve uma semana de moda, apesar do retorno do salão de negócios.

- Depois de dois anos sem salão de negócios e tendo visto esse business ir para outros estados, é muito importante ver a Prefeitura do Rio apoiando a volta de um evento como o Fashion Business. É um evento de extrema relevância. Não tenho a menor dúvida que o Fashion Business Rio foi fundamental para alavancar vendas que tanto são necessárias no Rio de Janeiro e em qualquer lugar do mundo. Ainda mais no Rio em que a moda é o segundo maior gerador de empregos – disse Tufvesson.

A bolsa de negócios, dirigida pela diretora do evento, Eloysa Simão, encerrou a edição com excelente aceitação do mercado e do público presente. Participaram do salão cinquentas marcas atuantes no Rio de Janeiro, que demonstraram competência com as suas performances para atingir a meta proposta de vendas.

- As vendas ultrapassaram o esperado. Cerca de 80% das marcas bateram suas metas e 50% até superaram. Algumas empresas venderam em apenas três dias o dobro do que outras empresas venderam em apenas 15 dias com representantes. Além disso, nesta edição tivemos a certeza de que a marca Fashion Business continua muito forte, que continua sendo uma plataforma essencial para o desenvolvimento da indústria da moda brasileira - comentou Eloysa.

A proprietária da Agilitá, Cristina Vrabl, comemorou o sucesso de vendas e comentou o novo calendário:

- A resposta que tivemos dos clientes e compradores foi muito positiva. O evento como um todo, com as palestras e o salão de negócios, agradou muito e atendeu as nossas expectativas. Essa semana foi uma síntese muito positiva do que esperar do mercado da moda brasileira para 2016.

Já a proprietária da marca Lucidez, Marcia Azzi, ressaltou a importância do evento para o público carioca:

- Somos uma empresa com 30 anos de mercado. O Fashion Business vem para reforçar não só as marcas individualmente, mas também para mostrar essa união de todos nós em prol do mercado de moda brasileiro e carioca. O evento ajuda a mostrar como o nosso mercado gera empregos e como deve ser cada vez mais valorizado.

Os novos participantes do Fashion Business 2015, composto por jovens criadores, como a Cabron, Benta Studio, Handred, Haight e Helena Pontes, mostraram-se satisfeitos com o networking e a conquista de novos clientes durante o evento.