08/10/2013 18:27:00 » Autor: Juliana Romar / Fotos: Beth Santos
O prefeito Eduardo Paes realizou nesta terça-feira (08/10), no Palácio da Cidade, em Botafogo, um novo encontro com os conselhos de pais de alunos e de diretores, incluindo também a participação dos conselhos de professores e funcionários das escolas da rede municipal de ensino. O objetivo da reunião foi aprofundar o diálogo com todos os setores impactados pela greve dos professores, que já dura quase dois meses. No último sábado (05/10), o prefeito se reuniu com 60 representantes dos conselhos de pais e de diretores.
Hoje, além do prefeito e dos secretários da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho, e de Educação, Claudia Costin, estiveram presentes na reunião cerca de 120 pessoas, incluindo representantes das 11 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs).
- Recebemos aqui hoje quatro conselhos - representações que existem na Educação do município do Rio de Janeiro – com o objetivo de estabelecer novas instâncias de diálogo. O que estamos tentando fazer aqui é estabelecer a possibilidade de diálogo distinto, conversando com quem de fato representa a educação, buscando minimizar os efeitos dessa greve, discutindo com pais e diretores a possibilidade de reposição das aulas – afirmou o prefeito, apontando ainda as possíveis soluções para o fim da paralisação:
- O caminho para o fim da greve é que os dirigentes sindicais não radicalizem tanto e que não apresentem pautas que sabem que não há como a prefeitura cumprir. Já tivemos cerca de 20% dos professores em greve, mas, agora, esse número já reduziu para 10% porque eles estão entendendo os nossos esforços: montamos um simulador na internet para que elas vejam o aumento que irão receber; temos aprovado um Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração; os professores que estiverem trabalhando irão receber o aumento de 8%, somados aos 6,75%, já agora no mês de novembro, referente ao mês de outubro; foi concedida a equiparação salarial aos ativos, inativos e aposentados. Enfim, a maioria das pautas foi atendida e esperamos que os professores voltem para as salas de aula.
A dona de casa Rosana da Silva de Medeiros, mãe de quatro filhos e representante do Conselho de Pais, fez um desabafo e pediu o fim da greve:
- A greve é aceitável, afinal vivemos num país democrático. Mas a coisa está abusiva e já são 53 dias de paralisação. Nossos filhos precisam estudar. Têm pais que precisam deixá-los na escola para poder trabalhar. Nossas crianças estão sendo prejudicadas. Os estudantes do 9º ano já estão saindo e como vão repor as aulas? Queremos apenas que tudo volte ao normal.
De acordo com Adélia Azevedo, professora do Ciep Patrice Lumumba, em Del Castilho, e representante do Conselho de Professores, a reunião foi bastante produtiva e respeitosa:
- A reunião aqui hoje foi para conversarmos e darmos algumas diretrizes de encaminhamentos. Colocamos os nossos prós e contras em relação à greve.
Já para a diretora da Escola Municipal República do Peru, no Méier, Talma Romero Suane, o desejo do Conselho dos Diretores é apenas um:
- O importante é que fique claro que os alunos não podem mais ser prejudicados e que queremos que a greve acabe. Nesse momento não interessa quem vai ter que ceder, o importante é que as aulas retornem ao seu ritmo normal.
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