Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Prefeitura realiza ação de combate ao Aedes Aegypti no Sambódromo

26/01/2016 11:29:00  » Autor: Flávia David / Fotos: Paula Johas


Faltando poucos dias para o carnaval, a Prefeitura do Rio intensificou as ações de fiscalização e combate ao mosquito Aedes aegypti no Sambódromo, que receberá um grande número de pessoas para os desfiles das escolas de samba. Na manhã desta terça-feira (26/01), uma equipe de 25 agentes de Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esteve na Marquês de Sapucaí para realizar aspersão de inseticida (fumacê) e vistoria dos setores. O Sambódromo será palco das competições de tiro com arco durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, e da chegada e da largada da maratona olímpica. 

 

 

O trabalho dos agentes, que durante o ano acontece de 15 em 15 dias, será feito semanalmente e incluirá a Cidade do Samba e as quadras das agremiações. A atividade integra as ações de combate ao mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika e da chikungunyaem toda a cidade.

 

 

- É um local com grande aglomeração de pessoas e a presença de vetores pode propiciar uma epidemia. Diminuindo a quantidade de mosquitos, reduzimos o número de fêmeas e, assim, a proliferação de larvas. Os agentes aplicaram inseticida em todos os setores, dando atenção especial aos ralos - disse o coordenador de Vigilância Ambiental em Saúde da SMS, Marcus Vinícius Ferreira.

 

 

O Sambódromo passa por obras para a instalação de cadeiras, arquibancadas e camarotes para o carnaval. Por conta disso, os agentes realizaram uma varredura para eliminar depósitos e fazer tratamentos, caso seja necessário. A operação é realizada em várias etapas: primeiro, com o carro do fumacê e, em seguida, agentes a pé vistoriam e imunizam cada setor.

 

 

As ações de combate ao Aedes Aegypti em grandes eventos não se restringem ao carnaval carioca. A secretaria também tem voltado sua atenção para as instalações dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, eventos que a cidade receberá nos meses de agosto e setembro deste ano, respectivamente. As inspeções acontecem desde o começo de 2015.

 

 

- A cada equipamento entregue é feito um trabalho diferenciado, com visita e vistoria pelos agentes de saúde. Em abril, tanto os centros de treinamento quanto o alojamento dos atletas, bem como os locais de competição, contarão com agentes fixos e receberão a mesma atenção que o Sambódromo recebe agora. Isso nos dá a garantia de que o problema será minimizado durante o evento - explicou Marcus Vinícius.  

 

 

Além das ações específicas para grandes eventos, os agentes atuam mesmo nos meses de menor presença do Aedes Aegypti, realizando visitas de inspeção em imóveis de toda a cidade. Somente este ano, já foram realizadas 705.995 visitas de inspeção, com 121.624 depósitos tratados e 46.224 depósitos eliminados. Até o momento, foram realizadas dez entradas compulsórias em residências. Para isso, a SMS conta com uma equipe de 3.230 agentes. Destes, 2.517 atuam no trabalho de campo, visitando as residências.

 

 

O ingresso compulsório em imóveis fechados ou abandonados – quando o proprietário não entra em contato para liberar o acesso dos agentes – também é realizado pela Secretaria municipal de Saúde, baseado no decreto nº 34.377, de 2011. Em 2015, os agentes de vigilância ambiental fizeram 1.146 notificações em imóveis que estavam fechados na primeira visita, com 95 publicações em Diário Oficial para entrada compulsória. A grande maioria dos proprietários procurou a SMS após a notificação ou dentro do prazo estipulado, abrindo o local para permitir a vistoria. Em 61 imóveis, no entanto, os agentes precisaram fazer a entrada compulsória permitida pelo decreto.

 

 

Para o combate ao Aedes Aegypti, a Prefeitura do Rio conta com outro importante aliado: o peixe Poecilia Reticulada, também conhecido como lebiste ou, simplesmente, "barrigudinho", que devora as larvas do mosquito. Os peixes são usados no controle biológico dos focos do vetor e soltos em reservatórios que não podem ser eliminados nem tampados, como piscinas sem tratamento, fontes, charcos, lagos, entre outros.

 

 

Devido ao aumento do número de visitas a residências e à conscientização dos moradores, os índices de infestações na cidade diminuíram. Em 2008, a SMS registrava 2,8 milhões de visitas. Desde então, com a contratação de mais agentes de saúde e o aumento da frota da secretaria, esse número já superou a marca de 10 milhões. A atuação dos agentes comunitários de saúde também foi fundamental para o sucesso do trabalho.

 

 

Além de eliminar os criadouros do mosquito em suas próprias residências, a população também pode colaborar denunciando possíveis focos por meio da Central de Atendimento da prefeitura, no telefone 1746. De todas as solicitações feitas em 2015 sobre o Aedes Aegypti ao serviço, 95,9% foram atendidas pelos agentes de vigilância ambiental em saúde.

 

 

Mutirão de mobilização

 

O órgão municipal também realiza semanalmente um mutirão de mobilização contra o mosquito em todas as regiões da cidade. As ações têm como objetivo, além de buscar e eliminar possíveis focos do Aedes Aegypti, envolver a população com atividades educativas para que todos possam colaborar no combate ao mosquito em suas próprias residências e vizinhanças.

 

 

 

Esta semana, a iniciativa está atendendo a região de Bangu (Área de Planejamento 5.1). Até sexta-feira (29/01), todas as unidades da rede de Atenção Primária (Centros Municipais de Saúde e Clínicas da Família) da localidade - que compreende os bairros de Bangu, Campo dos Afonsos, Deodoro, Jardim Sulacap, Magalhães Bastos, Padre Miguel, Realengo, Senador Camará e Vila Militar - farão palestras de orientação nas salas de espera voltadas para o combate ao mosquito, destacando a importância da participação da população.

 

 

Durante a programação, também são realizadas ações locais, em parceria com a Comlurb, nos setores vulneráveis do território, para tratamento e eliminação de depósitos. Realizado desde dezembro de 2015, o mutirão já percorreu as regiões de Madureira e Adjacências; Santa Cruz e Paciência; Campo Grande; Grande Tijuca; Ilha e Zona da Leopoldina; Grande Méier; Barra e Jacarepaguá. Depois de Bangu, o último mutirão acontecerá a partir do dia 1/02, no Centro e na Zona Sul (Áreas de Planejamento 1.0 e 2.1).




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