Fundação Parques e Jardins - FPJ

Campo de São Cristóvão

 
Nos tempos de colônia, o campo era um rossio utilizado para transações comerciais, tais como compra e venda de gado, entre outros produtos produzidos nos sertões. No século XIX passou a ser realizado no espaço feiras de gado regulares, além de exercícios militares dos batalhões da rua Guarda da Quinta, posteriormente denominada rua Bela de São João, atualmente a rua Bela.
 
Com o tempo, foi aumentada a área do bairro de São Cristóvão, em função dos aterros e outras melhorias proporcionadas ao bairro. No século XX, em 1906, foi inaugurado o Campo de São Cristóvão, como área pública de lazer. O Campo foi incluído na lista de locais a serem revitalizados pela reforma de Pereira Passos.
 
Na década de 1950, houve duas mudanças significativas no Campo: a vinda de milhões de nordestinos ao Rio de Janeiro, que tinham o Campo de São Cristóvão como ponto final para os retirantes.
 
Concomitantemente, o empresário Joaquim Rolla encomendou ao arquiteto Sérgio Bernardes o Pavilhão de São Cristóvão, um centro de exposições para apresentar ao povo as inovações das indústrias cariocas, já que o bairro de São Cristóvão concentrava parcela considerável da produção industrial do país naquele momento. A estrutura era coberta por uma estrutura semirrígida, convertendo-se, à época, no maior vão livre do mundo. A estrutura caiu e o local ficou abandonado por muito tempo. Como é um local de enorme relação sentimental da comunidade nordestina na cidade, hoje em dia o Pavilhão de São Cristóvão é a sede da Feira de Tradições Nordestinas, no antigo Campo de São Cristóvão.