Prevenção ao Suicídio – Precisamos falar sobre isso

O suicídio é um fenômeno humano complexo e representa atualmente uma importante questão de saúde pública no Brasil e no mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2014), mais de 800 mil pessoas cometem suicídio a cada ano. Tratando-se de jovens entre os 15 e 29 anos de idade, o suicídio é a segunda principal causa de morte. Chama atenção também o elevado números de casos em pessoas com 70 anos ou mais.
 
O Brasil é o oitavo país em número absoluto de suicídios. Segundo o Boletim Epidemiológico de Tentativas e Óbitos por Suicídio no Brasil (Ministério da Saúde, 2017), foram registradas 62.804 mortes por suicídio no país entre 2011 e 2016. O documento apresenta ainda que, neste mesmo período, foram registrados 176.226 casos de violência autoprovocada (tentativas de suicídio e automutilação) nos serviços de saúde. No município do Rio de Janeiro, ocorreram 250 mortes por suicídio em 2017.
 
O suicídio pode acontecer com qualquer pessoa e nas mais diversas famílias e comunidades. Porém, há fatores que aumentam o risco de alguém cometer suicídio e, portanto, é necessário estar atento: pessoas que sofreram violências, fragilidade de suporte familiar e social, desemprego ou dificuldades financeiras, transtornos mentais, perda de uma pessoa querida, dependência de álcool ou outras drogas, pessoas que já tiveram tentativas de suicídio.
 
É essencial o envolvimento dos diversos setores da sociedade em ações que possam fortalecer as relações de suporte social e reduzir os fatores de risco. É importante saber que existem medidas que podem ser tomadas para que o suicídio seja evitado. São iniciativas fundamentais no cuidado e na prevenção do suicídio:
 
  •  falar sobre o tema abertamente;
  •  sensibilizar a população para ouvir e acolher as pessoas sem julgamento;
  •  oferecer apoio as pessoas que estão num momento de fragilidade;
  •  divulgar informações sobre onde buscar ajuda e cuidado;
  •  promover espaços comunitários para encontros, partilhas de experiências e atividades de cultura, esporte, lazer e cidadania.
 

Escutar sem julgamento faz toda a diferença!

 
Como ajudar:
 
  • Suicídio não é "drama" ou "chamar atenção". Evite julgamentos ou posturas desse tipo. A pessoa que tenta o suicídio ou faz mal para si mesma precisa de ajuda.
  •  É preciso levar a sério quando alguém fala da vontade de se matar e ouvi-la sem julgamentos.
  • A maioria dos casos acontece de modo premeditado e as pessoas dão avisos de suas intenções anteriormente, como mudanças de comportamento ou mesmo falando sobre isso com familiares, amigos ou profissionais de saúde de qualquer serviço de saúde.
  • Abordar o tema é um ato de cuidado e, ao contrário do que se pensa, não induz a tentativa.
  • É muito importante ficar atento para quem já tentou o suicídio. As tentativas de suicídio são mais comuns quando há tentativas anteriores. Portanto, é preciso estar próximo dessas pessoas, oferecendo apoio e acompanhamento.
  • Procure a unidade de saúde mais próxima da sua casa, como os serviços da Atenção Primária (Clínicas de Família e Centros Municipais Saúde) ou o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
  • Seja solidário, acompanhe a pessoa que precisa de ajuda aos serviços de saúde. 


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