A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Habitação, em parceria com a Caixa Econômica Federal, entregou ontem às famílias sorteadas no Programa Minha Casa, Minha Vida os 243 imóveis do empreendimento Vivenda dos Pintassilgos, em Santíssimo. Cada família irá pagar no máximo R$ 80,00 por mês, cerca de 5% da renda familiar de R$ 1.600,00, faixa prioritária de atendimento que concentra a maior parte do déficit habitacional.

Localizado na Rua Teixeira de Campos 1435, o condomínio tem 12 blocos com cinco andares, salão de festas, parquinho, estacionamento e guarita. No entorno há uma Clinica da Família, uma escola do primeiro segmento do ensino fundamental, uma de ensino médio e uma creche. Além disso, o empreendimento Vivenda dos Pintassilgos fica a 1 km da Estação Santíssimo e a 2 km da Estação Senador Camará, ambas de transporte ferroviário. Os apartamentos são compostos por sala, dois quartos, cozinha e banheiro e já estão prontos para receber os moradores.

O clima do condomínio na hora de entrega das chaves era de muita alegria e emoção. Ex-moradora da Penha, a aposentada Tereza Gonzaga, de 74 anos, conta que pagava R$ 380,00 de aluguel, o que não era compatível com sua renda familiar de pouco mais que R$ 700,00. No final do mês, depois de pagar as contas de água e luz, Tereza fala que não sobrava muito para alimentar seu filho que é cadeirante e tem necessidades especiais. Agora, com a casa própria e pagando cerca de R$ 50,00 por mês, ela comemora a possibilidade de melhorar a qualidade de vida do filho e comenta: "Esse condomínio tem acessibilidade para cadeirantes, vou poder passear com ele !"

Já Aline de Souza, de 27 anos, fala da facilidade que vai ter para ir ao trabalho. A merendeira conta que antes, quando morava em Santa Cruz, dependia de carona do marido para levá-la até o ponto de ônibus, agora, com uma caminhada rápida ela chega à Avenida Brasil, e pode pegar o transporte. Grávida de 14 semanas e com um filho de oito anos, Aline diz que só espera o melhor da nova fase que se inicia: "Nossa vida vai mudar, vai ser tudo novo!"

A costureira Fabiana Rodrigues, de 30 anos, conta que morava de favor na casa da irmã e suas coisas ficavam em cima de uma laje, cobertas com uma lona, por falta de lugar dentro da casa. "A casa era pequena, mal cabia a minha irmã, e ainda fomos eu e minha filha morar lá". Mas, segundo Fabiana, quem realmente tem motivo para ficar feliz é a sua filha, a pequena Laura, que agora vai, finalmente, ter um quarto só para ela.