Dona Suely Gomes, de 69 anos, recebeu nesta quarta-feira, 6 de fevereiro, folhas de papel que siginificam muito para ela. Sorridente, da janela do apartamento de dois quartos onde mora com a mãe, de 96 anos, em Cosmos, Zona Oeste, a aposentada exibia o documento que lhe garante a propriedade do imóvel. A Prefeitura do Rio de Janeiro entregou os contratos registrados em cartório do Registro Geral de Imóveis (RGI) a 471 famílias que moram no Condomínio Vivenda das Gaivotas, empreendimento do programa Minha Casa Minha Vida inaugurado em 2015.

Foto: Nilo Ventura / Prefeitura do Rio

- Eu morava antes na Vila Cruzeiro, e sofria de pressão alta, tomava oito remédios, por causa da violência. Hoje estou feliz da vida, não tenho mais pressão alta nem preciso tomar remédio. Adoro meus vizinhos e vivo aqui em muita paz. Ter o RGI na mão é uma vitória, um presente de Deus - comentou dona Suely.

Vizinha dela no bloco 3, a também aposentada Vera Lucia Nascimento, 67 anos, morava antes numa comunidade em Jacarepaguá. Ela recebeu das mãos do secretário municipal de Infraestrutura e Habitação, Sebastião Bruno, que representou o prefeito Marcelo Crivella na solenidade desta quarta, seu RGI.

Foto: Edvaldo Reis / Prefeitura do Rio

- A tranquilidade agora é total, com esse documento de propriedade. Amo o lugar onde vivo. O que mais gosto aqui é ficar na janela e conversar com os vizinhos - contou.

A entrega dos RGIs foi feita com a Caixa Econômica Federal, parceira da Prefeitura no programa habitacional que realiza o sonho da casa própria para pessoas de baixa renda e lhe dá um lugar digno para viver. Os documentos são uma garantia a mais para os beneficiários. Pelo contrato, porém, os apartamentos só poderão ser vendidos após o décimo ano de moradia.

- Não é só uma construção, mas, sim, o lar de vocês - disse o secretário Sebastião Bruno. - É importante que todos coloquem no coração e na mente que isso aqui é um patrimônio da família de todos vocês - completou, dirigindo-se aos moradores.

Foto: Edvaldo Reis / Prefeitura do Rio

As famílias beneficiadas, que moram há três anos no condomínio, foram sorteadas dentre as que tinham renda bruta mensal de até R$ 1,6 mil. O valor da prestação é de cerca de 5% da remuneração.

- Quala a importãncia de receber o RGI? Quem não registra não é dono. Efetivamente a sua propriedade está marcada como sua a partir de hoje, do seu RGI - explicou o superintendente da Caixa, Cláudiio Martins.

EMPREENDIMENTOS ENTREGUES

Nos últimos dois anos, a prefeitura do Rio já beneficiou 4.783 famílias do Minha Casa, Minha Vida com o Registro Geral de Imóveis, ajudando a realizar o sonho da casa própria para 12 mil pessoas. A previsão para este ano é outras 3.100 famílias que integram o programa sejam contempladas com o documento.

Desde janeiro de 2017, a Prefeitura entregou 4.200 unidades em 17 empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida, que ficam nos seguintes condomínios: Residencial Queluz (300 unidades), Residencial Saboia (300), Porto Seguro (300), Porto Fino (300), Park Topázio (260), Park Ônix (260), Park Ametista (300), Porto Belo (300) e Park Safira (260) – todos em Santa Cruz. Já em Jacarepaguá, foram entregues os residenciais Colônia Quadra 14 (180) e Colônia Quadra VIII (120), ambos na Colônia Juliano Moreira. No Anil, foram outras 1.320 unidades nos condomínios Vila Carioca I (220 unidades), Vila carioca II (300 unidades), Vila Carioca III (160 unidades), Vila Carioca IV (220 unidades), Vila Carioca V (180 unidades) e o Vila Carioca VI (240 unidades).

MAIS 600 UNIDADES SERÃO ENTREGUES ESTE ANO

Atualmente, 600 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida estão em construção no bairro de Manguinhos, Zona Norte. Os imóveis são destinados ao reassentamento de famílias em situação de Auxílio Habitacional Temporário. A previsão é entregá-los este ano.

INSCRIÇÕES NO MINHA CASA MINHA VIDA

Os interessados em concorrer aos sorteios dos imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida, deverão ter mais de 18 anos e se inscrever na Rua da Constituição, 34, no Centro. Para a adesão, é preciso apresentar a documentação original do titular do cadastro e do cônjuge, se houver: carteira de identidade; certidão do registro civil; CPF; comprovante de residência; contracheque ou comprovante de benefícios nos casos de aposentado/pensionista, que comprove renda familiar bruta de até R$ 1,8 mil; carteira de trabalho; título de eleitor; certidões de nascimento de filhos menores de 18 anos; laudo médico atual com identificação da doença e CID (nos casos de Portadores de Necessidades Especiais).

Poderão participar do programa pessoas que não possuem casa própria ou financiamento habitacional em qualquer localidade do Brasil; e que nunca foram beneficiadas por programas de habitação social do governo.