O programa dos Restaurantes Populares, que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, revitalizou ao reabrir três unidades que tinham sido fechadas pelo governo do Estado, obteve reconhecimento internacional como iniciativa de segurança alimentar. O Rio de Janeiro foi uma das sete cidades escolhidas, entre as 183 signatárias do Pacto de Milão, para apresentar o seu programa no 9º Fórum Internacional de Alimentação e Nutrição, que ocorreu em Milão, na Itália, nos dias 27 e 28 de novembro. Anteriormente, em setembro, o projeto já tinha recebido menção honrosa ao disputar o Prêmio Internacional do Pacto de Milão de Segurança Alimentar 2018, evento sediado em Tel Aviv, Israel. A cidade vencedora foi Lima, capital do Peru. O programa dos Restaurantes Populares ficou entre as 30 melhores práticas de segurança alimentar do mundo.

 

 

– O reconhecimento internacional é um incentivo a mais, uma demonstração de que estamos no caminho certo com os Restaurantes Populares. Neles, entregamos às pessoas mais do que refeição, estamos resgatando a cidadania. Trata-se de devolver respeito e dignidade a milhares de cariocas, que todos os dias comem em um desses Restaurantes Populares – comentou o prefeito Marcelo Crivella.

 

 

Por conta do destaque que o Rio vem obtendo no setor de segurança alimentar, a cidade foi escolhida para sediar, no Museu do Amanhã, em 29, 30 e 31 de maio de 2019, o 1º Fórum Latino-Americano das Cidades Signatárias do Pacto de Milão.

 

 

– No evento do ano que vem, no Rio, 26 cidades vão discutir agricultura urbana e alimentação escolar, entre outros temas. O objetivo é aprofundar o debate sobre políticas de segurança alimentar e a desigualdade que existe no continente – explica Epitácio Brunet, subsecretário de Desenvolvimento Econômico e Planejamento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação.

 

 

O Rio de Janeiro foi a única cidade da América Latina escolhida para apresentar seu projeto no fórum que ocorreu na Itália. Ao lado do programa carioca estavam os de Nova York (Estados Unidos), Sidney (Austrália), Seul (Coréia do Sul), Cidade do Cabo (África do Sul), Tel Aviv e Milão, todas signatárias do Pacto de Milão, cujo objetivo é assegurar o acesso da população a alimentos produzidos de forma saudável e sustentável.  O Rio, assim como as demais cidades, ganhou um capítulo na publicação "Food and Cities – The Role Of Cities For Achieving The Sustainable Development Goals" ("Alimentação e Cidades – O papel das cidades para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável").

 

 

DOIS MILHÕES DE REFEIÇÕES SERVIDAS

 

 

Na segunda-feira passada (3), o prefeito Marcelo Crivella festejou a marca de dois milhões de refeições servidas nos três restaurantes populares da cidade desde a reabertura do primeiro, em julho de 2017. Municipalizadas na atual gestão, as unidades em Bonsucesso, na Zona Norte, e Bangu e Campo Grande, na Zona Oeste, estavam fechadas desde 2016, porque o governo estadual não tinha condições financeiras para mantê-las. Ao assumir os restaurantes populares, a Prefeitura passou a garantir café da manhã e almoço a preço simbólico (R$ 0,50 e R$ 2, respectivamente) para pessoas de baixa renda, ou mesmo em situação de rua, que, na maioria dos casos, não teriam condição financeira de se alimentar com qualidade. O primeiro municipalizado foi o de Campo Grande, reaberto em julho de 2017. Naquele mesmo ano, em agosto, foi o de Bangu. Em fevereiro de 2018, o de Bonsucesso.