Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Alunos da Rede Municipal são premiados na 21ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica

10/10/2018 10:32:00


 
Cinquenta e quatro alunos de 18 escolas municipais do Rio de Janeiro foram premiados com medalhas de ouro, prata e bronze na 21ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). A prova, realizada no primeiro semestre deste ano para estudantes do Ensino Fundamental (1º ao 9º ano) e Ensino Médio, é promovida pela Sociedade Astronômica Brasileira e a Agência Espacial Brasileira.
 
Mais de 770 mil alunos de todo o país se inscreveram na competição que testa os conhecimentos sobre as estrelas e as dinâmicas do Universo. A partir desta semana, os pequenos pesquisadores da Rede Municipal começam a receber suas medalhas. No total serão contemplados 15 alunos com medalha de ouro, 20 com medalha de prata e 19 com medalha de bronze.
 
Ouro do Rio
 
Um dos estudantes que mais se destacou na OBA 2018 foi Thales da Silva Ronchini, de 13 anos. O aluno do 8º ano da Escola Municipal Epitácio Pessoa, no Andaraí, conquistou a primeira medalha da unidade na Olimpíada de Astronomia. A estreia veio com ouro, um orgulho para o professor de Ciências, José Ricardo Estrela Pereira, que leciona há 15 anos.
 
"Ele sempre foi excepcional, com notas excelentes. Isso é fruto de dedicação e a Olimpíada estimula o senso investigativo, de pesquisa e de curiosidade", disse o professor.
 
Thales sonha com as estrelas e quer seguir carreira de astrônomo. Para se sair bem na prova fez os exames anteriores e acessou o aplicativo que a OBA fornece para a preparação dos inscritos.
 
"Você tem que ir atrás das ferramentas para aprender mais e estar calmo no dia da prova", aconselhou o aluno.
 
Colecionadores de medalhas
 
Os alunos do Ciep Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda, localizado em Campo Grande, foram campeões em números de medalhas no município do Rio. No total foram 12 vencedores com ouro, prata e bronze. As professoras Rosa Maria Trindade e Leila Aguiar, que lecionam Ciências, acreditam que a vitória foi resultado de um trabalho em grupo.
 
"Foi um projeto que englobou a escola inteira, de modo multidisciplinar. Produzimos maquetes, cartazes e incluímos os estudos dos astros e do Universo nas aulas de Inglês", esclareceu a professora Rosa Maria.
 
E todo mundo pôde participar. O resultado do aluno Cawan Batista Ferreira, de 9 anos, do 3º ano, por exemplo, foi uma das gratas surpresas trazidas com a Olimpíada.
 
"Nós notamos que ele sentia dificuldade, mas queria participar. O esforço do Cawan foi o diferencial. Quando soube da vitória se emocionou" contou a professora.
 
Mais tempo para aprender
 
Já na Escola Municipal Ceará, em Inhaúma, o que fez a diferença para os alunos foram as aulas extras dos três professores de Ciências. O resultado foram quatro medalhas de prata e duas de bronze.
 
"Oferecemos três dias de aula além do horário normal para os alunos interessados em participar da Olímpiada. Além disso, montamos apostilas com exercícios para praticarem em casa" contou a docente Tatiana Cardoso.
 
"Os conceitos matemáticos que eles já tinham aprendido foram fundamentais nos resultados da prova. Temos certeza disso porque sabemos que o critério de correção é rigoroso" esclareceu a professora Renata Jacomo Paixão.
 
"Como o resultado da prova é a soma das duas partes - astronomia e astronáutica - o aluno precisa ter todos os conceitos fixados para executar a prova tranquilamente", explicou Guido Domingos Bento, que leciona Ciências há seis anos.
 
Beatriz da Silva dos Santos, de 15 anos, estuda no 9º ano e resumiu o sentimento dos estudantes com o apoio triplo dos professores.
 
"Ter eles conosco na preparação foi fundamental para a gente  ir bem nessa prova", confessou a aluna. 
 
Para participar da OBA basta que a unidade demonstre interesse por meio do site da Olimpíada, sempre no começo do ano letivo. A competição é apoiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Universidade Paulista (UNIP).



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