Cerca de 80 veículos lacrados (entre ônibus e transportes alternativos) e mais de 350 autuações. Este foi o saldo de seis dias da operação reaizada pela Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) para verificar as condições do transporte público na cidade, tendo como ponto de partida denúncias de passageiros. As autuações foram aplicadas a motoristas e a consórcios como os que operam as linhas 928 (Marechal Hermes-Ramos) e 538 (Rocinha-Leme), que circulavam com frota inferior a 80% do determinado.

A ação teve início na última quarta-feira (11/07), na garagem da Viação Redentor, em Jacarepaguá, onde a equipe da Coordenadoria Técnica de Fiscalização (CTF) identificou diversas irregularidades e lacrou 25 coletivos. A operação prosseguiu na quinta (12), com outros 23 ônibus lacrados na empresa VG, em Vigário Geral, e sete vans e três kombis removidas em Bangu.

O consórcio responsável pela Viação Redentor foi autuado por diversos motivos, como licenciamento vencido, mau estado de conservação, sistema de segurança inoperante, dispositivo de acessibilidade com defeito, banco rasgado e letreiro com defeito. Dos ônibus retirados de circulação, 10 eram rodoviários, por estarem com a planta de carroceria em desacordo com a aprovada pela SMTR. Na Viação VG, também foram aplicadas 30 multas ao consórcio.

Durante a manhã de quinta-feira, os fiscais removeram sete vans e três Kombis, das quais duas piratas, em Bangu. Os veículos foram autuados e removidos por falta de vistoria, mau estado de conservação, pneu sem friso e por descumprir o itinerário.

Em fiscalizações de rotina realizadas entre sexta-feira e a última segunda (13 a 16), a CTF constatou irregularidades em veículos circulando por vias da cidade, com novas autuações e mais veículos lacrados. 

Centro, Ilha do Governador, Madureira, Cosme Velho e Copacabana figuram entre os bairros com mais infrações registradas, como licenciamento vencido e defeito no dispositivo de acessibilidade de coletivos. Motivadas por denúncias de passageiros, as operações também resultaram na aplicação de multas pelo Código Disciplinar e pelo Código de Trânsito Brasileiro.

As operações continuam e a CTF reforça a importância da participação da população, denunciando irregularidades à Central de Atendimento da Prefeitura (telefone 1746), que atende de domingo a domingo, 24 horas por dia.