Os 140 anos de Laurinda Santos Lobo, uma das mecenas da Belle Époque carioca, serão especialmente lembrados pela Prefeitura do Rio com exposição permanente instalada no centro cultural que leva o seu nome, em Santa Teresa. Textos, fotografias originais e reproduções de obras da Biblioteca Nacional, Arquivo Nacional, Fundação Casa de Ruy Barbosa e Instituto Geográfico Brasileiro retratam o contexto das transformações urbanas e culturais na Lapa, Avenida Rio Branco e outros pontos da cidade no início do século XX. Com entrada gratuita, a mostra será aberta nesta quinta-feira (21/06), e poderá ser visitada de terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados e domingos, entre 12h e 20h.

Foi em Santa Teresa que a herdeira do grupo Mate Laranjeira, conhecida como a "marechala da elegância", reunia intelectuais e artistas no palacete que hoje abriga outro espaço de artes do município: o Parque das Ruínas. O casarão foi ponto de encontro do Modernismo no Rio de Janeiro nas décadas de 20, 30 e 40 do século passado, com festas prestigiadas por famosos como Tarsila do Amaral, Nair de Teffé e Heitor Villa-Lobos, que compôs "Quattour, impressões da vida mundana", peça inspirada na trajetória da anfitriã,  que nasceu em maio de 1878 e morreu em junho de 1946, e presidiu o Conselho da Federação Brasileira para o Progresso Feminino. 

Serão expostas quatro fotografias originais que já faziam parte do acervo e reproduções de obras da Biblioteca Nacional, Arquivo Nacional, Fundação Casa de Ruy Barbosa e Instituto Geográfico Brasileiro. Textos da doutora em Belle Époque e História da Moda, Rosane Feijão, também fazem parte da exposição.

O Centro Cultural Laurinda Santos Lobo fica na Rua Monte Alegre 306, Santa Teresa.