Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Conheça alguns locais que ajudam a contar a história do Rio de Janeiro

16/09/2019 14:30:00


O município do Rio de Janeiro celebra 453 anos neste dia 1º de março, mas, até a década de 1960, os cariocas comemoravam oficialmente o aniversário da Cidade Maravilhosa no dia 20 de janeiro. Você sabe por que isso acontecia?
 
É que 20 de janeiro, além de ser uma data festiva em referência a São Sebastião, padroeiro da cidade, marca a vitória militar de Portugal sobre índios tamoios e franceses no território do Rio de Janeiro. Com o tempo, ficou consolidado que a melhor data para relembrar a fundação do município seria o primeiro dia de março, quando, em 1565, os portugueses desembarcaram na Urca.
 
Nesta semana dos 453 anos do Rio de Janeiro, que tal passear pela cidade para conhecer outras histórias como essa? Separamos uma lista de locais que ajudam a entender um pouco melhor nosso passado. Confira: 
 
Monumento a Estácio de Sá
O obelisco no Aterro do Flamengo, inaugurado em 1973, presta homenagem ao português Estácio de Sá, considerado o fundador da cidade do Rio de Janeiro. Em 1565, ele comandou os esforços portugueses para expulsar os franceses, que já ocupavam a região há dez anos. Em 1567, foi atingido por uma flecha durante uma batalha, e morreu em decorrência do ferimento um mês depois. 
 
Igreja dos Capuchinhos na Tijuca
Construída originalmente no Morro do Castelo, no centro da cidade, a Igreja dos Capuchinhos foi a primeira dedicada a São Sebastião, padroeiro do Rio. O templo foi deslocado para a Tijuca no início da década de 1930, após o Morro do Castelo ser demolido em 1922. A cerimônia de inauguração da nova igreja reuniu nomes como o Cardeal Dom Sebastião Leme e Getúlio Vargas, então presidente da República. 
 
Cais do Valongo
Reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o Cais do Valongo foi o maior porto escravista das Américas, por onde desembarcaram no país mais de 1 milhão de negros escravizados. Ele foi criado em 1811 pela Intendência Geral da Polícia da Corte do Rio para deslocar o comércio de escravos da atual Primeiro de Março, no centro da cidade. Na região, foram encontrados diversos materiais arqueológicos que ajudam a contar a história da Diáspora Africana.
 
Arquivo da Cidade
O Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro (AGCRJ) tem origem na refundação da cidade, por Mem de Sá, no morro do Castelo, em 1567, quando foi constituído o Arquivo da Câmara Municipal. Esse Arquivo tinha como finalidade guardar a documentação gerada e acumulada pela Câmara, que, obedecendo à legislação portuguesa, desempenhava tanto funções legislativas quanto executivas. No entanto, apenas em 2002, através da Lei nº 3.404, ficou decidido que o órgão fosse o gestor da Política de Arquivos e do Sistema de Memória da Cidade.
 
Biblioteca Nacional
Responsável pela execução da política governamental de captação, guarda, preservação e difusão da produção intelectual do país, a Biblioteca Nacional (BN) tem mais de 200 anos de história. É a mais antiga instituição cultural brasileira, e a maior biblioteca da América Latina. Possui um acervo de aproximadamente 9 milhões de itens e, por isso, foi considerada pela Unesco como uma das principais bibliotecas nacionais do mundo. O início da construção desse arquivo e a fundação da BN remontam à chegada de D. João VI e sua corte ao Rio de Janeiro, como consequência da invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Junto com a comitiva desembarcaram cerca de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas.
 
Paço Imperial
Construído em 1743, o Paço Imperial foi usado primeiramente como Casa dos Vice-Reis do Brasil. Com a chegada da corte de D. João VI ao Rio, o Paço se transformou em sede dos governos do Reinado e do Império. Após a Proclamação da República, nele foram instalados os Correios e Telégrafos. Em 1938, foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e hoje é um dos marcos da história cultural da cidade. Desde 1985, o Paço Imperial é um centro cultural vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, do Ministério da Cultura, e abriga exposições gratuitas.
 
Quinta da Boa Vista
A Quinta da Boa Vista foi a residência oficial da família real portuguesa de 1808 até 1889, data da Proclamação da República. Localizada em São Cristóvão, na Zona Norte da cidade, ela abriga o Museu Nacional e o Jardim Zoológico, além de ser um dos maiores parques urbanos do município, com cerca de 155 mil metros quadrados. O parque abre diariamente das 9h às 17h, com entrada gratuita.
 
Museu do Primeiro Reinado
Inaugurado em 12 de março de 1979, o Museu do Primeiro Reinado situa-se no bairro de São Cristóvão, instalado no palacete que pertenceu à Marquesa de Santos, que ali viveu de 1826 a 1829. Tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) em 1938, o Solar da Marquesa de Santos constitui o principal acervo do museu, guardando, em seus belos salões decorados, lembranças do período colonial.
 
Theatro Municipal
Principal palco do Rio de Janeiro e um dos mais prestigiados do país, o Theatro Municipal do Rio foi inaugurado em 1909, e desde então recebe os mais importantes artistas e espetáculos nacionais e internacionais. O projeto que deu início à construção do prédio foi criado a partir da fusão dos projetos arquitetônicos de Francisco de Oliveira Passos e do francês Albert Guilbert, empatados no concurso para criação do desenho do novo teatro. O desenho foi inspirado na Ópera de Paris.
 
Palácio do Catete
A construção foi residência oficial da Presidência da República até 1960, quando a capital federal foi transferida para Brasília. Hoje abriga o Museu da República, que possui fotos, documentos, objetos, mobiliário e obras de arte dos séculos XIX e XX em seu acervo. Na área externa, os visitantes também podem conhecer os jardins do palácio, que possuem 250 metros de extensão. O local conta ainda com um lago artificial, três pontes rústicas, uma cascata, gruta e esculturas.



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