O Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo. De acordo com relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), entre janeiro e dezembro de 2017 foram 179 assassinatos de travestis, mulheres transexuais e homens trans. Isso quer dizer que a cada 48h uma pessoa trans é assassinada. Nesse triste ranking, o estado do Rio, com 14 ocorrências, está atrás apenas de Minas Gerais, Bahia, Ceará e São Paulo. Para discutir políticas públicas para essa população, a Subsecretaria de Políticas para a Mulher, da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, realiza, nesta terça-feira (30), uma roda de conversa. Vai ser às 9h, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, com a presença de Jaqueline Gomes de Jesus, professora do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Kathyla Katheryne Valverde, membro dos Conselhos Estadual LGBT e de Saúde, e Julia Dutra, professora da Escola Municipal Evangelina e diretora do Colégio Estadual Viriato Corrêa. 

 

A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos já desenvolve uma ação conjunta com a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS RIO). O programa Trans+Respeito acaba de abrir uma segunda turma, composta por 30 homens e mulheres transexuais e travestis, que incentiva a educação e a inserção no mercado de trabalho. A iniciativa busca desenvolver habilidades técnicas e pessoais com objetivo de promover formação acadêmica e inserção no mercado de trabalho.

 

Cada participante recebe uma bolsa-auxílio e vale-transporte. Somente no ano passado, 69 pessoas transexuais e travestis foram empregadas em oportunidades temporárias e efetivas de trabalho. A Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual, por meio do projeto, também gerou 97 vagas para cursos profissionalizantes e de jovem aprendiz. Na grade do projeto, os alunos também ganham acesso a uma extensa agenda de atividades ligadas a Secretaria Municipal de Cultura pelo programa "Cultura+Diversidade".

 

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