01/09/2017 18:10:00
Começa neste sábado a campanha de vacinação de cães e gatos contra a raiva, "Se liga, bicho! Raiva é caso sério", que tem a meta de vacinar 500 mil animais até o dia 18 de novembro, entre cães e gatos. Lançada na última quarta-feira (30/08), a campanha será dividida em cinco etapas, aos sábados, para alcançar todas as regiões da cidade. A primeira etapa, que será realizada neste sábado, acontece em bairros da Zona Sul, região central, parte da Zona Norte, Ilha do Governador e Paquetá.
Das 8h às 17h, os vacinadores estarão em 112 postos espalhados pelos bairros Saúde, Gamboa, Caju, Santo Cristo, Portuária, Centro, Catumbi, Rio Comprido, Cidade Nova, Estácio, Santa Tereza, Zona Sul, Mangueira, Benfica, São Cristóvão, Praça da Bandeira, Tijuca, Alto da Boa Vista, Maracanã, Vila Isabel, Andaraí, Grajaú, Ilha do Governador e Ilha de Paquetá. Os endereços de todos os postos podem ser conferidos no site da Vigilância Sanitária.
Durante o dia, cinco kombis irão percorrer os lugares de difícil acesso na Vila Isabel, Estácio, Tijuca, Dendê e Rocinha, com capacidade de vacinar 1.000 animais, cada. Na hora da vacinação, os cães deverão estar com coleira e guia, e os gatos em caixas de transporte apropriadas. Animais com temperamento agressivo devem estar com focinheira. Sintomas como dores no local vacinado, febre e comportamento mais quieto do animal podem ocorrer por até 36h após a aplicação. As vacinas são repassadas pelo Ministério da Saúde, responsável pela aquisição.
A raiva é uma doença que compromete o sistema nervoso do homem, sendo incurável e com índice de letalidade próximo a 100%. Trata-se de uma zoonose viral à qual todos os mamíferos estão suscetíveis, podendo transmiti-la. Mas cães, gatos e morcegos são os principais transmissores. A vacina é a única maneira de controlar a doença.
Caso uma pessoa seja mordida por um desses animais, deve lavar o local machucado imediatamente, com água e sabão. Ao mesmo tempo, deve-se procurar a unidade de saúde mais próxima, onde receberá os primeiros cuidados e será encaminhada para uma das unidades especificas que funcionam como polo de profilaxia da raiva. Se possível, isolar o animal por 10 dias, para ver o grau de manifestação da doença, e informar se tem dono e o endereço onde habita.
A raiva está controlada e sem apresentar registro de casos em humanos há mais de 27 anos no Rio, mas ainda oferece risco à população, pois a cidade conta com um número alto de morcegos, cachorros e gatos, principais transmissores do vírus.