O prefeito Marcelo Crivella recebeu, na manhã desta quarta-feira (26/07), na sede da Prefeitura, um grupo de 10 taxistas para ouvir as reivindicações da categoria. O presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felippe, acompanhou o encontro. Crivella disse que vai analisar as propostas, mas que algumas já foram atendidas pela Prefeitura, como ampliar de seis para oito anos o tempo de vida útil dos táxis e também o aplicativo taxi.rio.

- Agora, com o taxímetro digital nós podemos estabelecer que o dono do táxi receba uma comissão sobre a corrida e não uma diária fixa. Com o aplicativo da Prefeitura, o auxiliar que precisa pagar diária pagará a mesma coisa que o Uber paga para o aplicativo. E o motorista de táxi (dono do carro) não vai precisar pagar o aplicativo da Prefeitura. Isso fará com que a competição (com o Uber) seja mais igualitária – explicou o prefeito, após acompanhar o mutirão de cirurgias de hérnia no Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, em Irajá.

No encontro com os taxistas, Crivella lembrou que a Prefeitura liberou o uso pelos "amarelinhos" do corredor exclusivo do BRT em direção ao Aeroporto Internacional Tom Jobim. Disse ainda que há um estudo para se criar novas vagas de estacionamento para táxis em pontos turísticos como Quinta da Boa Vista, Pão de Açúcar e Cristo Redentor. Sobre a possível regulamentação do serviço de carro particular para transporte remunerado, o prefeito informou que já começou a negociar com todas as partes envolvidas.

- Estamos fazendo audiências públicas, estamos chamando o pessoal dos aplicativos (99, Uber, Easy) e estamos falando também com os taxistas. A ideia é que esses aplicativos funcionando regularizados e pagando os impostos, para que esses impostos possam servir para melhorar as condições dos táxis no Rio de Janeiro. É muito importante que possamos lembrar de uma coisa: para a população é preciso que o táxi continue, porque se o táxi acabar os (serviços dos) aplicativos vão ficar caríssimos. Então é preciso manter a concorrência para que as regras do mercado estabeleçam bons preços - pontuou Crivella.

O presidente da Câmara de Vereadores, Jorge Felippe, lembrou no encontro que tramita no Congresso um projeto de lei que reconhece o serviço de carro particular para transporte remunerado, como o Uber, e transfere ao poder municipal a sua regulamentação. O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e agora está no Senado.

Participaram da reunião representantes do Conselho Regional dos Taxistas (CRT), da Federação das Cooperativas de Táxis do Estado do Rio de Janeiro (Fecaperj), do Sindicato dos Motoristas de Empresas e Auxiliares de Táxi do Rio de janeiro (Simeataerj) e da União das Cooperativas de Táxis do Rio de Janeiro (Unitaxi).