04/05/2017 11:13:00
A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH) dá início à uma série de atividades de capacitação para os profissionais que atuam nas abordagens sociais com moradores em situação de rua. A equipe responsável pelo acolhimento, formada por 40 educadores sociais, será orientada pelos técnicos da prefeitura para melhorar e tornar mais eficiente a forma de abordagem. A cada 15 dias, o grupo se reunirá em uma oficina de debates, organizada pelos técnicos do órgão, com a participação da secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Teresa Bergher, e da subsecretária de Assistência Básica e Especial, Ana Flor Rimolo.
Um dos temas será o "Serviço de abordagem social em atendimento à infância e à juventude". O objetivo é aprimorar o processo de abordagem, encontrar formas de melhorar a rotina do trabalho e os de serviços de encaminhamento, além de incentivar os educadores a ter um olhar mais humanizado e criar vínculos com a população de rua.
- A equipe de campo traz a experiência das ruas e o quadro técnico da secretaria organizará melhor o processo de abordagem para cada público. O educador tem que se aproximar do usuário da rede para criar vínculo. Só assim se conquista a confiança para aquela pessoa expresse a sua situação, aceite o abrigamento e se convença de que esta é a melhor opção para resgatar a sua dignidade - afirmou Teresa Bergher.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) será convidada para falar sobre "Cuidados primários na atenção à saúde da população de rua". A ação tem como objetivo integrar as equipes de várias secretarias da prefeitura nesse esforço de reinserir estas pessoas na sociedade.
O número de abordagens sociais aumentou de 8 mil, nos três primeiros meses de 2016, para 12.800, no mesmo período deste ano, isto sem que houvesse aumento no número de profissionais envolvidos nas ações.
- Não adianta apenas aumentar a carga de trabalho ou o número de equipes. Temos que motivar, valorizar e dar capacitação aos profissionais. A assistência social é o ponto mais sensível de qualquer governo diante de uma crise econômica. Temos 14 milhões de desempregados, um grande número de analfabetos funcionais, desigualdade social galopante e milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de miséria. O resultado se vê nas ruas - concluiu Teresa Bergher.
Atualmente, 15 mil pessoas vivem nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, de acordo com a Planilha de Abordagem Social da SMASDH. Este número é três vezes maior que em 2013.
Cada oficina terá duração de duas horas e será realizada no auditório do Centro Administrativo São Sebastião (CASS), onde fica a sede da prefeitura, na Cidade Nova.