A Prefeitura do Rio lançou, nesta sexta-feira (16/12), a Cartilha Saúde da Mulher, que busca disseminar informações sobre a prevenção e o diagnóstico de doenças – ligadas ou não à sexualidade – e que afetam as mulheres. O material ganhou ainda uma versão especial em braile e, em janeiro, estará disponível também em audiodescrição e libras para ajudar pessoas deficientes visuais e auditivas.  

A publicação é uma iniciativa da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM-Rio) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, o Grupo de Trabalho de Feminização HIV/Aids e o Instituto Benjamin Constant.

- Esperamos que esse material plante uma sementinha e que seja bastante útil para informar as mulheres, além de consolidar ainda mais a política pública para esse segmento. É uma cartilha provocadora para que as pessoas conheçam e se informem sobre essas doenças e como elas podem ser tratadas. Ela traz uma linguagem popular, fácil, acessível e com uma abordagem bem objetiva – disse a secretária especial de Políticas para as Mulheres do município do Rio, Terezinha Lameira.

Com 20 páginas, a publicação apresenta o Lúpus, o HPV e câncer de colo do útero, o HTVL (T-linfotrópico Humano), o câncer de mama, a sífilis congênita e o HIV/Aids, com explicações sobre as doenças e informações sobre transmissão, sintomas, diagnóstico e tratamento, e vacinação. Além disso, o material traz detalhes sobre a importância do aleitamento materno e do banco de leite.

- Apesar dos avanços, ainda temos nos dias de hoje mulheres com muito sofrimento. E é nos pequenos detalhes que nós, mulheres, podemos fazer a diferença. E essa cartilha é um exemplo disso – destacou a secretária de Políticas para as Mulheres do Governo Federal, Fátima Pelaes.

Representante do Movimento HTLV, Laura Lee, destacou a importância desse material para ajudar a disseminar doenças ainda pouco conhecidas, como o HTLV:

- Esse material chega como uma forma de prevenção. É a primeira cartilha que cita o HTLV e dá a possibilidade das pessoas o conhecerem. O HTLV é um retrovírus ainda pouco divulgado, porém, mais antigo que o HIV. Ele é transmitido da mesma forma do HIV, através de sexo sem proteção, sangue contaminado, pelo canal do parto e no aleitamento materno.  

Para a representante do Movimento Nacional das Cidadãs Positivas (MNCP), Ana Pinheiro, a publicação vai ajudar no empoderamento feminino e na quebra de preconceitos:

- Descobri ao mesmo tempo, na década de 90, que era portadora do HIV e que estava grávida. Naquela época, ainda existia muito preconceito e pouca informação. Sofri muito, tive um parto muito difícil, mas por ter algum esclarecimento sabia que não podia amamentar meu filho para não contaminá-lo. E fui discriminada. Por isso, essa cartilha é tão importante e vem para nos ajudar ainda mais nessa luta dos direitos das mulheres. Elas precisam ter informação e saber, por exemplo, que durante o pré-natal da soropositiva é possível fazer um acompanhamento para que o bebê nasça saudável.

A cartilha traz ainda o telefone da SPM-Rio para mais informações (2976-7484), além do site e de e-mail para contato: spmrio@spmrio.rio.rj.gov.br.