Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Casos de esporotricose avançam em animais e humanos

09/12/2016 09:28:00


Doença que pode ser fatal para felinos e também transmitida para cachorros e humanos, a esporotricose é um problema de saúde pública que preocupa no município do Rio. Desde o lançamento da campanha de orientação "Esporotricose – um risco para seu gato e para você", em agosto de 2015, a Vigilância Sanitária municipal atendeu 6.223 novos casos de animais contaminados, sendo 6.050 gatos e 173 cães. Em pessoas, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já registrou este ano 580 casos. Em humanos a infecção tem cura, mas pode provocar lesões gravíssimas na pele e há risco de uma epidemia no verão.

 

 

- A situação é muito preocupante e todas as clínicas de família e centros municipais de saúde estão preparados para tratar a doença. É importante que, se a pessoa tiver alguma ferida que não cicatriza, em forma de rosário, procure uma unidade de saúde e vá se tratar. A esporotricose tem crescido muito no Rio de Janeiro, é uma grande preocupação para as autoridades - disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, acrescentando que, para o tratamento dos animais, a pessoa pode procurar um dos dois institutos veterinários da SMS ou ligar para o 1746, para se informar sobre a unidade da Secretaria de Defesa dos Animais mais próxima de sua casa.

 

 

A esporotricose é um tipo grave de fungo que ataca principalmente gatos. A contaminação dos felinos ocorre pelo contato das garras do animal com material orgânico em decomposição contaminado, como cascas de árvores, palhas, farpas, espinhos e o solo. Para humanos a doença é transmitida por arranhões, mordidas e contato direto com a pele lesionada. No gato, a doença pode ser mortal, mas o risco de óbito diminui se o diagnóstico for no início da infecção e o tratamento começar logo.

 

 

Nos animais devem ser observados alguns sinais, como feridas no focinho e nos membros. As feridas são profundas, geralmente com pus, não cicatrizam e costumam progredir para o resto do corpo. Perda de apetite, apatia, emagrecimento, espirros e secreção nasal também são manifestações da doença. O atendimento de cães e gatos é feito gratuitamente no Instituto de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman e no Instituto Paulo Dacorso Filho, que também fornecem a medicação para o tratamento em casa, sem custos para os donos.

 

 

Nos seres humanos, a manifestação começa com um pequeno caroço vermelho, que pode virar uma úlcera (ferida). Geralmente aparecem nas mãos, nos braços, nas pernas ou no rosto, às vezes formando uma fileira de pequenos nódulos ou feridas. Podem ocorrer ainda dores nas articulações e febre.

 

 

Os números de casos notificados estão aumentando a cada ano. Em 2015, a SMS registrou 516 pacientes com a infecção na pele e, em 2014, 327. O atendimento pode realizado na unidade de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) mais próxima da casa do paciente, que pode ser consultada no site. A medicação é feita com itraconazol e está disponível gratuitamente em todas as unidades.

 

 

O Instituto de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman fica na Avenida Bartolomeu de Gusmão, 1.120, em São Cristóvão. O endereço do Instituto Paulo Dacorso Filho é Largo do Bodegão, 150, Santa Cruz. Unidades da Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais também oferecem atendimento.


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