Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

No Boulevard Olímpico, cariocas e turistas em clima de saudade dos Jogos que conquistaram o mundo

21/08/2016 22:37:00  » Autor: Fonte: RMC / Fotos: Fábio Gonçalves


Início da tarde do dia 06 de agosto de 2016, Felipe Wu capricha na mira e fatura a prata no tiro esportivo. Foi a primeira medalha daquela que seria a melhor campanha olímpica da história do Brasil. Parece que foi ontem, mas depois de 17 dias, 65 recordes olímpicos, 19 marcas mundiais e 4.924 medalhas entregues aos melhores atletas do mundo, o clima é de orgulho pela realização da Olimpíada e saudades dos inesquecíveis Jogos Rio 2016. Na Praça Mauá, o ambiente neste domingo (21/08) era um misto de euforia com a conquista da última medalha brasileira – o ouro no vôlei de quadra masculino – e lamentações pelo fim da maior festa do esporte mundial.

 

Eleito pelos visitantes o melhor local turístico da cidade durante os Jogos, a Praça Mauá ficou lotada no início da tarde de domingo. Todos queriam acompanhar pelo telão a disputa da final do torneio de vôlei masculino entre Brasil e Itália, vencida pelos donos da casa por três sets a zero.

 

Após o jogo, enquanto dançavam enrolados em uma bandeira com a imagem do cantor jamaicano Bob Marley, o equatoriano Alfredo Tello e a brasileira Solange Pereira lamentavam o fim dos Jogos. O clima que envolveu a cidade nas últimas duas semanas é, segundo o casal, o que mais fará falta.

 

- É um conjunto de coisas. As pessoas estavam felizes vivendo a Olimpíada. Uma euforia tomou conta do Rio - afirmou Solange.

 

Para Alfredo, a cidade deu ao mundo um exemplo de como organizar um evento. Ele lamentou a campanha do Equador – o país não ganhou nenhuma medalha -, mas se disse feliz em poder acompanhar seus compatriotas disputando a maratona.

 

- O povo brasileiro está de parabéns. Proporcionou a todos um tempo de carinho e amor, uma ótima experiência. Apesar da péssima campanha de meu país, foi bom poder ver os equatorianos que correram hoje - disse.

 

Não foi a primeira viagem de Ayrton Ribeiro para o Rio, mas foi a melhor. Morador de São Paulo, ele está na cidade há mais de um mês e acompanhou os preparativos para os Jogos, além de ter vivido intensamente os dias de disputa. Fã de esportes, foi ao handebol no Parque Olímpico da Barra, ao triatlo em Copacabana e à maratona no Sambódromo. Após a derradeira conquista brasileira neste domingo, ele observava a movimentação no Boulevard Olímpico do Porto do terraço do Museu de Arte do Rio (MAR) e elogiava, em tom de despedida, a união simbolizada pelos Jogos Olímpicos.

 

- Esta atmosfera vai fazer falta. Gente do mundo inteiro convivendo, campeonatos dos mais variados esportes acontecendo simultaneamente. Foi uma grande época, tudo funcionou super bem. O transporte, as estruturas para as partidas e as áreas gratuitas, como o Boulevard Olímpico, foram sensacionais - ressaltou.

 

Enquanto isso, a união exaltada por Ribeiro continuava no meio da praça. Mãe e filha, Luciana e Thaís Cruz não conseguiram ingressos para nenhuma competição. Mesmo assim, as duas acreditam ter feito parte de um momento histórico para a cidade e para o país. Como fizeram diversas vezes nos últimos dias, as duas passaram a manhã e a tarde aproveitando o live site do Boulevard Olímpico do Porto, Luciana com a camisa do Vasco, Thaís com a do Botafogo.

 

- Adoro futebol, foi muito legal ver a seleção ganhar a medalha de ouro - afirmou Thaís, que se declarou fã de Neymar.

 

Para Luciana, foi o jamaicano Usain Bolt quem mais impressionou:

 

- O carisma dele é incrível, parecia que estava em casa. Ele é um pouco brasileiro.

 

O ídolo de Luciana fez história no Rio ao encerrar sua trajetória olímpica conquistando mais três medalhas de ouro para sua coleção e ao se consagrar tricampeão dos 100m rasos, a principal prova do atletismo. Assim como Bolt, o nadador americano Michael Phelps não deve estar presente em Tóquio, em 2020. Provando que os Jogos Olímpicos Rio 2016 marcaram a todos, Phelps escreveu uma mensagem de agradecimento em seu Instagram, assim que voltou para os Estados Unidos.

 

- Tão bom estar em casa, mas já sinto saudades da beleza do Rio e da simpatia do seu povo. Obrigado Rio por sediar os Jogos e por nos fazer sentir tão bem-vindos! - escreveu o maior medalhista da história olímpica.




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