Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Segunda turma do Imersão comprova compromisso da prefeitura com gestão participativa

23/06/2016 20:36:00  » Autor: Ricardo Albuquerque # Fotos: Ricardo Cassiano


A segunda edição do Projeto Imersão encerrou as atividades nesta quinta-feira (23/06), no Palácio da Cidade, com a apresentação de propostas sobre gestão participativa, que serão entregues ao prefeito Eduardo Paes. A turma de 30 jovens conheceu a estrutura do governo municipal durante três dias, através de palestras e visitas técnicas aos equipamentos públicos.  Experiência desenvolvida pelo Laboratório de Participação da Prefeitura (LAB.Rio), a iniciativa oferece a oportunidade de entender melhor o funcionamento da gestão pública e estreita o relacionamento entre a prefeitura e a sociedade. Todos os participantes receberam um certificado.
 


— É interessante notar que esse grupo de jovens acompanhou de perto o que a prefeitura faz. Por outro lado, o poder público pode aproveitar a energia e as sugestões desses jovens para aprimorar a execução de políticas públicas — disse o coordenador do LAB.Rio, Luti Guedes.

 


As principais ideias que serão enviadas ao prefeito estão ligadas à mobilidade urbana, educação e obras (urbanismo). Entre as sugestões, destacam-se: a integração completa entre os modais que operam na cidade (barca, ônibus intermunicipal, metrô e barcas); o debate sobre outras fomas de financiamento dos transportes; a ampliação dos ginásios experimentais; a formação de uma rede integrada de atividades nas escolas de acordo com a localização; e o estímulo à ocupação do espaço urbano.
 

 


— Participar da primeira turma do Imersão mudou o meu olhar sobre a cidade devido à transparência do projeto. Quem participa volta empoderado para casa, com forte noção de gestão e cidadania — destacou o coordenador de Projetos do LAB.Rio, Felipe Magalhães.

 


Com idade entre 18 e 32 anos e grau de escolaridade que varia do Ensino Médio completo ao aluno de mestrado, os integrantes da segunda turma do Imersão foram selecionados entre mais de 160 candidatos. A equidade territorial — representantes de todas as regiões da cidade — e a equidade de gênero (50% são mulheres) foram critérios usados pelo LAB.Rio para garantir diversidade ao grupo. Em função da influência econômica e cultural da capital carioca nos municípios que integram a Região Metropolitana, quatro jovens de outras cidades (Caxias, São Gonçalo e Nova Iguaçu) também participaram do projeto.

 


— Conhecer, por dentro, o funcionamento da máquina pública foi muito interessante, ainda mais que pudemos aprender e contribuir para melhorar a gestão — comentou o estudante de Comunicação Social da UFRJ, Johanns Eller, 19, morador do Humaitá.

 


Em três dias, os participantes assistiram a palestras, conversaram com técnicos especializados da prefeitura e visitaram equipamentos públicos. Na terça (21/06), tiveram noções de resiliência, conheceram o trabalho do Instituto Pereira Passos (IPP) e da Defesa Civil, e visitaram o Centro de Operações Rio (COR), na Cidade Nova.

 


— A ocupação do espaço urbano é o começo para a gente melhorar a qualidade de vida. Vi isso acontecer na Praça Mauá, com a revitalização promovida pela prefeitura, e acho que é possível que ocorra em outros locais. Quanto mais gente na rua, mais humana a cidade se torna — analisou o estudante de Relações Internacionais da UFRJ, Guilherme Braga Alves, 22, morador de Campo Grande.

 


Na quarta (22/06), uma equipe da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp) acompanhou os jovens na visita à Região Portuaria, com explicações sobre o plano de desenvolvimento da área. Os participantes tiveram, ainda, a oportunidade de conhecer o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e o Museu do Amanhã.

 


— A gente vê tudo pela mídia e não tem noção da realidade interna da prefeitura. Esse projeto é fundamental para abrir os horizontes e provocar discussões saudáveis. Fiquei deslumbrada com a concepção do Ginásio Experimental Olímpico (GEO), tanto que proponho que exista um em cada bairro — a estudante de gestão pública da UFRJ, Livia Guimarães, 21, moradora de São Gonçalo.

 


Na manhã desta quinta, a turma do Imersão assistiu a palestra da subsecretária de Ensino, Jurema Holperin, da Secretaria Municipal de Educação (SME), que explicou porque a rede de ensino municipal é a maior da América Latina. À tarde, os participantes foram divididos em grupos de dez para expor e sugerir ideias à gestão municipal.

 


— Sem dúvida, valeu a pena entender a complexidade de uma prefeitura como a do Rio de Janeiro, provando que a troca, seja de informações ou de conhecimento, é importante para o crescimento profissional — avaliou a socióloga Emanuela Farias, 31, moradora de Inhaúma.

 


LAB.Rio

 


O Laboratório de Participação da Prefeitura do Rio (LAB.Rio) foi lançado pelo prefeito Eduardo Paes dezembro de 2014, durante a transmissão ao vivo do ‘Hangout On Air', sobre as propostas dos usuários do primeiro Desafio Ágora Rio - um dos projetos do Laboratório.

 


Desde as manifestações de junho de 2013, Paes levantou a bandeira da Polisdigitocracia  — forma de governo que tem seus pilares na participação e na transparência, e que usa a tecnologia como principal instrumento de diálogo.

 


O LAB.Rio é uma concretização desse conceito, em que novas experiências de participação nas decisões governamentais podem se dar de forma presencial e online. Todos os projetos do LAB.Rio podem ser acessados no site.

 


A interação pode ser feita através da página no Facebook, perfil no Twitter e blog. As pessoas podem enviar textos sobre experiências de participação social que já viveram na cidade ou em qualquer lugar do mundo. 


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