Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Prefeitura apresenta balanço dos estudos sobre queda de parte da Ciclovia Niemeyer

20/05/2016 17:56:00  » Autor: Ricardo Albuquerque # Fotos: J.P.Engelbrecht


O prefeito Eduardo Paes apresentou, nesta sexta-feira (20/05), um balanço dos estudos da Coppe/UFRJ e do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) sobre a queda de parte da Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, em 21 de abril. Com objetivo de dar transparência ao trabalho das instituições, a Prefeitura do Rio está comprometida a seguir as recomendações técnicas da perícia independente para a recuperação da estrutura e garantir a indenização às famílias das vítimas.

 


— O que está claro é que a ciclovia poderá ser recuperada, seguindo todas as medidas de segurança, com uma solução mais simples do que se imaginava no início. Um dos objetivos é reconstruir já com o sistema de monitoramento adequado para alertar às pessoas em caso de ressaca. Ainda não há previsão para a reabertura. — disse o prefeito.
 

 


As duas instituições desenvolveram estudo sobre a mecânica das ondas. O diretor do INPH, Domenico Accetta, explicou que o trabalho simulou a energia da onda onde houve o colapso da estrutura, entre os dias 15 e 23 de abril, período em que aconteceu o incidente. O gráfico apresentado mostra a propagação da onda de três metros ao longo da costa, que durou 17 segundos e atingiu a altura de 25 metros, atingindo a superfície e a ciclovia. Para traçar um histórico, os especialistas fizeram um levantamento do histórico das ondas nos últimos 34 anos, para chegar a uma estatística e criar a projeção da onda para os próximos 100 anos.

 


— O cálculo da pressão é fundamental para sabermos qual foi a pressão sobre a estrutura. O peso da onda, no momento do impacto, foi de três toneladas sobre a superfície que pesava cerca de meia tonelada. É importante, portanto, uma estrutura mais pesada para aumentar a resistência. Projetamos em cerca de 4,6 toneladas o peso da laje, podendo chegar a 6,6 toneladas, levando em consideração a extrema segurança — explicou Accetta.

 

 


Especialista da Coppe mostraram a análise de estabilidade global da estrutura da ciclovia e a investigação sobre as causas do colapso em busca das alternativas técnicas para sua recuperação. O exame do projeto, uma nova inspeção no local e a batimetria da profundidade (medição exata no ponto onde ocorreu a queda) são ações que os engenheiros vão desenvolver a partir da próxima semana.

 


— Não temos conclusão sequer parcial para apresentar, apenas mostrar o que está sendo feito. Vamos voltar ao local novamente para novas investigações já que dispomos de novas informações. Antes de apresentarmos um relatório final, precisamos ter certeza que todos os pontos e premissas foram avaliados — justificou o diretor da Coppe, Edson Watanabe.


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