Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Prefeito inicia obras de urbanização em oito comunidades da Zona Norte

07/05/2016 17:29:00  » Autor: Ricardo Albuquerque / Fotos: Ricardo Cassiano


O prefeito Eduardo Paes deu início, neste sábado (07/05), às obras de urbanização e saneamento de mais uma etapa do Programa Morar Carioca. Nesta nova fase, serão beneficiados 53.355 moradores e 14.403 domicílios em 17 comunidades, oito das quais já tiveram suas intervenções iniciadas hoje. Lançado em julho de 2010, o Morar Carioca promove a inclusão social e a integração urbana completa destes locais.

 

— O esforço da prefeitura em época de crise é fruto de uma gestão responsável, organizada, comprometida e preocupada com a população. As obras do Morar Carioca vão mudar a vida das pessoas, que ainda sofrem com esgoto a céu aberto em pleno século 21. Sei que serão meses de muito transtorno, obra e poeira, mas, no final de tudo isso a dignidade será restaurada – disse Paes.
 

 

Coordenado pela Secretaria Municipal de Habitação e Cidadania, o Morar Carioca leva cidadania e dignidade às pessoas que vivem sob condições menos favoráveis, com a reurbanização de ruas, a construção de áreas de lazer e os serviços de drenagem, água e esgoto. Com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a etapa atual representa investimento de R$ 256,2 milhões em Cordovil, Brás de Pina, Pavuna, Paciência, Jardim América, Complexo do Alemão, Benfica, Manguinhos e Complexo da Penha.

 

 

 

 

 

 

— Mais que levantar a auto-estima dos moradores, o Morar Carioca permite que as pessoas voltem a sonhar com uma vida melhor e se preocupar com o lugar onde moram. Sem falar que as intervenções valorizam, naturalmente, os imóveis — explicou o secretário municipal de Habitação e Cidadania, Sérgio Zveiter.

 

 

 

Em Cordovil, o orçamento de R$ 17,7 milhões vai beneficiar cinco comunidades (Cordovil, Parque Proletário de Cordovil, Serra Pelada, Parque CHP e Bom Jardim de Cordovil), alterando a realidade de 5.456 moradores em 1.436 domicílios.

 

 

 

- Não via a hora dessa obra chegar aqui. A gente sabe que a prefeitura tem honrado os seus compromissos, o que nos deixa mais tranquilos e nos faz sonhar com uma comunidade mais digna — destacou Glória Maria dos Santos Miccas, 45 anos, que mora na Serra Pelada.

 

 

Quem também gostou da notícia foi a dona de casa Ana Cristina Machado, 34, que mora há 14 anos da Rua Cinco Rios, em Cordovil. Ela fez questão de ir ao lançamento das obras acompanhada do pequeno Elói, de apenas 1 ano. 

 

 

- Fiquei feliz em saber que vamos parar de sofrer com o esgoto e as enchentes. Quando o rio enche, o esgoto transborda mesmo sem chuva, o que é muito sofrido. Na verdade, renasce a esperança de uma vida com mais harmonia e sem mau cheiro - disse. 

 

 

 

Em Brás de Pina, as melhorias serão executadas na comunidade Santa Edwiges, onde residem 8.124 pessoas em 2.138 domicílios, um investimento de R$ 9,3 milhões. Na Pavuna, as obras do Morar Carioca beneficiarão as comunidades Fim do Mundo e Parque Unidos de Acari. Na primeira - com 1.702 pessoas e 460 domicílios - estão orçados R$ 16 milhões em obras. No Parque Unidos de Acari, as intervenções vão beneficiar 2.048 pessoas em 604 domicílios. As obras licitadas representam um investimento de R$ 9,7 milhões.

 

 

Para a ajudante de cozinha Gerlaine Oliveira, 27, as intervenções representam a possibilidade de emprego e o fim do risco de doenças causadas pelo esgoto a céu aberto:

 

 

— Sou mãe de quatro filhos e sei o quanto é chato ficar monitorando criança brincando por causa da água suja, por isso o anúncio dessas obras é bem-vindo, ainda mais que vai gerar emprego na comunidade. Quem sabe eu também me emprego.

 

 

O Morar Carioca classifica as áreas de acordo com as necessidades de cada comunidade. Nas enquadradas como urbanizáveis e Áreas de Especial Interesse Social estão previstas implantação de redes de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial, iluminação pública e pavimentação, criação de áreas de lazer e paisagismo; as áreas de risco serão eliminadas e haverá regularização urbanística e fundiária.

 

 

 

Nas comunidades acima de 500 domicílios que já foram parcialmente urbanizadas, estão previstos equipamentos públicos, ampliação da acessibilidade e a regularização urbanística. No caso de comunidades não urbanizáveis, classificadas como situação de risco ou inadequada ao uso residencial, as famílias são cadastradas e reassentadas em unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida.


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