A administração do Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste da cidade, passou oficialmente para a Prefeitura do Rio nesta quinta-feira (07/01). E a nova gestão já tomou algumas iniciativas para melhorar o acesso à unidade, como explicou o secretário de coordenação de Governo, Pedro Paulo, à frente do processo de municipalização.

- Neste primeiro dia, foram tomadas duas iniciativas: a primeira, mais emblemática, envolveu ações como organização do atendimento, retirada da grade que isolava o hospital e melhorias no seu entorno, para tornar o espaço mais receptivo. A segunda foi a inclusão de 440 leitos do hospital no cadastro da rede municipal - anunciou.

Segundo o secretário, as medidas iniciais têm o efeito de melhorar o ambiente hospitalar ao mesmo tempo em que tornam o atendimento mais eficiente.

- São ações que aproximam e humanizam o atendimento, tornando o espaço menos frio, mais receptivo e garantem a transparência e eficiência do serviço em rede, promovendo a integração do sistema. Juntas, as ações deste primeiro dia aumentam o respeito no tratamento ao cidadão - definiu.

Pedro Paulo anunciou ainda a formação de uma equipe da secretaria municipal de Saúde, coordenada pelo secretário Daniel Soranz, que atuará permanentemente na unidade analisando aspectos administrativos, financeiros, de gestão de pessoal e operacionais.

- Estes profissionais estão dedicados à construção de um primeiro diagnóstico sobre o funcionamento do hospital - disse.

A prefeitura iniciou, através da secretaria de Conservação e Serviços Públicos, uma série de serviços no entorno do hospital. 60 profissionais da secretaria e da Comlurb foram destacados para a realização de serviços como fresagem da Rua Nilópolis (4 km serão recapeados), remoção de 34 toneladas de bens inservíveis ou entulho de dentro do hospital, varrição, poda de 11 árvores, remoção de 14 metros de grades e revisão geral do parque de iluminação pública no entorno da unidade hospitalar. Também está em curso a obra de canalização do Rio Marinho, ao lado do hospital.

- Toda a vez que caía uma chuva de verão, a emergência ficava alagada, perdia-se muitos materiais, muitos medicamentos. Isso terá fim com a obra que está sendo realizada desde o ultimo ano - salientou Pedro Paulo.

De acordo com o Governo do Estado, o Hospital Albert Schweitzer (HEAS) possui 484 leitos, realiza aproximadamente 10.500 atendimentos por mês de Urgência/Emergência em Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ortopedia, Pediatria e Maternidade.

Município passa a ser responsável por quase todo atendimento obstétrico

Outro ponto levantado pelo secretário foi a ampliação da rede municipal de atendimento às gestantes da cidade. De acordo com Pedro Paulo, ao assumir ao Albert Schweitzer e o Rocha Faria (na próxima segunda-feira) – ambos com maternidades – a prefeitura passará a ser responsável por quase todos os atendimentos. Do pré-natal, que já é oferecido em grande escala na rede de Clínicas da Família, ao parto. 

- Hoje, cerca de 77% dos nascimentos da população que procura a rede pública da cidade é de responsabilidade da prefeitura. Com o Albert e o Rocha, nós teremos praticamente 100% dos nascimentos. A mãe que mora no Rio de Janeiro e que procura a rede pública vai começar pela Clínica da Família até chegar aos hospitais. Isso é uma maneira também de se reduzir custos e melhorar o atendimento à população - defendeu.