Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Prefeitura anuncia conjunto de iniciativas para melhorar acessibilidade na cidade

15/09/2015 11:19:00


O prefeito Eduardo Paes anunciou nesta terça-feira (15/09) um conjunto de iniciativas para melhorar a acessibilidade na cidade, sede dos Jogos Paralímpicos de 2016. Entre elas está o projeto Rotas Acessíveis, que vai adaptar para pessoas com deficiência o percurso de dez dos principais pontos turísticos do Rio. Vão ser instalados 4.000 m² de calçadas acessíveis e 5.831 m² de pavimento em concreto nos acessos ao Pão de Açúcar, Praça XV, Paço Imperial, Cinelândia, Praia de Copacabana, Praia da Barra da Tijuca, Corcovado, Jardim Botânico, Vista Chinesa e Mesa do Imperador. A Prefeitura do Rio vai realizar ainda obras de nivelamento de vias e calçadas; instalação de rampas e piso tátil; retiradas de interferências no passeio, como frades e bancos; e a readequação de vagas de estacionamento e pontos de ônibus. Com investimento de cerca de R$2 milhões e previsão de conclusão de seis meses, as obras devem começar em outubro na Urca e em Botafogo.

 

 

 

 

- Apresentamos um conjunto de iniciativas importantes e um legado que fica para a cidade, resultado do esforço do município e do seu olhar para a pessoa com deficiência. Se as Paralimpíadas significam uma oportunidade, é essa a chance de chamar a atenção para essa questão ainda mal resolvida na nossa cidade - disse Paes. 

 

 

 

A Prefeitura do Rio vai instalar 350 rampas e 150 passagens rebaixadas em calçadas, semelhantes às existentes no canteiro central da Avenida Presidente Vargas, no Centro. O investimento é de R$1,5 milhão e os serviços devem começar em dois meses.  A localização das estruturas será definida em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e com a Empresa Olímpica Municipal, mas serão próximas às rotas acessíveis e no acesso aos equipamentos olímpicos.

 

 

 

A cerimônia contou com a presença dos atletas do Time Rio Paralímpico, que ganhou 29 medalhas no Parapan de Toronto 2015, formado por pessoas com deficiência visual e motora que competem em atletismo, canoagem, natação e judô. O secretário executivo de Coordenação de Governo, Pedro Paulo, apresentou um balanço (em anexo) das ações de acessibilidade realizadas pela Prefeitura do Rio nas áreas de mobilidade, social, intervenções urbanas, turismo e instalações esportivas. 

 

 

 

- Mostramos um avanço da prefeitura no que diz respeito à questão da requalificação urbana, já temos os Bairros Maravilha, os BRTs (Bus Rapid Transit), teremos o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), mas ainda falta. É um trabalho que está sendo feito para compensar os muitos anos em que não se levou em conta a acessibilidade no Rio. Respeito à cidadania não é um dever só dos governantes, mas do cidadão também. Estamos aproveitando a oportunidade das paralimpíadas para mudar corações e mentes - disse o secretário. 

 

 

 

 

 

As melhorias abrangem ruas de 57 bairros das Zona Norte e Oeste, por onde passou o projeto de urbanização Bairro Maravilha, que até 2016 terá instalado quase 9.000 rampas de acessibilidade nas calçadas; os 326 veículos e 102 estações dos BRTs Transoeste e Transcarioca, que recebem cerca de 550 mil pessoas por dia; as 18 Vilas Olímpicas, que recebem 3.000 alunos com deficiência em 50 atividades; os seis Centros de Referência de Pessoas com Deficiência, localizados em Irajá, Vila Isabel, Santa Cruz, São Conrado, Centro e Campo Grande, com mais de 2.000 mil atendimentos por mês; o bom desempenho do Time Rio Paralímpico; a requalificação urbana do entorno das instalações olímpicas, como o Sambódromo, o Parque Olímpico e o Estádio Olímpico (Engenhão); e o aumento do número de quartos de hotéis acessíveis na cidade (cerca de mil).

 

 


No dia 7 de setembro, a contagem regressiva chegou à marca de um ano para as primeiras Paralímpiadas da América do Sul, cuja oportunidade tem proporcionado à cidade transformações que não só contribuirão para receber bem o público e os 4.350 paratletas, como ficarão de legado para moradores e visitantes. Os Jogos Paralímpicos Rio 2016 terão 12 dias de duração, com atletas de 178 países. Em disputa, 23 modalidades esportivas em 528 provas com medalhas, sendo 264 masculinas, 226 femininas e 38 mistas.

 

 

Há duas semanas visitando as instalações paralímpicas do Rio, o presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Sir Philip Craven, elogiou a acessibilidade em alguns pontos turísticos e o trabalho realizado no Centro de Referência da Pessoa com Deficiência de Santa Cruz, que comparou ao serviço prestado em outras cidades do mundo: 

 

 

 

 

O Rio de Janeiro está no caminho certo. Visitei o Centro de Referência da Pessoa com Deficiência de Santa Cruz e, para mim, acessibilidade é quando um pai pode levar o filho a um centro daquela qualidade sem ter que fazer um pré-agendamento. Basta chegar e será atendido. Nunca vi isso em nenhum outro lugar do mundo. O Pão de Açúcar e o Corcovado já são bastante acessíveis e, agora, vão melhorar ainda mais. 

 

 

 

 

INSTALAÇÕES ESPORTIVAS

 

PARQUE OLÍMPICO

 

Coração dos Jogos de 2016, o Parque Olímpico será 100% acessível e receberá competições de nove modalidades paralímpicas (de um total de 23 que serão disputadas nos Jogos de 2016): basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo (pista), futebol de 5, golbol, judô, natação, rúgbi em cadeira de rodas e tênis em cadeira de rodas. A acessibilidade foi um dos requisitos do edital do concurso para a escolha do projeto do Parque Olímpico Rio 2016. O projeto vencedor atende de forma igualitária todos os espectadores, com ou sem deficiência, para que tenham a mesma experiência dos Jogos.


O acompanhamento dos critérios de acessibilidade, que começou na elaboração do projeto, evoluiu contando com um sistema rigoroso de monitoramento, testes com protótipos, escolhas específicas de materiais e preocupação com o tipo de execução em favor da acessibilidade. No caso dos protótipos, após instalação, teste e análise, é feita uma avaliação que em alguns casos resulta na troca de materiais. Em parceria com o Comitê Rio 2016, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, realiza periodicamente workshops com o objetivo de sensibilizar os trabalhadores do Parque Olímpico para a importância do cumprimento de critérios de acessibilidade. Eles aprendem como lidar com pessoas com deficiência e os desafios que eles enfrentam no seu dia a dia. São realizadas palestras com informações técnicas sobre acessibilidade em obras e dinâmicas como forma de oferecer experiência pessoal com diferentes tipos de deficiência. Em uma das propostas, os participantes são vendados, recebem bengalas para percorrer percursos guiados pelo piso tátil e experimentam a cadeira de rodas, passando por um circuito com rampas e diferentes tipos de piso. A intenção é mostrar que os detalhes fazem a diferença para pessoas com deficiências e essa é a razão da necessidade de cumprir requisitos como largura e altura dos componentes de acessibilidade, assim como é fundamental evitar desníveis e outros obstáculos que interfiram no deslocamento.


Na arquitetura das principais arenas esportivas dos Jogos Rio 2016 uma característica comum já chama a atenção: seus amplos acessos em nível direto ou através de rampas suaves, que visa a oferecer o mesmo nível de conforto e qualidade para todo o público a que o prédio se destina, seja ele pessoa com deficiência ou não.


O projeto das áreas comuns e das instalações esportivas do Parque Olímpico inclui rotas acessíveis, com distâncias, rampas e inclinações ideais, elevadores, guias de balizamento, guarda-corpos e corrimãos adequados aos requerimentos voltados às pessoas com deficiência, além de banheiros adaptados, comunicação e sinalização tátil, espaços para pessoas em cadeira de rodas nas arquibancadas e assentos destinados a obesos, cegos e com mobilidade reduzida. Com boa visibilidade, os assentos acessíveis foram distribuídos em níveis e setores, de acordo com a especificidade da arquitetura de cada arena do Parque Olímpico de maneira a garantir conforto, segurança e autonomia. As arenas também contam com espaços para os cães-guias, identificados, e imediatamente ao lado de seus donos, uma iniciativa nova no Brasil, sugerida pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês). Além disso, existem áreas específicas de resgate para pessoas em cadeira de rodas nas arenas, para garantir a segurança e o socorro a essas pessoas quando as rotas de fuga incluem escadas.


Outros itens específicos também serão essenciais para um Parque Olímpico para todos. Os banheiros coletivos são adaptados para pessoas de baixa estatura e com mobilidade reduzida – os reservados têm porta que abre para fora e espaço maior entre a porta e o vaso sanitário. Os banheiros e vestiários exclusivos para pessoas com deficiência contarão com barras de apoio, espaço livre para transferência de cadeira de rodas para o vaso sanitário, louça ajustada à altura e um botão de segurança para a solicitação de ajuda com sinais sonoros e visuais, dispositivo ainda pouco utilizado no Brasil. Nas arenas vão existir também banheiros extra acessíveis – que têm medidas superiores aos banheiros acessíveis, com 3x3 metros. Esses banheiros contam com uma maca em seu interior, possibilitando melhor acesso a pessoas muito debilitadas. As Arenas Cariocas, que receberão competições com atletas em cadeiras ‘cambadas' – mais largas que as cadeiras regulares –, contam com banheiros com áreas de circulação mais amplas.

 

Os critérios de acessibilidade foram seguidos inclusive nas arenas temporárias. Um bom exemplo é a Arena do Futuro, que após os Jogos será desmontada e transformada em quatro escolas municipais, cada uma com capacidade para 500 alunos. Os materiais utilizados na construção da arena serão reaproveitados para a construção das escolas acessíveis, como, por exemplo, rampas, banheiros e até mesmo o piso tátil.

 

A Via Olímpica, que funcionará como principal acesso dos espectadores, organizando o fluxo e interligando as instalações esportivas, também se destaca por sua acessibilidade, com inclinação inferior a 5%. Todas as arenas do Parque Olímpico contam com rampas. Além disso, há rampas de calçada e secundárias, de acesso à Via Olímpica, de forma a garantir acesso com conforto para grande fluxo de pessoas, principalmente as com deficiência. As rampas secundárias de acesso à Via Olímpica têm inclinações variadas de acordo com o espaço físico, sendo a maioria com 5%, 6% e 8,33%. Já as rampas de calçada do Parque Olímpico têm inclinação de 8,33%, seguindo a exigência da legislação brasileira. Pisos antiderrapantes e faixas de contraste visual para ajudar as pessoas com baixa visão nas escadas, corrimãos em dupla altura nas rampas, piso tátil, bem como sinalização em braile e placas com letras em alto relevo são ainda itens que complementarão o projeto de acessibilidade.

 

As modalidades paralímpicas que serão disputadas no Parque Olímpico:

 

· Arena Carioca 1 - Modalidades: basquete em cadeira de rodas e rúgbi em cadeira de rodas


· Arena Carioca 2 - Modalidade: bocha paralímpica


· Arena Carioca 3 - Modalidade: judô paralímpico


· Centro de Tênis - Modalidades: tênis em cadeira de rodas e futebol de 5

 

· Velódromo - Modalidade: paraciclismo de pista


· Arena do Futuro - Modalidade: golbol


· Estádio Aquático - Modalidade: natação paralímpica


· Arena Rio - Modalidade: basquete em cadeira de rodas

 

 

COMPLEXO ESPORTIVO DE DEODORO

 

O Complexo Esportivo de Deodoro, onde serão realizadas quatro modalidades paralímpicas (tiro esportivo, hipismo, esgrima e futebol de 7), também terá o mesmo cuidado com acessibilidade do Parque Olímpico, além de requalificação das áreas vizinhas no padrão Bairro Maravilha e do Asfalto Liso, com 224 mil m² de asfaltamento, 63 mil m² de calçadas em concreto e 5 mil m² de rede de drenagem. As intervenções também promoveram a urbanização do trecho da Avenida Brasil entre as estradas da Equitação e a Avenida Marechal Alencastro.


As modalidades paralímpicas que serão disputadas no Complexo Esportivo de Deodoro:


- Centro de Tiro
Modalidade: Tiro esportivo paralímpico


- Centro de Hipismo
Modalidade: Hipismo paralímpico


- Arena da Juventude
Modalidade: Esgrima em cadeira de rodas


- Estádio de Deodoro
Modalidade: Futebol de 7

 

 

SAMBÓDROMO

 

Local onde será realizado o Tiro com arco paralímpico, o Sambódromo passou por reforma em 2012. O novo setor construído contará com 12.500 lugares a mais e dispõe de elevadores para acesso de pessoas com deficiência às arquibancadas, camarotes, e espaços especialmente destinados a esse público, e banheiros adaptados.

 

No entorno, 25,6 mil m² de passeios foram reformados. Como parte das melhorias de acessibilidade, além de novas calçadas, rampas e travessias elevadas, a Rua Júlio do Carmo foi transformada em uma esplanada de pedestres, que conecta a estação do metrô Praça XI à Passarela do Samba. Além disso, na Cidade Nova, as obras do Bairro Maravilha já iniciadas vão beneficiar 22 vias com melhorias de infraestrutura urbana. Os serviços incluem recuperação de pavimentação, execução de novas calçadas com nivelamento dos meios-fios e a construção de rampas de acessibilidade e de rede de drenagem.

 

 

ENTORNO DAS INSTALAÇÕES ESPORTIVAS


Parte das intervenções realizadas nas regiões olímpicas já foi entregue e outras estão em execução. No entorno do Maracanã, 2 mil m² de passeios e calçadas passaram por requalificação na época da Copa do Mundo, o que tornou a região mais inclusiva e acessível. Com a previsão de construção de uma nova estação ferroviária em substituição à existente em São Cristóvão, melhorias em seus acessos e percursos até o estádio estão sendo implementados pelo governo do estado.


Nos arredores do Estádio Olímpico, dentro dos padrões do projeto Bairro Maravilha, 131.840 m² de calçadas estão passando por processo de requalificação que criará 241 rampas (rebaixamento de calçadas) e nove travessias elevadas. Muito mais do que preparar a região para os Jogos, estas intervenções estão melhorando a vida dos moradores e frequentadores da região, que vem ganhando mais acessibilidade. São 34 vias com nova pavimentação de calçadas, faixas de rolamento e realinhamento de meios-fios.

 

SOCIAL

 

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

 

A Secretaria Municipal de Educação conta com Instituto Municipal Helena Antipoff (IHA), especializado em educação especial, que atende a 12.621 alunos com esse perfil em toda cidade, sendo 4.900 em escolas/classes especiais e 7.700 em turmas regulares. O IHA atua no sentido de implementar as Políticas Públicas de Inclusão, mantendo equipes junto às 11 Coordenadorias Regionais de Educação e garantindo assistência aos alunos especiais nas unidades da rede municipal, que podem ser acompanhados nas atividades de classe pelo Atendimento Educacional Especializado ou por estagiários. Atualmente a rede municipal já conta com mais de 2.200 mediadores, entre voluntários e estagiários.

 

Além disso, o município possui 10 escolas especiais, equipadas com materiais pedagógicos adaptados para o auxílio do aprendizado do aluno e oferece, também, mais de 450 Salas de Recursos Multifuncionais, presentes nas escolas regulares, com objetivo de garantir o desenvolvimento escolar desses alunos por meio de atividades que atendam suas especificações e necessidades. A SME também oferece transporte para alunos com necessidades especiais, de casa até a escola.

 

Entre as ações desenvolvidas por este Instituto, destaca-se a formação inicial e continuada oferecida para profissionais envolvidos com a educação especial no Município do Rio de Janeiro. Só em 2013, por meio do projeto Educação Especial Digital para Alunos com Autismo, a SME capacitou 100 professores, que também passaram a utilizar tablets para aliar a tecnologia ao cuidado com os alunos autistas. Além disso, a rede municipal oferece ambiente linguístico em LIBRAS para os alunos surdos e possui professores habilitados a trabalhar a educação bilíngue com os mesmos. Para melhor atendimento das crianças, instrutores e intérpretes de LIBRAS atuam nas unidades escolares, em turmas comuns. O instituto também oferece oficinas que auxiliam no desenvolvimento dos alunos especiais. Nas oficinas, os estudantes contam com serviços voltados para o desenvolvimento de suas habilidades, como ateliês de artes visuais, teatro, música, informática, educação física e brinquedoteca.

 

 

VILAS OLÍMPICAS


A Prefeitura do Rio possui 18 Vilas Olímpicas espalhadas pela cidade que recebem 3.014 alunos com limitações físicas, matriculados em 50 atividades com horários definidos e orientados por profissionais habilitados. As Vilas Olímpicas funcionam de terça a domingo (em alguns casos às segundas), sendo sábado e domingo apenas para recreação.

 

CENTRO DE REFERÊNCIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

 

A cidade do Rio de Janeiro conta com seis Centros de Referência da Pessoa com Deficiência (CRPD): Irajá, Santa Cruz, Campo Grande, Vila Isabel, São Conrado e Centro, que realizam mais de 2.000 atendimentos por mês. O objetivo dos espaços é promover a inserção das pessoas com deficiência na sociedade, além de melhorar sua qualidade de vida. Os espaços atendem pessoas com deficiência auditiva, visual, física e mental e são compostos por ambientes amplos que seguem a lei de acessibilidade universal (conforme ABNT NBR 9050), com pisos táteis de alerta e direcional, rampas com corrimãos e banheiros adaptados.

 

As unidades são equipadas com salas de oficinas, informática, convivência e fisioterapia, vestiários, assistência social, consultórios médicos, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia e auditório. Há atividades de musicoterapia, teatro, dança, oficina de artesanato e aulas de diferentes modalidades esportivas, como futebol, basquete em cadeira de rodas, vôlei, bocha, judô e natação.

 

Com o objetivo de integrar a pessoa com deficiência à sociedade e auxiliar nas tarefas do dia a dia, o CRPD conta com uma sala de Apartamento Modelo, onde o paciente aprende a executar tarefas diárias como cozinhar, vestir-se e cuidar da higiene e da arrumação do local com mais autonomia e independência. O atendimento é feito por um terapeuta ocupacional e um auxiliar de reabilitação. Para recriar o cotidiano dos usuários, o lugar possui cozinha, sala, banheiro e quarto. Outro serviço oferecido é a tecnologia assistiva, que contribui para uma melhor comunicação das pessoas com deficiência. As unidades de Campo Grande e Vila Isabel contam ainda com creches inclusivas que possibilitam que os usuários realizem a reabilitação no próprio local, facilitando a vida das famílias e colaborando na evolução das crianças.

 

RIO EM FORMA ESPECIAL

 

O Rio em Forma Especial é um programa de estímulo à atividade física com núcleos exclusivos para pessoas com deficiência. O programa atende a cerca 150 pessoas e oferece modalidades como basquete, futebol, ginástica e judô. As atividades esportivas oferecidas no projeto ajudam a melhorar a saúde física e também atuam como ferramentas de desenvolvimento de habilidades psicossociais, como o desenvolvimento da autoconfiança, do autocontrole, a diminuição da ansiedade e a promoção do senso de equipe, além da sociabilização dos participantes. Além disso, o rendimento escolar das crianças participantes apresenta significativas melhoras.

 

ACADEMIA AO AR LIVRE

 

A Praça do Lido, em Copacabana, foi o primeiro ponto da cidade a contar com o novo modelo do sistema de equipamentos de ginástica ao ar livre, inaugurado nesta segunda-feira (13/09). O principal diferencial do projeto, que será expandido para outros pontos da cidade, é que ele permite o uso por pessoas com deficiência. O design diferenciado, inspirado nos aros olímpicos, é outra novidade das novas academias. A tendência é que as academias já existentes não saiam de circulação e que os novos modelos sejam implantados em novos pontos do Rio.

 

A iniciativa, da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, é composta por oito equipamentos:


- Multi-Exercitador com Acessibilidade, que proporciona seis exercícios para fortalecimento de tronco e membros superiores de pessoas com deficiência (cadeira de rodas);

 

- Multi-Exercitador, que permite supino, extensão e flexão de pernas, desenvolvimento de ombros, puxada posterior, voador e crucifixo;

 

- Caminhada, que simula o andar com leve resistência;

 

- Esqui, que simula os movimentos do esporte de inverno e trabalha simultaneamente membros inferiores e superiores;

 

- Pressão das Pernas e Step, que trabalha as pernas por completo e os glúteos;

 

- Alongador;

 

- Trave de Equilíbrio;

 

- Central Múltipla, que permite dezenas de combinações e trabalha todas as partes do corpo.

 

MOBILIDADE

 

BRTs

 

Os dois corredores de BRT em funcionamento – Transoeste e Transcarioca – atendem 550 mil pessoas por dia, num percurso de 91 Km. Em fase de construção, a Transbrasil e a Transolímpica vão conduzir 890 mil pessoas por dia e terão um trajeto de 54 km. Os corredores têm capacidade de atender todo tipo de passageiro. Os veículos são acessíveis: param no mesmo nível das estações, têm pisos antiderrapantes e sinalização sonora indicando as estações seguintes para pessoas com deficiência visual; e têm sinalização visual para pessoas com deficiência auditiva.


Os veículos possuem espaços exclusivos para pessoas em cadeira de rodas, com a proteção necessária, além de assentos para pessoas com mobilidade reduzida, idosos, gestantes e pessoas com cão-guia. As estações foram projetadas com rampas de acesso e piso tátil, além de catracas específicas para pessoas com deficiência e área de espera com acessibilidade.

 

VLT


O modelo escolhido para o VLT carioca é 100% acessível e alia alta tecnologia, segurança e acessibilidade diferenciada. O piso é 100% baixo, com acesso para cadeirantes. As estações e paradas ficarão a 20 cm de altura e terão rampas suaves e antiderrapantes que facilitam o acesso. Cada plataforma vai dispor de acesso nas extremidades e linha de piso podotátil (próprio para deficientes visuais) em toda a sua extensão. Os veículos terão espaços especiais para cadeiras de rodas com cinto de segurança, e as estações terão painéis de mensagens e sonorização.

 

INTERVENÇÕES URBANAS

 

BAIRRO MARAVILHA


Implantado em 2009, o Programa Bairro Maravilha é conhecido por mudar a cara dos bairros e levar acessibilidade às zonas Norte e Oeste, elevando a qualidade de vida dos moradores. Foi com o objetivo de recuperar vias e transformar comunidades em bairros que o programa foi planejado. As intervenções incluem pavimentação, implantação de sistemas de esgoto, drenagem, construção de rampas e calçadas e plantio de árvores. Desde que foi criado, o Bairro Maravilha já instalou 8.972 rampas nas travessias. As rampas possibilitam melhor locomoção para pessoas com mobilidade reduzida, pessoas em cadeira de rodas, idosos e pessoas com carrinhos de bebê. Estão sendo investidos R$2 bilhões para obras em 2.576 vias até o final de 2016: 1.775 já foram concluídas, 801 estão em andamento. A extensão final será de 625 quilômetros.

 

PORTO MARAVILHA

 

No Porto Maravilha, a preocupação com pessoas com mobilidade reduzida, em cadeira de rodas, idosos e com carrinhos de bebê levou à adoção de parâmetros especiais para assegurar o bem-estar da população local e de visitantes com a criação, entre outras coisas, de novas vias com calçadas mais largas e confortáveis, assim como a ampliação da oferta de áreas para pedestres. Todas as travessias na área do Porto Maravilha são rebaixadas e todas as vias que já passaram por obras ganharam piso tátil, indicado para facilitar o acesso de deficientes visuais. Nas exclusivas para pedestres, o modelo adotado é o de travessias elevadas, também conhecido como traffic calming (quando o piso da via é elevado para equiparar-se ao nível da calçada).

 

TURISMO

 

ACOMODAÇÕES

 

Para aumentar a oferta de quartos de hotéis no Rio de Janeiro, a Prefeitura do Rio lançou, em novembro de 2010, um pacote de incentivos para a rede hoteleira para aumentar a oferta de quartos na cidade. A meta para 2016 é de 27 mil quartos, porém a expectativa é que sejam criados 37 mil novos quartos. Os novos quartos de hotéis estão sendo construídos de acordo com a Lei Municipal 94, de Janeiro de 2009, que exige que os projetos tenham pelo menos 5% de quartos acessíveis. Serão 1.000 novos quartos nesse modelo na cidade.

 

PRAIA

 

A rampa de acessibilidade em concreto possui 35 metros, obedece a todos os padrões de segurança e foi construída ao lado da placa que identifica o Posto 3 da praia da Barra da Tijuca. O projeto será expandido para outras partes da cidade. Locais ainda a serem confirmados, de acordo com estudo.

 


PRÓXIMAS ENTREGAS

 

TÁXIS ESPECIAIS

 

A Prefeitura do Rio pretende iniciar projeto que visa a dobrar a frota de táxis especiais até 2016, com incentivo fiscal e aplicativo de táxi acessível. Hoje são 57 veículos e uma única cooperativa.

 

SAIBA MAIS SOBRE O TIME RIO PARALÍMPICO

 

A Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD), e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) renovaram o convênio de patrocínio do Time Rio Paralímpico. A iniciativa dá condições de treinamento de alto nível e infraestrutura a um grupo de 21 atletas e quatro guias. O Time Rio Paralímpico é formado por atletas com deficiência visual e motora que competem em quatro modalidades: atletismo, canoagem, natação e judô. Entre os selecionados estão medalhistas paralímpicos como a judoca Karla Cardoso (prata em Atenas-2004 e Pequim-2008) e Lucas Prado, do atletismo (três ouros em Pequim-2008 e duas pratas em Londres-2012).

 

Esta é a segunda fase do projeto. Em 2012, 16 atletas da primeira edição do Time Rio Paralímpico disputaram os Jogos de Londres, garantindo sete medalhas: um ouro, três pratas e três bronzes. Em 2015, 16 atletas disputaram os Jogos Parapan-Americanos de Toronto e conquistaram 29 medalhas (15 ouros, 9 pratas e cinco bronzes). O Brasil terminou os Jogos Parapan-Americanos em primeiro lugar no ranking de medalhas.

 

- O Rio está evoluindo bastante nesse quesito da acessibilidade. A prefeitura está muito empenhada e acho que outros governantes deveriam se espelhar no que está sendo feito aqui. O Time Rio oferece toda a estrutura de treinamento, salário, profissionais, material esportivo para nós e é um projeto muito bacana que nos deu incentivo e fez com que nos dedicássemos exclusivamente ao esporte e conquistássemos bons resultados para o Brasil. Daremos muitas emoções aos cariocas no ano que vem - afirmou o atleta paralímpico medalhista de ouro no judô, Wilians Araújo. 

 

Time Rio Paralímpico:

 

Natação


Roberto Alcalde: bronze nos 200m medley SM6
Roberto Alcalde: ouro nos 100m peito SB5
Camille Rodrigues: bronze nos 50m livre S9
Camille Rodrigues: ouro nos 400m livre S9
Camille Rodrigues: ouro nos 100m costas S9
Camille Rodrigues: ouro nos 100m livre S9
Caio Amorim: ouro nos 400m livre S8
Caio Amorim: bronze nos 100 m Livre S8
Edênia Garcia: prata nos 100m livre S4
Edênia Garcia: prata nos 50m livre S4
Edênia Garcia: ouro nos 50m costas S4.
Phelipe Rodrigues: ouro no revezamento 4x100m livre
Phelipe Rodrigues ouro no revezamento 4x100m medley
Phelipe Rodrigues: prata nos 100m livre S10
Phelipe Rodrigues: ouro 50m livre S10


Atletismo


Jhulia Karol e o atleta-guia Fábio Dias: prata nos 100 m T11
Felipe Gomes e o atleta-guia Jorge Augusto: ouro nos 400m T11
Alice Correa e o atleta-guia Diogo Cardoso: prata nos 100 m T12
Alice Correa e Diogo Cardoso: prata nos 200m T12
Lucas Prado e o atleta-guia Justino Barbosa: prata nos 100 m T11
Taschita Cruz: prata nos 200m T36
Tascitha Cruz prata nos 100m T36
Rosinha Santos: bronze no arremesso de peso F56/57
Marivana Oliveira: ouro no arremesso de peso F35/36
Rodrigo Parreira: bronze nos 100m T36
Felipe Gomes: prata nos 200m T11
Felipe Gomes e o guia Jorge Augusto e Lucas Prado e o guia Justino Barbosa: ouro no revezamento 4x100 T11 e T13.


Judô


Karla Cardoso – ouro na categoria até 48 kg
Wilians Araújo – prata na categoria 100 kg


Arquivos relacionados:
  » Apresentação Legado Paralímpico.pdf -   - 




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