O Rio de Janeiro ganhou, neste fim de semana, a primeira unidade do Paradas Cariocas, programa que permite a instalação de espaços públicos de convivências em vagas de estacionamento da cidade. A Parada Carioca foi instalada em frente ao restaurante japonês Peak, na Avenida Pepê, próximo à Avenida Belisário Leite de Andrada Neto. O espaço ocupa a área de dois carros e conta com, além de bancos e espaço de convivência, suportes para pranchas de surf.

Com o objetivo de valorizar a cultura do encontro e do convívio entre as pessoas, típica do modo de vida urbano carioca, a Prefeitura do Rio, por meio de decreto assinado pelo prefeito Eduardo Paes, normatizou em abril as regras para a instalação dos parklets, como são reconhecidos mundialmente esses espaços. A prefeitura, por meio do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) e da subprefeitura da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, aprovou a instalação da primeira Parada Carioca, na última quinta-feira (14.05) e o espaço foi liberado ao público neste sábado (16.05).

— Em menos de um mês conseguimos viabilizar a instalação da primeira parada carioca. Este primeiro espaço tem tudo a ver com a ambiência da Barra da Tijuca. É um espaço público com a cara do bairro e com a cara do Rio. No primeiro dia, o local já foi um sucesso. Queremos valorizar esta cultura do encontro na cidade. Já temos outros projetos em análise. Esperamos aprovar as paradas cariocas em todas as regiões da cidade — destacou Washington Fajardo, presidente do IRPH, que visitou o local.

Além de Fajardo, outras autoridades da prefeitura conheceram o espaço neste sábado. Os secretários municipais executivo de Governo, Pedro Paulo Carvalho, e da Casa Civil, Guilherme Schleder, e o subprefeito da Barra, Alex Costa, aprovaram a instalação.

A iniciativa permite a criação de plataformas niveladas em vagas de estacionamento que ampliam o passeio público e possibilitam diversos usos, como a instalação de mobiliário urbano, realização de manifestações artísticas e outras ocupações, sempre voltadas para o uso público e que atendam a demanda dos bairros.

O programa valoriza o patrimônio cultural e segue modelos de sucesso realizados em outras cidades, como São Paulo, Boston e São Francisco, nos Estados Unidos, adaptados para a realidade do Rio de Janeiro. Para a instalação de um parklet, deve ser respeitado o limite máximo de 15% de vagas suprimidas numa mesma via.

A autorização pode ser requerida tanto por pessoas físicas quanto jurídicas, que serão os responsáveis pela instalação, manutenção e remoção das plataformas, como também com todos os custos necessários para a implantação. O proponente deve dar entrada no processo na subprefeitura da região desejada, que concederá a autorização válida por um ano, podendo ser prorrogada. O IRPH acompanhará toda a análise do projeto.

Apesar de as unidades do Paradas Cariocas terem um responsável, o seu uso deve atender às demandas da população em geral e o uso do espaço é público, sendo acessível a todos os tipos de pessoas nos mais variados horários. Não são permitidas limitações ou seleção de pessoas na utilização do espaço, que é público. Não são aceitos a instalação de comércios, nem a instalação de mesas e cadeiras como continuidade do espaço de bares e comércios. As calçadas em frente devem continuar livres para a passagem de pedestres.

As Paradas Cariocas ficarão disponíveis para a sociedade 24 horas por dia nos sete dias da semana. Esta informação deverá ser exposta em placa no local. O projeto deve respeitar a distância mínima de 40 centímetros em relação ao limite das vagas de estacionamentos adjacentes e à pista para os carros. Os projetos deverão seguir as normas técnicas de acessibilidade da prefeitura.