Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Servidores da prefeitura são exemplos de orgulho e dedicação para a cidade

28/10/2014 12:57:00  » Autor: Juliana Romar/ Fotos: Raphael Lima e Ricardo Cassiano


De merendeira a gestora do programa Escolas do Amanhã. Há 30 anos na Prefeitura do Rio, Sueli Gaspar tem uma trajetória de sucesso na Secretaria Municipal de Educação. Filha de pais analfabetos, ela viu em um concurso do município a chance de mudar de vida e ajudar a família. Abraçou as oportunidades que teve e, de merendeira, foi a inspetora de escola, agente administrativa, professora, coordenadora pedagógica, diretora e, hoje, é responsável por cuidar de 120 mil alunos de 155 instituições de ensino em zonas conflagradas do Rio de Janeiro. Sueli é um dos muitos casos de sucesso de servidores municipais que têm motivos de sobra para comemorar este 28 de outubro, Dia do Servidor Público.

 

 

 

 

 

Por onde passou, Sueli realizou transformações que marcaram as escolas. O destaque vai para o Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) 1º de Maio, em Santa Cruz, uma unidade desafiadora pelo desempenho e por estar localizada entre as comunidades Rola e Antares. Sueli não se opôs às dificuldades e aceitou a função de dirigir o Ciep em 2004. Mesmo com a unidade apresentando condições físicas precárias e um histórico de 23 furtos ao ano, a servidora causou uma revolução no local, aproximando os pais e a comunidade da escola, mostrando-lhes que aquele patrimônio pertencia a todos e elevando a autoestima dos estudantes. Todo esse empenho levou a escola a ser uma das dez melhores da rede.

 

 

 

 

 

Sua história bem sucedida deu à Sueli o Prêmio Cláudia 2014, na categoria Políticas Públicas. O reconhecimento representa a maior premiação feminina da América Latina, com o objetivo de descobrir e destacar mulheres competentes, talentosas, inovadoras e empenhadas em construir um Brasil melhor. 

 

 

 

 

 

- São 30 anos de sucesso, graças à união do meu esforço pessoal com o apoio da prefeitura. Sou muito orgulhosa de dizer que sou servidora pública, pois foi a Prefeitura do Rio que esteve sempre ao meu lado e me deu a oportunidade de estudar, de crescer profissionalmente e de ter uma carreira. Aqui, conquistei muitas coisas, fui reconhecida, ganhei prêmios e viagens internacionais. Coisas que eu, uma moça pobre e negra, teria muitas dificuldades para conseguir sozinha. Quero que a minha história sirva para incentivar outras pessoas – afirmou Sueli.

 

 

 

 

 

 

Mas Sueli não é só um dos exemplos de servidora empenhada em transformar a cidade. Arquiteta da Secretaria Municipal de Habitação, Ana Dieguez também vem mudando a realidade de várias famílias do Rio. Coordenadora do Programa Minha Casa, Minha Vida, ela sente orgulho em ser servidora pública e poder propiciar a urbanização das favelas junto com a produção habitacional. Sua inspiração veio do avô, que também foi servidor do município.

 

 

 

 

 

Ana começou sua carreira como arquiteta autônoma e depois trabalhou na iniciativa privada, atuando em projetos com viés sociais e em comunidades carentes. Operou nos programas municipais Favela-Bairro e Bairrinho, sempre em interface entre obras e moradores das comunidades. Em 2004, após passar no concurso do município, pela sua classificação, ela pôde optar por ser servidora do Urbanismo e da Habitação. Mas não hesitou e optou por aquela secretaria que, hoje, tem a missão de entregar 100 mil unidades habitacionais até 2016.

 

 

 

 

 

- Amo o que faço, e a prefeitura me proporciona uma coisa muito especial, que é poder levar alegria para as famílias. Tenho um trabalho de muita responsabilidade, mas sinto orgulho de ver como ajudo a melhorar a cidade. Acompanho todas as etapas do programa até a entrega das chaves. É muito gratificante ver as pessoas realizando seus sonhos da casa própria. Além disso, a prefeitura me deu a estabilidade profissional que antes eu não tinha e também foi muito importante para mim na educação da minha filha, que estudou na Creche Institucional Dr. Paulo Niemeyer – contou, referindo-se à unidade escolar da prefeitura destinada a filhos de servidores municipais. Além de receber todos os benefícios que a Prefeitura do Rio oferece aos seus servidores, Ana ainda desfruta das aulas de dança de salão no Clube do Servidor, na Cidade Nova, e do Acordo de Resultados, uma ferramenta de gestão que premia com até dois salários extras os servidores que alcançam metas estabelecidas pela sua secretaria.

 

 

 

 

 

 

E a vontade de ajudar ao próximo não para na Habitação. Servidora pública há 28 anos, Gisele Mota Lopes ingressou na prefeitura como professora aos 19 anos. Sua vontade de trabalhar com crianças e de ensinar destacou um hábito antigo: o gosto pela leitura. Tal encantamento pelos livros a fez responsável pela Sala de Leitura nas escolas por onde passou, até receber um convite há 5 anos para trabalhar na Secretaria Municipal de Cultura (SMC), onde atualmente é gerente de Livro e Leitura.

 

 

 

 

 

Ali, gerencia eventos externos da secretaria, como Bienal do Livro, Salão do Livro, Primavera dos Livros e Troca-troca de livros; além dos projetos internos, através das programações culturais nas bibliotecas, lonas culturais e arenas cariocas, das contações de histórias e encontros literários. Entre tantas atribuições, um dos projetos mais antigos da SMC, o "Paixão de Ler", que comemora 22 anos de muito sucesso em novembro, tem para Gisele um sabor especial. É através dele que a servidora vê realmente a possibilidade de levar conhecimento a quem não tem acesso, já que todo ano durante uma semana há uma intensa programação cultural que agita diversos locais da cidade com atrações artísticas e literárias, de forma gratuita e para todas as idades. Este ano, será realizado de 25/11 a 02/12.

 

 

 

 

 

- A prefeitura me deu a oportunidade de semear a leitura. Meu trabalho é muito importante e ajuda a população carioca a resgatar o gosto pelos livros. Tudo o que sou como pessoa e profissional devo ao município, que sempre me proporcionou coisas boas e de qualidade, como cursos, capacitação e palestras. Posso dizer que sou muito feliz e satisfeita com o meu trabalho. É muito legal receber depoimentos de pessoas que estão se beneficiando com a nossa iniciativa – contou Gisele.

 

 

 

 

 

Entre as histórias que guarda na lembrança, Gisele destaca duas que tocaram seu coração: a de um jovem que construiu uma biblioteca comunitária no Lajão do Tabajaras e uma atividade realizada no último Dia das Crianças na Arena Carioca Dicró, na Penha, onde os pequenos se divertiram com um "pé de livro" e uma "pescaria literária", feitos com publicações doadas por Gisele ao equipamento cultural. Outra iniciativa que lhe dá orgulho é uma parceria recém-fechada com o Instituto Pereira Passos que está levando o Troca-troca de livros a dez comunidades pacificadas, como Batan, Tabajaras, Salgueiro e Manguinhos, entre outras. A ideia é expandir ainda mais o projeto.

 




Serviços Serviços