28/10/2014 08:17:00
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, em parceria com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), promove nesta quinta-feira (30/10), palestra de capacitação no tratamento da dor para cerca de 100 profissionais do programa Saúde da Família, no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. Esta é a segunda palestra sobre o tema realizada por especialistas da Clínica da Dor do Instituto. A primeira foi realizada no último dia 13, no Hospital Municipal Miguel Couto com a participação de 40 profissionais.
A iniciativa tem como objetivo orientar médicos e enfermeiros para que o paciente ortopédico, que sofre com dor, seja atendido e acompanhado próximo de sua residência, em postos de saúde e clínicas da família de diversas áreas da cidade.
- Identificamos a necessidade e buscamos interagir com o Instituto para capacitar os profissionais da rede de saúde e traçar a linha de cuidado da dor. O eixo prioritário é trabalhar a humanização com acolhimento e classificação de risco na perspectiva da formação de rede e organização do serviço, gerando autonomia à gestão, ao indivíduo e ao atendimento -, explica Marta Côrtes, assessora técnica da Subsecretaria de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência do município do Rio de Janeiro.
A orientação clínica para o tratamento da dor é baseada no protocolo analgésico recomendado pela Organização Mundial de Saúde.
- O tratamento nesses casos é medicamentoso com uso de dipirona e opioide, disponíveis na rede de atenção básica. Se a pessoa tem dor, indica que algo não está bem. Se for muito intensa e por mais de seis meses, provoca outros problemas tornando-se a própria doença -, afirma o médico acupunturologista Márcio Rondinelli, coordenador da Clínica da Dor do Into.
De acordo com Rondinelli, há ainda questões emocionais e sociais que devem ser observadas com atenção pelos profissionais durante o atendimento.
- A dor tem a função de alarme e deve ser monitorada para que o paciente não tenha o sintoma acima do nível razoável.
Avaliação e tratamento da dor:
Na avaliação inicial para verificar os níveis da dor dos pacientes, o Into utiliza como parâmetro a escala visual analógica da OMS, que é caracterizada com imagens de "carinhas" que simbolizam cinco níveis de intensidade: sem dor, leve, moderada, forte e intensa. De acordo com o relato do paciente, o médico propõe o tratamento clínico, com o uso de medicação (analgésico oral ou intravenoso) e a utilização de técnicas de acupuntura
e de fisioterapia.
Uma vez por semana, duas psicólogas se reúnem com um grupo de pacientes da Clínica da Dor para orientá-los e estimulá-los à reabilitação e ao retorno às atividades de rotina após a realização da cirurgia.