Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Prefeito participa da implosão do primeiro trecho do Elevado da Perimetral

24/11/2013 09:17:00  » Autor: Juliana Romar / Fotos: Beth Santos, J.P. Engelbrecht, Raphael Lima e Ricardo Cassiano


O prefeito Eduardo Paes participou na manhã deste domingo (24/11) da demolição do primeiro trecho do Elevado da Perimetral, entre a Avenida Professor Pereira Reis e a Rua Silvino Montenegro, marcando um importante momento do processo de revitalização da Região Portuária. Como previsto, o viaduto começou a ruir às 7h e a implosão – que durou apenas 5 segundos - contou com 1.200 quilos de explosivos, que colocaram abaixo a estrutura com 29 vãos e 232 vigas que, somados, pesavam 5.104 toneladas.

 

A remoção dos primeiros 1.050 dos 4.790 metros do elevado permitirá o avanço das obras de infraestrutura e do novo sistema de mobilidade urbana da região, que inclui a Via Expressa – que ligará o Aterro do Flamengo à Avenida Brasil e Ponte Rio-Niterói, substituindo a Perimetral. A nova Via Expressa terá 5.050 metros, três faixas em cada sentido e o maior túnel urbano do país, com 2.570 metros. A construção do túnel permitirá a abertura de um grande passeio público com 61 mil m² e 2,6 km de extensão, do Armazém 8 até a Praça XV. Combinada à Via Binário do Porto – inaugurada no último dia 2 de novembro – a nova via aumentará a capacidade do tráfego em 27% a partir de 2016.

 

Após a implosão, Paes qualificou a ação como "um grande sucesso" e comentou a transformação daquela região para a cidade:

 

- Tudo saiu conforme o esperado. Hoje é um dia muito importante para a história da cidade, de um Rio que renasce. Quando recuperamos o Centro e o Porto, devolvemos a cidade ao povo. A Perimetral é o maior símbolo desse Rio de Janeiro que se degradou e ficou tanto tempo abandonado. Que a nossa cidade possa renascer ainda mais a partir dessa revitalização – disse Paes, aproveitando para pedir a colaboração da população que trafega por aquela região:


- Peço à população que continue colaborando com o trânsito, utilizando o transporte público e fazendo a carona solidária. Ainda tem muita coisa a fazer aqui. Novas implosões, desmontes e obstruções virão. Superamos o primeiro grande desafio e teremos essa região em 2016 totalmente devolvida à população.

 

O prefeito estava acompanhado do filho Bernardo; do vice-prefeito, Adilson Pires; do secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho; do presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (Cdurp), Alberto Silva; do vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão; além de outras autoridades municipais.

 

A implosão
A operação, que abre caminho para a revitalização da Região Portuária, envolveu mais de 500 profissionais e incluiu todos os procedimentos de segurança, bem como o bloqueio de vias, reordenamento do tráfego e retirada assistida de aproximadamente 130 moradores da região. Os imóveis localizados na região de segurança máxima – um raio de 150 metros da área da implosão - foram evacuados. Os moradores deixaram as suas casas antes das 6h deste domingo e seguiram para um lugar seguro até o término da detonação e a liberação da área. Trinta técnicos da Defesa Civil Municipal trabalharam na coordenação geral da operação, inspeção, varredura e isolamento do entorno, garantindo a segurança dos moradores e das pessoas que circulam pelo local, além de ajudar na retirada daquelas com dificuldades de locomoção.

 

Sinais sonoros foram acionados para alertar a população local sobre os preparativos e o início da implosão. Pontualmente às 7h, os explosivos foram acionados em cadeia para rompimento dos pilares de sustentação do elevado, tornando o processo diferenciado, sem o levantamento de poeira típico de implosões convencionais. Além disso, foram instalados 215.340 m² de tela de proteção para impedir o lançamento de fragmentos e utilizados 2.512 conjuntos de pneus com areia e 2.240 estacas em tambores para amortecer o impacto da queda da estrutura e triturar o concreto.


Após o processo, todo o material de concreto será removido e reciclado para uso nas obras de pavimentação das ruas da região. Após a implosão, durante aproximadamente 90 dias, equipes da Prefeitura do Rio e da Porto Novo, empresa contratada para executar obras e serviços no Porto Maravilha, farão a limpeza da região em seis frentes de trabalho.

 

O responsável técnico pela detonação, Giordano Bruno Pinto, da empresa Fábio Bruno Construções, fez um balanço da implosão:

 

- Na nossa avaliação foi tudo perfeito, muito bacana. Nota 10. Tínhamos aqui 29 pilares e cada um era uma implosão independente, então, se um falhasse poderia comprometer todo o trabalho. A explosão foi em cadeia com 15 milésimos de segundo de tempo entre um pilar e outro. Para que tudo desse certo, fizemos vários estudos e tivemos três meses de simulação.

 

O trabalho de preparação para o evento da implosão teve início na primeira quinzena de novembro e registrou 56 vistorias cautelares nas partes inferior e superior do Elevado da Perimetral e em todo o entorno da Avenida Rodrigues Alves. A Concessionária Porto Novo instalou ainda 12 sismógrafos para monitorar efeitos da detonação sobre as edificações e 50 câmeras que permitiram a avaliação dos impactos e acompanhamento de toda a área. Todos os postes, fiações e placas de trânsito no trecho também foram retirados.


O tráfego de veículos na região nas ruas da Região Portuária foi bloqueado às 23h de sábado (23/11), e a operação mobilizou 40 motociclistas, 650 operadores de tráfego (da CET-Rio, da Concessionária Porto Novo e da Guarda Municipal), 38 veículos, 36 painéis de mensagens variáveis e 14 reboques.




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