16/11/2013 06:23:00 » Autor: Marco Antonio Costa / Foto: Ricardo Cassiano
No embalo das comemorações pelos 1.000 dias para os Jogos Olímpicos 2016, os alunos do Ginásio Experimental Olímpico (GEO) Juan Antonio Samaranch, em Santa Teresa, estão esbanjando energia e entusiasmo com as conquistas alcançadas em 2013. Os estudantes chegam à segunda fase dos Jogos Estudantis, que termina em dezembro, com 18 medalhas de ouro nas sete modalidades esportivas oferecidas pela unidade: atletismo, judô, tênis de mesa, handebol, futebol, vôlei e xadrez. No Intercolegial, que chega ao fim nesta segunda quinzena de novembro, foram mais de 30 medalhas de ouro conquistadas em disputas com mais de 200 escolas da cidade do Rio de Janeiro.
Inaugurado em 23 de novembro de 2011, o Juan Antonio Samaranch foi a primeira escola do programa Ginásio Experimental Olímpico a funcionar. Pioneiro na rede pública, o modelo visa integrar o desenvolvimento acadêmico e esportivo formando talentos na vida e no esporte. Com objetivo de dar oportunidade para os alunos com aptidões esportivas desenvolverem seu potencial, sem abrir mão de uma educação de excelência, a cidade do Rio de Janeiro terá cinco ginásios experimentais olímpicos, sendo um Paralímpico. Além do Juan Antonio, já foram inaugurados o GEO Dr. Sócrates, em Pedra de Guaratiba, e o Félix Mielli Venerando, no Caju.
- O GEO é o sonho de todo professor de Educação Física. Sabemos que não podemos fornecer ainda atletas para os Jogos de 2016, mas temos 2020 como meta. Temos aqui uma fábrica de campeões, estamos descobrindo talentos - diz a coordenadora de esportes Ana Quintella.
A unidade tem atualmente 525 alunos matriculados em turmas que vão do 6º ao 9º ano. Estudando e praticando atividades esportivas em período integral, o GEO oferece, além da grade curricular, aulas de reforço. Os alunos ainda têm uma rotina de treinos, com pelo menos duas horas diárias de prática esportiva. Para continuar treinando, os estudantes têm a obrigatoriedade de tirar boas notas.
- Aqui há jovens de vários bairros, não apenas de Santa Teresa, como Recreio, Vidigal, Inhaúma, São Cristóvão, Tijuca e São Gonçalo. Os estudantes se inscrevem pela internet e passam por provas de aptidão esportiva. E muitos têm se destacado nas modalidades esportivas, basta olhar o nosso quadro de medalhas – explica Quintella.
Mais do que novos atletas, o GEO é um importante legado olímpico na formação de cidadãos. Além da excelência acadêmica, o apoio ao projeto de vida do aluno e a educação para valores também formam a base do projeto pedagógico dos GEOs. Sheila Nunes, de 14 anos, ficou em primeiro lugar na avaliação Prova Rio, gabaritando praticamente todas as disciplinas.
- Eu moro em São Gonçalo e considero estudar aqui uma oportunidade única. Sei que todo o esforço que estou fazendo vale à pena. No futuro quero ser piloto da esquadrilha da fumaça – diz Sheila, que se destaca também na natação.
A modalidade judô é uma das maiores fontes de medalhas do GEO de Santa Teresa. O professor Rodrigo Mulatinho é um dos mais empolgados com o projeto, que, para ele, é excepcional. O mestre acredita que o Brasil pode se transformar numa potência olímpica. Ele aponta, entre seus alunos, Daniel Rodrigues Lopes, 14 anos, campeão do Intercolegial Municipal.
- Aqui eu tenho tudo para desenvolver o meu potencial. Pretendo ser um atleta olímpico. Já penso em 2020, quando estarei com 21 anos – afirma Daniel, que está na 8ª série.
O futuro da Cidade Olímpica tem no GEO um dos seus principais suportes. Sabedor dessa importância, o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, visitou a unidade no dia 9 de novembro, quando se atingiu a marca de 1.000 dias para as Olimpíadas. Na ocasião, foi inaugurada a ‘Praça do Tempo', onde foi enterrada uma cápsula com mensagens das crianças para os atletas olímpicos ou desejos relativos aos Jogos. O artefato será aberto durante os Jogos Olímpicos que acontecerão na cidade.
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