08/08/2013 17:51:00 » Autor: Ricardo Albuquerque/Fotos: J.P. Engelbrecht
A Prefeitura do Rio inaugurou nesta quinta-feira (08/08) um novo centro de atendimento 24h para dependentes químicos e uma unidade de acolhimento para adultos, na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá. O Centro de Atenção Psicossocial para tratamento de usuários com transtornos em decorrência do uso de álcool, crack e outras drogas (CAPSad) Antonio Carlos Mussum é uma homenagem ao falecido humorista, integrante dos Trapalhões. Anexa ao espaço, a primeira unidade de acolhimento adulto (UAA) da cidade prestará assistência a pessoas com necessidades de maior tempo para o tratamento.
O centro realizará atendimentos individuais ou em grupo, com oficinas terapêuticas, visitas domiciliares e atendimento familiar e atividades comunitárias, visando à integração do paciente na comunidade. O local tem oito leitos e também está preparado para receber pacientes em momentos de crise. O tempo de permanência no espaço dependerá do tratamento, mas deve ser inferior a 15 dias.
— Este centro é um modelo arrojado de grande importância por oferecer serviço psicoterápico de mais qualidade, em acordo com a política do Ministério da Saúde. A expansão dos serviços de saúde vai continuar, outros dois Caps deste tipo devem ser inaugurados na cidade até o fim de 2014 — disse o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann.
Com 15 leitos, a UAA tem caráter residencial transitório e oferece aos pacientes de ambos os sexos, maiores de 18 anos, cuidados continuados e protetivos, convivência em grupo, familiar e social, além de oferecer tempo e possibilidade de construir novos projetos de vida aos usuários em tratamento. O subprefeito da Barra e Jacarepaguá, Tiago Mohamed, explicou a importância do novo espaço:
— Esse equipamento mostra que a prefeitura está encarando de frente um problema seríssimo da sociedade que é a dependência química. Agradeço as lideranças comunitárias e os presidentes das associações de moradores da Colônia Juliano Moreira que, num primeiro momento questionaram, mas entenderam a relevância desta unidade e nos deram apoio.
A unidade atende os requisitos do programa "Crack, é possível vencer", do Ministério da Saúde, ao qual o Rio aderiu em 2012. Os pacientes poderão permanecer na unidade de acolhimento, voluntariamente, por no máximo 90 dias, com o objetivo de manter a estabilidade clínica e reduzir as situações de vulnerabilidade social e familiar.
O CAPSad Antonio Carlos Mussum abrange os bairros da área programática 4.0 – Barra da Tijuca, Jacarepaguá e adjacências. O local receberá pacientes tanto por demanda espontânea quanto encaminhados pelas unidades básicas de saúde ou vindos de internações hospitalares. Sua equipe, formada por médicos psiquiatras, enfermeiros, farmacêutico, auxiliares e técnicos de enfermagem, médicos clínicos gerais, psicólogos nutricionistas, terapeutas ocupacionais, oficineiros e assistentes sociais, é composta por 60 profissionais. A UAA receberá pacientes referenciados pelo CAPSad Antonio Carlos Mussum.
A rede municipal de saúde do Rio de Janeiro conta com 24 centros de atenção psicossocial, distribuídos da seguinte maneira: 13 CAPS – três deles com atendimento 24h por dia –, quatro CAPSad (álcool e drogas) e sete CAPSi (voltados ao atendimento de crianças e adolescentes). Há ainda outros três CAPS nas redes estadual e federal.
Até 2014, a SMS planeja inaugurar mais quatro unidades de acolhimento adulto. O próximo a receber o novo equipamento, ainda em 2013, será o CAPSad Raul Seixas, no Engenho Novo. Na rede hospitalar, o Rio de Janeiro conta atualmente com 53 leitos para usuários de drogas em geral que necessitem de internação clínica. Os leitos estão distribuídos entre os hospitais Ronaldo Gazolla, em Acari, Evandro Freire, na Ilha, e Pedro II, em Santa Cruz
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