Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Prefeitura do Rio lança Programa de Atenção Domiciliar ao Idoso

Pacientes terão atendimento com médicos, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas e nutricionistas


25/08/2010 17:17:00


Betn SantosO prefeito Eduardo Paes e o secretário municipal de Saúde e Defesa Civil, Hans Dohmann, apresentaram nesta quarta-feira, dia 25, o novo Programa de Atenção Domiciliar ao Idoso (PADI). O serviço é voltado prioritariamente para pessoas com mais de 60 anos, portadoras de doenças crônicas ou que necessitem de cuidados contínuos que possam ser feitos em casa. Fruto de parceria entre as secretarias de Saúde e de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, a iniciativa pretende incentivar a saída desses idosos do hospital, uma vez que o atendimento domiciliar é capaz de promover a recuperação mais acelerada do paciente, reduzindo o tempo de internação e liberando leitos nas unidades de saúde.


O prefeito do Rio destacou os benefícios do programa – uma das metas estratégicas de seu governo - e incentivou as famílias a cuidar de seus idosos.


Beth Santos- Além de, em pouco tempo, termos os leitos dos hospitais desocupados, o programa cria a oportunidade de unir as famílias. Os idosos precisam ter carinho. Por isso, estamos agindo em duas pontas: incentivando o relacionamento entre pais e filhos, através dos trabalhos que desenvolvemos em nossas creches e escolas, e proporcionando atendimento qualificado aos idosos - disse Paes.


Durante a cerimônia de lançamento do programa, Eduardo Paes conversou por videoconferência com a primeira paciente a ser atendida pelos profissionais do PADI, Ofélia Santos Menezes, de 76 anos. Ela teve alta na terça-feira do Hospital Salgado Filho, onde estava internada há 24 dias por complicações da diabetes, e no mesmo dia já recebeu a primeira visita da equipe do programa em sua casa, em Madureira.


Acompanhada pelo filho e por enfermeira e assistente social do PADI, a paciente agradeceu ao prefeito a atenção que está recebendo. Em resposta, Paes afirmou que tal iniciativa "nada mais é do que uma obrigação do Município” e se comprometeu a continuar com o programa.


- É nosso dever cuidar daqueles que sempre cuidaram da gente. Além de ser nosso dever, é um compromisso da Prefeitura com o Rio de Janeiro. Por isso, tenham certeza, ainda vamos trabalhar muito - afirmou o prefeito, completando que a meta do programa é promover 15 mil procedimentos este ano e 30 mil em 2011.


Beth SantosNesta primeira etapa, o PADI conta com nove equipes e um total de 39 profissionais, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, nutricionistas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais. As equipes ficarão baseadas nos hospitais municipais Souza Aguiar (Centro), Miguel Couto (Gávea) e Salgado Filho (Méier), onde serão identificados e encaminhados ao programa os pacientes aptos a receber atendimento domiciliar. As visitas serão realizadas de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e sua periodicidade vai depender da necessidade de cada paciente. Os inscritos no programa terão à disposição o serviço de Telessaúde (3523-4025), que funcionará 24 horas para atendimentos emergenciais.


O secretário de Saúde, Hans Dohmann, disse que a abrangência do PADI será definida em função do perfil da população que se interna nos hospitais do Rio.


- Da região de Jacarepaguá para a Zona Sul, a abrangência será maior pois se trata de uma área de maior cobertura pelos hospitais municipais. Por outro lado, na Zona Oeste, as pessoas já contam com o programa Saúde Presente, com as clínicas da família, que também tem condições de realizar atendimentos domiciliares. Mas o PADI vai atender futuramente aquela região – garantiu Dohmann, que também reforçou a importância da família na recuperação dos pacientes idosos:


- A família também é capacitada para compreender e cuidar de seu idoso. Para isso, as equipes do PADI avaliam se a infraestrutura das residências está de acordo com o problema daquele paciente e estão à disposição até mesmo para atender os familiares, se necessário.
 

A secretária de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, Cristiane Brasil, ressaltou o salto que o programa significa para a saúde do idoso no Rio de Janeiro:


- O Rio é o município com maior número de idosos no Brasil. Além disso, a faixa etária que mais aumenta no Rio é a acima de 80 anos. Ou seja, é um programa que veio a calhar com as necessidades da sociedade carioca, especialmente daqueles que são considerados "Quarta Idade", que demandam maior despesa às famílias e ao serviço público. Investir nisso é devolver dignidade às pessoas idosas. Isso é humanidade e não tem preço.

 

Texto: Flávia David
Fotos: Beth Santos
 


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