Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Prefeito lança Programa de Coleta Seletiva na cidade

Em parceria com o BNDES, o programa terá investimento de R$50 milhões para dar destino adequado aos recicláveis


24/03/2011 16:49:00


Foto: J.P. EngelbrechtO prefeito Eduardo Paes e o diretor da área de inclusão social do BNDES, Élvio Gaspar, lançaram na tarde desta quinta-feira, dia 24, no Palácio da Cidade, o Programa Ampliado de Coleta Seletiva na Cidade do Rio de Janeiro. Com investimentos de R$50 milhões, o projeto levará a coleta seletiva a todos os bairros cariocas até 2013.


- Isso é o começo. Na verdade, todo o lixo, todos os resíduos sólidos da cidade hoje vão parar nos aterros de Gramacho e Gericinó. Em breve, vão para o Centro de Tratamento de Resíduos, em Seropédica, que é um grande avanço. Mas, se a gente puder separar já esse lixo antes dele ir para o novo Centro de Tratamento, nós vamos dar mais qualidade ambiental para a cidade. Daqui é só avançar para que a gente possa ter de fato um percentual significativo dos resíduos da cidade indo para a reciclagem. Para isso a prefeitura precisa do apoio e da conscientização de toda a população, que precisa separar em casa o lixo orgânico do reciclável.


Foto: J.P. EngelbrechtComo parte do programa, serão construídas seis centrais de triagem no Centro e nas zonas Norte e Oeste para receber o material separado pela população e coletado pela Comlurb. Os catadores farão a separação dos diversos tipos de lixo reciclável e a comercialização dos produtos. Com isso, não será mais necessário recolher o material direto das ruas.


Atualmente, o Rio faz apenas 1% de coleta seletiva na cidade. Segundo o secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, com o novo programa esse número vai ser cinco vezes maior.

- A coleta seletiva garante a sustentabilidade e a inclusão social. Nosso objetivo é ambicioso: multiplicar por cinco o que se coleta hoje seletivamente na nossa cidade. É claro que, para isso, vamos ter que contar com o apoio do carioca, compreendendo que o ato de cada um na sua residência, no seu comércio, pode ajudar a qualidade do meio ambiente e dar à cidade do Rio de Janeiro um horizonte mais sustentável.


Com a implantação do projeto, o Rio torna-se a única capital-sede da Copa de 2014 com capacidade de aproveitamento do lixo domiciliar aos moldes da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, regulamentada em dezembro.


O diretor do BNDES, Élvio Gaspar, explicou como foi feita a construção do programa para o Rio.


Foto: J.P. Engelbrecht- Nós propusemos o programa para que as 12 cidades da Copa comecem efetivamente a implantar um sistema de coleta seletiva com um tratamento adequado do lixo. Nós estamos iniciando aqui um processo que é revolucionário no Brasil e estamos começando em uma cidade complexa e difícil. Temos muito orgulho quando falamos do Rio de Janeiro, e de saber que os projetos que nós estamos tocando aqui têm andamento, têm contrapartida.


Todo o programa será acompanhado de campanhas educativas para a população, incentivando a sua colaboração e informando sobre os benefícios de aderir à coleta seletiva.

Representando os catadores e as cooperativas de catadores da cidade, Custódio da Silva Chaves – coordenador do movimento nacional de catadores do estado do Rio de Janeiro e presidente da Cooper Gericinó – comentou sobre a importância desse programa para os profissionais.


- Hoje estamos dando um novo passo, que vamos construir junto com o município. Vamos ter uma vida mais digna e uma melhor condição de comercialização. É uma mudança total para os catadores. Acredito que hoje estamos fazendo história na cidade do Rio de Janeiro com esse projeto.


Foto: J.P. EngelbrechtNa ocasião, o Conselho Deliberativo responsável pela implementação do programa tomou posse. Ele será responsável por aumentar o número de ruas atendidas e de caminhões destinados ao serviço, reduzindo a quantidade de resíduos enviados aos aterros e incrementando a renda dos catadores.


A cerimônia de lançamento do Programa de Ampliação da Coleta Seletiva contou com a presença dos secretários municipais de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz; de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório; e de Desenvolvimento Econômico Solidário. Marcelo Henrique Costa, além da presidente da Comlurb, Angela Fonti.


Texto: Anna Beatriz Cunha
Fotos: J.P.Engelbrecht
 


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