O prefeito do Rio Eduardo Paes visitou na manhã desta quarta-feira, dia 16, a Central de Tratamento de Resíduos (CTR) em Seropédica, onde estão em fase de finalização as obras de implantação do sistema de impermeabilização do solo. Com uma tecnologia de ponta, inédita na América Latina, a CTR vai garantir o tratamento adequado dos resíduos da cidade do Rio de Janeiro.

Depois de conhecer de perto o funcionamento do sistema da CTR, Paes disse que a Prefeitura do Rio agora conseguirá dar uma solução para o problema do lixo no município.

- A cidade resolve um passivo ambiental que é aquela tragédia do lixão de Gramacho, às margens da Baía de Guanabara. Essa é a CTR mais moderna do Brasil. Ela deve começar a operar entre abril e maio. Vamos começar aos poucos a trazer aquele lixo que hoje a gente deposita em Gramacho e Gericinó. A ideia é até o fim do ano, início de 2012, ter todo o lixo da cidade vindo para essa CTR.

Entre as principais tecnologias empregadas pela CTR estão a tripla camada de impermeabilização do solo feita com mantas reforçadas de polietileno de alta densidade e sensores ligados a um software que indica qualquer anormalidade no solo. Além disso, no local, o chorume, líquido resultante da decomposição dos resíduos, vai virar água de reuso, e o biogás será transformado em energia e convertido em créditos de carbono.

Paes explicou que o sistema da CTR é mais um serviço que também estará ligado ao Centro de Operações Rio da Prefeitura.

- Esses eletrodos que identificam se há algum tipo de vazamento vão estar diretamente conectados com o Centro de Operações Rio. Toda a pesagem do lixo que chega aqui também vai estar conectada com o Centro de Operações.

A redução de emissões de gases do efeito estufa propiciada pela implementação da CTR vai contribuir para que a Prefeitura do Rio cumpra sua meta de redução de Gases de Efeito Estufa, assinada pelo prefeito Eduardo Paes em 2009, na apresentação do Plano Rio Sustentável, pouco antes da Conferência das Nações Unidas (COP 15), em Copenhague. O objetivo é reduzir as emissões em 8% até 2012, 16% até 2016 e 20% até 2020.

- A Prefeitura vai gastar de R$80 a 100 milhões a mais por ano para dar essa solução, mas compensa porque estamos reduzindo em 8% os gases de efeito estufa que a gente solta na atmosfera da cidade do Rio de Janeiro. É como se a gente tirasse das ruas do Rio um milhão e quatrocentos mil carros por ano - , explicou o prefeito.

Também acompanharam o prefeito na visita a CTR o vice-prefeito e secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz; o secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho; o secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório; a presidente da Comlurb, Angela Fonti, profissionais da empresa Ciclus responsável pela CTR; entre outras autoridades.

Texto: Anna Beatriz Cunha
Fotos: Beth Santos