O prefeito Eduardo Paes lançou na manhã desta sexta-feira, dia 15, ao lado do presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Sérgio Magalhães, o "Concurso Morar Carioca: conceituação e prática em urbanização de favelas". A parceria entre a Prefeitura e o IAB tem o objetivo de selecionar escritórios de arquitetura de todo o país para que desenvolvam projetos de urbanização de comunidades acima de 100 domicílios no âmbito do Programa Morar Carioca. As inscrições serão recebidas até o dia 29 de novembro, pela Internet (http://www.iabrj.org.br/concursomorarcarioca). Até lá, os escritórios deverão apresentar suas propostas de conceitos e metodologias aplicáveis na urbanização dessas comunidades.

Em cerimônia realizada nesta manhã, na sede da IAB, no Flamengo, o prefeito do Rio, acompanhado pelo secretário municipal de Habitação, Pierre Batista, destacou a importância do Morar Carioca como passo fundamental para a transformação da cidade:

- Quando falamos em favelas, nos referimos a uma parte muito importante da cidade. Por isso, o Morar Carioca representa a urbanização de todas as favelas do Rio de Janeiro até 2020 e sua integração com os serviços públicos - afirmou o Eduardo Paes, completando que a cidade "sai na vanguarda", novamente, com a criação do concurso, e que haverá espaço para todos os arquitetos do Brasil, desde que elaborem projetos possíveis de serem executados pela Prefeitura.

O anúncio dos escritórios selecionados no "Concurso Morar Carioca" está previsto para o dia 6 de dezembro. O presidente do IAB, Sérgio Magalhães, deu mais detalhes sobre o processo de seleção dos escritórios:

- Os arquitetos brasileiros já possuem grande experiência no que diz respeito à urbanização de favelas. E ousar faz parte do trabalho desses profissionais. Por isso, os escritórios deverão interpretar o problema das favelas de um modo novo, dando uma solução melhor e mais adequada, diferente de tudo que já foi realizado até então. O desafio é ousar, mas não se deve fazer algo além da capacidade de realização - disse Sérgio, afirmando que os projetos devem permitir que, após as obras, os moradores das favelas tenham condições de desfrutar de todos os serviços que uma vida moderna exige.

Ainda segundo Sérgio Magalhães, o Programa Morar Carioca dará ao Rio de Janeiro um conjunto de novos bairros, com suas peculiaridades respeitadas, e totalmente integrados com serviços públicos.

O secretário municipal de Habitação, Pierre Batista, também falou sobre o concurso e destacou o trabalho conjunto dos órgãos da Prefeitura na execução do Morar Carioca:

- A Secretaria de Habitação está atuando de maneira proativa neste processo, pois entendemos o quanto é importante para o Rio de Janeiro a realização desse concurso. O Programa Morar Carioca é resultado da atuação da Prefeitura como um todo, não apenas da Secretaria de Habitação. Vários órgãos atuam de maneira integrada nesse processo, como as secretarias de Conservação, da Ordem Pública e de Urbanismo.

Com um investimento total de R$ 8 bilhões, o Programa Morar Carioca integra o Plano de Legado Urbano das Olimpíadas de 2016, tornando-se um compromisso internacional da cidade, e prevê a urbanização de todas as favelas cariocas até 2020 e a integração das comunidades aos bairros da cidade. Para isso, será implantado um sistema de controle, monitoramento e de ordenamento da ocupação e do uso do solo urbano. Desde o lançamento do Morar Carioca, no final de julho, já estão em andamento licitações de obras que totalizam R$ 453 milhões.

Texto: Flávia David
Fotos: Beth Santos