O prefeito Eduardo Paes e o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, inauguraram, nesta sexta-feira (23/12), o Muro dos Campeões, com os nomes de todos os 2.568 medalhistas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. O monumento - tradicional em outras edições dos Jogos - fica na Via Olímpica, dentro do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, que foi transformada em uma grande área de lazer para a população. Paes e o Picciani anunciaram ainda a transferência da gestão das arenas esportivas do parque para o Governo Federal.

- Esse espaço é para todos os cariocas e brasileiros. O Muro dos Campeões, que é uma tradição das Olimpíadas, passa a ser mais um ponto turístico da cidade. Estamos entregando a Via Olímpica, que foi uma marca dos nossos Jogos Olímpicos, como um grande boulevard que a população vai poder frequentar. Construímos esse espaço pensando no uso posterior aos Jogos, e é fundamental garantirmos esse legado do esporte e da cidade – destacou o prefeito. 

Pelo acordo de cessão, o Ministério do Esporte passa a ser o responsável pelas Arenas Cariocas 1 e 2, o Centro Olímpico de Tênis e o Velódromo, e por custear as desmontagens do Estádio Aquático e da Arena do Futuro e a montagem de quatro escolas da rede municipal. A Arena Carioca 3 continuará sendo administrada pela Prefeitura do Rio, que a transformará em um Ginásio Experimental Olímpico – escola de ensino integral com capacidade para mil alunos. O complexo esportivo fará parte da Rede Nacional de Treinamento de atletas de base e de alto rendimento e terá uso compartilhado por projetos sociais e eventos.

- A decisão conjunta de assumir a gestão dos equipamentos esportivos do Parque Olímpico foi o caminho mais adequado. Esses equipamentos estão entre os melhores que temos no país e no mundo para a prática de esportes das diversas modalidades. Vamos dedicar este espaço ao treinamento das seleções brasileiras, da base e a projetos de iniciação ao esporte. Estes equipamentos passam a compor o topo da nossa rede nacional de treinamento – disse o ministro do Esporte.

A assinatura do acordo aconteceu durante a entrega das obras da Via Olímpica, que corta todo o Parque Olímpico, desde a Avenida Abelardo Bueno até as margens da Lagoa de Jacarepaguá, O espaço foi arborizado e ganhou jardins, duas quadras poliesportivas, campo de grama sintética, equipamentos de ginástica para adultos, Academia da Terceira Idade (ATI), pista de skate street e parque infantil. Foram plantadas cerca de 500 árvores na área comum do parque, que ganhou também espaço para food trucks. A adaptação do parque para o modo legado foi realizada pela Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos.

A Via Olímpica ainda não será aberta ao público, mas já tem a aprovação de quem participou da cerimônia de inauguração. Amoradora de Curicica Maria Gabriela Lopes, 38 anos, disse que usará o local para treinar patinação:

- Ter um espaço como esse para treinar e brincar é maravilhoso. Sem dúvida será usado pelos moradores do entorno e pelos cariocas que gostam de atividades ao ar livre. É um local que agrada a todas as idades.

O Muro dos Campeões é formado por dez painéis de aço corten em curva, cada um com 9 metros de comprimento por 3,4 metros de altura. A instalação apresenta as medalhas de 8,5 centímetros de aço inox conquistadas nas competições dos Jogos do Rio: 834 simbolizam as de ouro, outras 834 as de prata e 900 eternizam a premiação em bronze. Em cada medalha, os visitantes poderão conferir nomes dos países e, nos casos de esportes individuais, os nomes dos atletas campeões.

Gestão Federal do Parque Olímpico

O Ministério do Esporte administrará, na versão legado, as Arenas Cariocas 1 e 2, o Centro Olímpico de Tênis e o Velódromo Olímpico. O plano de uso das instalações será definido em parceria com o Comitê Olímpico do Brasil, por meio de um acordo de cooperação que prevê a criação de um grupo de trabalho. A pasta também dialogará com o Comitê Paralímpico Brasileiro, as confederações esportivas e outros atores do setor, com o objetivo de subsidiar os estudos de utilização do Parque. O custo de manutenção dependerá do plano de uso, que contemplará ações para atletas da base ao alto rendimento e incluirá também atividades de inclusão social e esporte educacional.

Criada pela Lei Federal 12.395, de março de 2011, a Rede Nacional de Treinamento é um dos principais projetos de legado dos Jogos Rio 2016 para a infraestrutura do esporte brasileiro, interligando instalações esportivas existentes ou em construção espalhadas por todo o país. A estruturação da Rede Nacional está em andamento e engloba instalações de diversos padrões e modalidades, inclusive complexos multiesportivos, oferecendo espaço para detecção de talentos, formação e treinamento de atletas e equipes, com foco em modalidades olímpicas e paralímpicas.