Meningites

A meningite é um processo inflamatório das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro. Pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos, dentre outros, e agentes não infecciosos (ex.: traumatismo). As meningites de origem infecciosa, principalmente as causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, pela magnitude de sua ocorrência e potencial de produzir surtos. Dentre elas, destacam-se as Meningites Bacterianas e as Meningites Virais.

 
 

Características do agravo

As Meningites Bacterianas mais comuns são causadas pelas bactérias Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae e Mycobacterium tuberculosis, e podem limitar-se à nasofaringe ou evoluir para septicemia ou meningite. A infecção pela N. meningitidis pode provocar meningite, meningococcemia e as duas formas clínicas associadas: meningite meningocócica com meningococcemia, a qual se denomina Doença Meningocócica. A vigilância da Doença Meningocócica é de grande importância para a saúde pública em virtude da magnitude e gravidade da doença.

 

Em geral, a transmissão é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo necessidade de contato próximo (residentes da mesma casa, pessoas que compartilham o mesmo dormitório ou alojamento, comunicantes de creche ou escola) ou contato direto com as secreções respiratórias do paciente.

 
 

Definição de caso suspeito

Crianças acima de 9 meses e/ou adultos com febre, cefaleia, vômitos, rigidez de nuca, outros sinais de irritação meníngea, convulsão, sufusões hemorrágicas (petéquias) e torpor. Em crianças abaixo de 9 meses observar também irritabilidade (choro persistente) ou abaulamento de fontanela. 

 
 

Medidas de Controle

É possível, para alguns, dispor de medidas de prevenção primária, como a quimioprofilaxia e vacinas. O diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais para um bom prognóstico da doença.

 

Quimioprofilaxia: Muito embora ela não assegure efeito protetor absoluto e prolongado, tem sido adotada como uma medida eficaz na prevenção de casos secundários. Está indicada para os contatos próximos de casos de doença meningocócica e meningite por H. influenzae. A droga de escolha é a rifampicina, que deve ser administrada em dose adequada e simultaneamente a todos os contatos íntimos, preferencialmente até 48 horas da exposição à fonte de infecção.

 

Imunização: As vacinas contra meningite são específicas para determinados agentes etiológicos. Algumas fazem parte do Calendário Básico de Vacinação da criança, outras estão indicadas apenas em situações para controle de surto e algumas são indicadas para grupos especiais.

 
 

Dados Epidemiológicos



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