06/09/2016 03:00:00
Eduardo Praxedes Costa, gerente da Perícia Médica do município
Ele é médico perito do município há 23 anos, atende como psiquiatra também em seu consultório há 25 e ainda faz pós-graduação em direito administrativo.
O que não falta ao Eduardo Praxedes Costa, gerente da Perícia Médica na Secretaria de Administração, é trabalho. Principalmente, desde que entrou para Prefeitura do Rio.
"A vontade de atuar como médico perito me levou a trilhar a carreira de servidor municipal. Quando abriu o concurso em 1992, fiquei de olho e comecei a acompanhar até a publicação do edital. Já atuava como psiquiatra forense e ter um serviço público que me oferecesse função similar foi ótimo", conta Dr Praxedes, que entrou como médico perito psiquiatra ainda na antiga sede da Praça da Bandeira. "Em 1996, fui nomeado diretor do Departamento de Perícia Descentralizada, em Bangu, onde permaneci por sete meses. Depois, voltei a trabalhar como perito na sede da Presidente Vargas, de 1996 a 2006. Em meados de 2006, viemos para o CASS. Em janeiro de 2013 assumi a gerência".
Só para ter uma ideia, Dr Praxedes atende em média, por dia, cerca de 400 servidores. Segundo ele, uma clientela ampla e exigente. "Meu trabalho é de constantes desafios. Acredito já ter feito mais de 2.000 admissionais para a Secretaria de Educação só este ano, além de trocar o sistema de prontuário pericial do Hygia para o Ergon PM no fim de 2015". Tarefas que ele faz questão de destacar como bastante difíceis.
Orgulhoso das realizações que imprimiu até hoje no setor de Perícias Médicas do município, ele revela: "Em primeiro lugar, sendo psiquiatra, me sinto realizado de ter tido a possibilidade de ouvir pessoas tanto no que se refere a uma patologia, quanto a situações familiares e sociais instáveis. Depois, tenho muita satisfação em ter participado da implantação de nosso atendimento em Bangu".
Na verdade, Dr Praxedes já está com a data marcada para se aposentar: cinco de outubro deste ano. Ou seja, daqui a muito pouco tempo. E por conta disso, já está usando seus "verbos" no passado.
Ao perguntar o que ele vai levar de mais significativo para a sua vida depois dessa longa experiência que foi trabalhar para os servidores, Dr Praxedes respondeu ao Portal:
"As dificuldades das pessoas são semelhantes mesmo que tenham cargos e funções muito distintos, pois percebo que não é o nível de escolaridade ou o cargo que mudam a reação da pessoa ante a vida,
e sim a gravidade do problema a ser enfrentado".
Eduardo Praxedes Costa, gerente da Perícia Médica do município
Com muitos planos para sua vida daqui para frente, Dr Praxedes revela animado.
"Vou continuar trabalhando no consultório e voltar a fazer perícias particulares, como perito ou assistente técnico. E como também sou advogado, talvez empreenda algo na área do direito administrativo assim que terminar a pós-graduação que estou cursando. Além disso, ainda não sei, mas como sou inquieto acho que vou arrumar sempre mais alguma coisa para fazer", disse Praxedes.
O Portal do Servidor, que contou um bom tempo com a sua experiência e profundo conhecimento sobre perícias médicas em sua coluna mensal "Questão de Perícia", teve um parceiro e tanto. Até hoje, ele pode esclarecer uma infinidade de dúvidas dos servidores em relação aos seus direitos e deveres. De forma precisa, prática e objetiva. O que só nos enriqueceu como site.
"Poder interagir com os servidores através da Coluna Questão de Perícia, que deve contar com a minha última participação na semana de 26 de setembro, significou muito para mim. Foi um espaço que me possibilitou uma troca com os servidores. Eu ensinei e aprendi muito, além de ter tido muito prazer em responder e interagir com todos que me procuraram através da Coluna. Acredito que a interação direta do tipo ‘pergunte a quem sabe ou a quem decide' deva ser adotada como prática a fim de diminuir o tamanho do mundo burocrático que nos oprime e nos deixa longe de nossos objetivos no serviço público brasileiro. A Coluna tem que continuar", declara para nosso orgulho do Portal do Servidor, que com a maior satisfação destaca neste Mandou Bem um servidor como poucos.
MANDOU BEM:
1. Que lugar da cidade é mais especial para você? Por quê?
O bairro do Flamengo onde passei minha adolescência. Frequentei muito o Aterro. De vez em quando apareço no Lamas para apreciar um filé à francesa e tomar um chope.
2. Das mudanças que estão acontecendo no Rio, o que você acha que ficará de melhor?
Já ficou. A Praça Mauá foi ressuscitada e está linda, sem falar no ganho cultural com o MAR e o Museu do Amanhã.
3. O que você tem de melhor para dar para a sua cidade?
A contribuição depende do público: fora do Rio eu sou aquele carioca da gema que faz propaganda mesmo, seja enaltecendo a beleza natural de nossa cidade, seja lembrando um pouco de nossa bonita história que guarda em suas páginas o Rio da Família Imperial, a capital da República, o estado da Guanabara, sempre como centro cultural do Brasil; aqui, entre conterrâneos, faço críticas às dificuldades que enfrentamos no cotidiano buscando contribuir para minimizar os desconfortos de uma cidade grande.
4. Se você não atuasse na sua área, em que outra função gostaria de trabalhar na Prefeitura? Por quê?
Quando me graduei em Direito no ano de 2007, pensei em fazer concurso para a Procuradoria. Acho que gostaria de atuar como procurador do município defendendo os interesses de nossa Urbe.
5. Qual é a mania mais comum do carioca com a qual você se identifica?
Se encontrar com amigos e jogar conversa fora. Sexta à noite é a hora boa.
6. Qual é o seu petisco favorito?
Casquinha de siri, camarão frito e bolinho de bacalhau, dependendo do momento e da bebida são os meus prediletos.
7. Como foi a realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016 para você?
Achei muito positivo o retorno para nossa cidade. Desfizemos todas as projeções pessimistas e saímos por cima. Curti muito o vôlei de quadra e de praia, a inesperada medalha de ouro no salto de vara masculino do Thiago Brás e o Grande Isaquias, nosso trimedalhista olímpico em uma só Olimpíada.
8. Qual é o lugar ideal do Rio para se praticar esportes?
Acho bem legal as quadras de futebol no Aterro do Flamengo e as de tênis na Lagoa.
9. O que você entende por espírito olímpico?
Empenho, dedicação, respeito pelo outro e busca incessante por melhores resultados.
10. Se sente realizado como servidor municipal?
Sim. Este é um capítulo de minha vida que encerro com chave de ouro.