MOBILIDADE: A AGILIDADE DOS NOVOS CAMINHOS DO RIO

25/07/2016 04:00:00


 

O VLT é uma das novidades do Transporte na cidade


VLT, BRT, BRS. Com certeza você já ouviu falar destas sopas de letrinhas. Mas você sabe o que significam? Ou melhor, quais são os seus benefícios para a cidade? E a Transolímpica? Onde fica? Pois então, aproveitamos a proximidade dos Jogos, que contribuíram diretamente para a realização destes investimentos, para apresentar estes projetos e os seus resultados.

 

Para começar, o VLT, o Veículo Leve sobre Trilhos. Inspirado nos bondes do início do século, ele reúne alta tecnologia com o tradicional charme dos antigos veículos. Um dos seus principais diferenciais é a conexão direta com ônibus, trens, metrô, barcas, teleférico da Providência e o aeroporto Santos Dumont, garantindo assim maior mobilidade aos 300 mil passageiros que serão atendidos diariamente após sua completa implementação. Suas composições poderão transportar até 420 passageiros, cada, ligando o Centro e a Região Portuária em 28 km e 32 paradas. Atualmente, o VLT já funciona todos os dias da semana, incluindo sábados e domingos, de 8 às 17h, no trecho entre a Rodoviária Novo Rio e o Aeroporto Santos Dumont. No segundo semestre, a segunda etapa de implantação, entre a Central do Brasil e a Praça 15, também estará concluída e aberta aos usuários.

 

E o BRT? A sigla vem do inglês, Bus Rapid Transit, que significa Transporte Rápido por Ônibus. O BRT Rio é um transporte articulado que trafega em corredor exclusivo e, por isso, é uma alternativa mais rápida de viagem para os passageiros. Seu primeiro corredor expresso em operação por aqui foi o Transoeste. Inaugurado em 2012, tem 52 km, 57 estações e liga o Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, à Santa Cruz e Campo Grande. Sua operação já trouxe benefícios para milhões de usuários, com a redução do tempo de viagem em quase à metade. O BRT Transoeste também está integrado com as estações do Metrô e da SuperVia, além do corredor Transcarioca, o segundo em operação na cidade. Este por sua vez liga o Terminal Alvorada, na Barra, ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador. Um trajeto total de 39 km, e que reduz o tempo original de viagem em 60%. Ao longo do percurso são 47 estações e cinco terminais, beneficiando mais de 230 mil passageiros com a interligação de 27 bairros.

 

O BRT Transoeste conta hoje com 57 estações


Recentemente ainda chegou a Transolímpica, a primeira via expressa na cidade com corredor exclusivo BRT, ligando Deodoro ao Recreio. Esta será a principal ligação entre as duas maiores instalações de competição dos Jogos Rio 2016: o Parque Olímpico, na Barra e o Complexo Esportivo de Deodoro. São 26 km de extensão, incluindo a construção de dois túneis no Maciço da Pedra Branca. O primeiro na Serra do Engelho Velho, com duas galerias e 2,8 km de extensão (1,4 km em cada sentido). Já o segundo, na Estrada da Boiúna, possui duas galerias de 190 metros cada. Tudo isso fazendo com que o tempo de viagem entre Deodoro e Recreio seja reduzido em 60%, atendendo 70 mil passageiros por dia no BRT e comportando até 55 mil veículos diariamente na via expressa.

 

Durante a Rio 2016, a Transolímpica irá atender exclusivamente aos espectadores que tiverem o Cartão dos Jogos, atletas e os funcionários das instalações esportivas e a família olímpica (carros credenciados) nas duas faixas dedicadas aos carros. Após os Jogos, a via será aberta à população e fará conexão com os outros modais: BRT Transcarioca em Curicica, Transoeste, no Recreio, além da integração com trens e futuramente à Transbrasil.

 

A implantação dos BRS garantiu, em média, 20% mais velocidade no trânsito


Para finalizar essa edição especial Mobilidade, vamos destacar os BRS (Bus Rapid Service), que significa serviço rápido por ônibus. Na prática, nada mais é que a destinação de faixas exclusivas para ônibus em conjunto com uma nova identificação visual (azul aqui no Rio). A primeira experiência brasileira foi feita aqui na cidade e com ótimos resultados. Isso porque, ao todo, a cidade já possui 26,7 (?) quilômetros de faixas preferenciais de ônibus em funcionamento, que reorganizam o trânsito e o transporte público. São diversos pontos de parada sinalizados por placas e adesivos. E, em cada ponto desses, é possível ver, além dos números BRS, uma lista com o número, a origem e o destino das linhas de ônibus, e um mapa com a localização de todos os pontos. Com isso, em média, os passageiros ganharam 20% em velocidade nos deslocamentos, aumentando assim o conforto e reduzindo o tempo de viagem.

 

Como dá para perceber, os Jogos nem começaram, mas com certeza, os cariocas já estão desfrutando do legado que fica para a cidade depois das competições. Parabéns, servidores! Mais uma vez fazendo a diferença pelo Rio com o seu trabalho!


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