27/06/2016 03:00:00
Nesta 2ª edição, 30 pessoas participaram do Projeto Imersão |
Conhecer a Prefeitura por dentro. Esse é o principal objetivo do projeto Imersão, uma iniciativa do LAB.Rio, o Laboratório Participativo do Rio. Já em sua segunda edição, o Imersão busca atender a uma demanda de cidadãos e cidadãs cariocas de conhecer melhor o funcionamento e os processos decisórios da gestão municipal. E como funciona? Simples: através de um processo seletivo aberto a toda a população, 30 pessoas, de 18 a 35 anos, são selecionadas para participar de três dias de imersão na prefeitura.
Os temas abordados são divididos em quatro pilares da gestão municipal: Planejamento & Gestão e outros três temas escolhidos segundo os interesses indicados no momento de inscrição. Neste caso: Educação, Mobilidade e Grandes Obras. No período da manhã, o grupo debate com as equipes técnicas e gestoras de diversas secretarias e autarquias. Já na parte da tarde, o projeto propõe que o grupo conheça de perto instalações, equipamentos e obras municipais que ilustram metodologias e processos relativos à cidade. Aconteceram visitas ao Centro de Operações, ao Museu do Amanhã, ao VLT, entre outros.
Felipe Lins, um dos coordenadores do Lab.Rio |
Felipe Lins, há quatro anos na prefeitura (primeiro no Instituto Pereira Passos e, há quatro meses, no LAB.Rio), é um dos coordenadores do projeto. Ele ressalta a importância da transparência da iniciativa. "É importante "descortinar" a prefeitura, para fazer com que ela seja mais palatável ao olhar do cidadão, apresentando eficiência, conhecimento técnico, e, principalmente, transparência. A ideia é fazer com que o cidadão, que está na ponta, e é o principal impactado pelas ações da prefeitura, conheça os técnicos que operam a máquina pública. Por isso, nestes três dias, temos a presença de secretários e técnicos municipais responsáveis por gerir as grandes obras e transformações que a cidade está vivendo".
Uma das participantes desta edição foi a historiadora Renata Duarte. "Meu interesse em participar foi buscar compreender melhor o funcionamento da máquina pública e também propor soluções. Tenho algumas ideias em mente, mas principalmente perguntas para conhecer melhor a administração. Estudo políticas públicas, então essa troca em que podemos trazer as experiências locais que vivemos no dia a dia tem tudo para contribuir". Outro participante foi o Carlos Henrique, estudante de gestão Pública, da UFRJ. "Estar aqui dentro e ter contato com as pessoas que geram e propõem as ideias a serem implementadas é o que mais me motiva. Quero ser também um contribuinte, com meu olhar crítico. E ver que os participantes são de diferentes regiões da cidade também é ótimo, pois quanto mais realidades diferentes sejam expostas, mais rico fica o debate".
Renata Duarte e Carlos Henrique, participantes da 2ª edição do Imersão |
Antes de finalizar, Felipe, aproveita ainda para destacar a importância do servidor também estar antenado a uma iniciativa como esta. "É muito legal fazer parte, até porque no ano passado eu estava do outro lado, como um dos 30 jovens selecionados (vale lembrar que o Imersão também é aberto a servidores). E neste momento de transição de governo, acredito que os servidores devem se apropriar da máquina pública e levantar suas principais demandas internas, alinhando demandas e ofertas. Como os servidores seguem na máquina pública, independente de quem será o novo prefeito, eles são papel chave para estarmos cada vez mais assertivos no que queremos para a cidade, desenvolvendo produtos, conteúdos, aplicativos, que possam ajudar a aproximar o cidadão da prefeitura".