Palácio Islâmico: mais de 90 mil peças, desde a pré-história, reunidas em Anchieta

15/05/2016 03:09:00


 

O Palácio Islâmico foi aberto a grupos de visitantes em 2009


Tudo começou com a coleção particular de milhares de moedas, frascos, fechaduras, pratos, roupas e móveis, datados do período da Antiguidade até o século 19, do arqueólogo Claudio Prado Mello. Acervo adquirido, coletado e doado, que ele guardou em sua casa até atingir 90 mil peças, quando resolveu em 2002 construir em Anchieta, zona norte do Rio, onde sempre morou, um espaço bem maior para preservá-lo. Melhor: uma espécie de palácio islâmico de 2.500 m².

 

Depois de quase 14 anos de obras, o museu ganhou colunas, arcos, cúpulas, piso de mosaicos de mármore e paredes que trazem até inscrições douradas em árabe thuluth. E abriu para visitação de grupos agendados a partir de 2009. Com uma estrutura criativa e planejada e 27 salas de exposições, guarda hoje desde um vaso grego do século 3° a. C. e um sacrário jesuítico espanhol de 1620, a 50 réplicas da lâmpada original de Thomas Edison, arrematadas por Claudio Mello em leilão. E o que é importante para a memória da cidade: as 1.400 peças das escavações das obras do metrô do Rio, incluindo um penico e uma escarradeira do século 19, além de azulejos e moedas do 2º Reinado, que o museu armazena por meio do Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (Ipharj). Claudio Mello, além de colecionador e mestre em Arqueologia da UFF – Universidade Federal Fluminense, comandou a equipe de escavação arqueológica das obras do metrô de Ipanema e Leblon.

 

Vinte e sete salas, cada uma com uma exposição diferente, mostram vestimentas e cenários de época


Com quatro andares de cultura e muito colorido, o museu ainda possui uma área subterrânea com uma galeria de arqueologia funerária em construção.

 

Na verdade, o Palácio Islâmico remete os visitantes a um museu do Oriente Médio. Mas, fica na Avenida Chrisostomo Pimentel de Oliveira, 443, em Anchieta. Um ponto carioca imperdível, que ainda garante toda a segurança como patrimônio público, ao ser protegido por 40 câmeras, sensores infravermelhos e 90 extintores de incêndio.

 

Provisoriamente , o Palácio Islâmico ou Museu da Humanidade está recebendo grupos de visitantes, compostos por 5 a 10 pessoas, cada, para suas exposições e eventos divulgados pela página do facebook de Claudio Prado de Mello. E ainda programa quatro visitas por semana para grupos de escolas e universidades, mediante agendamento pelo tel.: 3358-0809. A entrada é grátis.


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